Meu Ex-Marido Implorou Para Eu Levá-lo de Volta - Capítulo 120
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- Capítulo 120 - 120 As emoções conflitantes 120 As emoções conflitantes Ava
120: As emoções conflitantes 120: As emoções conflitantes Ava deitava de lado, seus olhos bem abertos, encarando o vazio escuro. O sono a evitava enquanto o aviso de Ethan ecoava em sua mente. Uma inquietação gelada se instalou sobre ela.
‘Ele poderia ter sido envolvido na morte do mecânico?’ Ela não podia deixar de se perguntar.
‘Mas ele estava no hospital’, ela se lembrou, franzindo as sobrancelhas. Não fazia sentido. Parte dela hesitava em acreditar que Dylan pudesse fazer isso.
‘Ele disse que foi manipulado para suspeitar do Papa’, ela recordava. ‘Ele estaria dizendo a verdade?’
A dúvida lutava contra seus instintos. Sua consciência gritava cautela, advertindo-a para não confiar nele tão facilmente. E, ainda assim, por mais que tentasse, não conseguia descartar a possibilidade de ele estar falando a verdade.
“Há alguém que quer prejudicar ambas as famílias?”
Ava sussurrou pensativa. Ela sempre acreditou que o acidente que levou os pais de Dylan foi um trágico golpe do destino, um momento infeliz de infortúnio. Mas agora, com a morte súbita do mecânico, a narrativa parecia incompleta. Ela sentia-se obrigada a reconsiderar.
O pulso de Ava acelerou quando uma possibilidade arrepiante invadiu sua mente. ‘Aquele acidente poderia ter sido planejado.’
Talvez Dylan estivesse dizendo a verdade. Talvez houvesse um inimigo misterioso. Quem era esse inimigo, orquestrando esse caos, puxando os fios das sombras?
Justo quando ela estava imaginando, ela sentiu o colchão afundar ao lado dela. Ava fechou os olhos e fingiu estar dormindo. Cada músculo em seu corpo se tensionou enquanto Dylan se acomodava ao lado dela, envolvendo seu braço em volta dela.
O cheiro de álcool se apegava a ele, invadindo seus sentidos. Seus dedos agarraram a borda do cobertor com força, seu corpo endurecendo ainda mais enquanto a mão dele passava por seu cabelo e acariciava sua bochecha.
“Me desculpe, Ava”, Dylan murmurou. “Não deveria ter te negligenciado. Eu me arrependo agora—eu juro.” Seu hálito quente roçou sua orelha.
Ava sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Seu corpo não rejeitava sua aproximação ou toque. Ao contrário, um instinto surpreendente despertou dentro dela—uma vontade de derreter-se em seus braços, de buscar conforto em seu abraço. A atração era magnética, espontânea e profundamente confusa.
“Por favor, fique comigo.” Ele enterrou o rosto em seu ombro. “Não me deixe, tá bom? Eu prometo que vou consertar tudo.”
“Você está bêbado”, disse Ava suavemente. “Durma agora.”
Dylan parou por um momento antes de gentilmente virá-la em sua direção. Seus olhos embaçados vasculhavam seu rosto, tentando focar através da névoa. “Você não está dormindo”. Ele piscava frequentemente para observá-la bem. “Você estava me esperando?” Seu tom se abaixou para um murmúrio rouco enquanto acariciava seu rosto. “Me diga que você ainda sente algo por mim… que você me deseja.”
Ava não pôde deixar de encará-lo, prendendo a respiração enquanto seus dedos traçavam sua bochecha. A intensidade do olhar dele mandava seu coração ao frenesi.
Dylan costumava ser sempre atento e perspicaz. Mas o homem diante dela estava desorientado, uma visão que ela nunca tinha imaginado. Seu estado desalinhado despertava algo que ela não estava preparada para enfrentar.
“Por que você bebeu tanto?” ela perguntou baixinho, com um toque de preocupação.
Dylan soltou uma risada baixa. Pegando a mão dela, ele a pressionou contra seu peito. “Porque dói aqui”, ele sussurrou. “Eu queria anestesiar a dor.”
Seus olhos se fixaram intensamente. A cautela inicial de Ava começou a vacilar enquanto ela sustentava seu olhar. As dúvidas, a raiva—tudo isso pareceu borrar naquele momento. Ela só se lembrava do amor que havia alimentado por ele em seu coração por todos esses anos. Ela passou nostálgicamente o dedo pela linha de sua mandíbula.
‘Você continua atraente como sempre’, ela murmurou para si mesma.
Dylan a atraiu para seus braços, segurando-a contra seu peito. A ação súbita a assustou, tirando-a de seu devaneio. Ela se mexeu, tentando criar distância, mas ele a segurava firme.
“Com você ao meu lado, toda a dor desapareceu”, ele disse roucamente. “Estou em paz agora.”
“Me solte.” Ava tentou se libertar novamente.
“Por favor, Ava”, ele implorou. “Deixe-me te segurar. Não vou fazer nada, eu prometo. Eu só… Eu preciso disso.”
A súplica dele penetrou em suas defesas, e ela parou de resistir, permitindo que seu corpo relaxasse contra o dele. Para sua surpresa, o abraço não parecia estranho ou intrusivo. Em vez disso, era reconfortante, como um bálsamo aliviando uma dor há muito sentida. Ela percebeu com uma pontada que tinha sentido falta disso—a proximidade, a tranquilidade reconfortante de estar com ele.
Dylan ficou imóvel, sua respiração estável e calma, como se sua presença o tivesse acalmado em um raro momento de paz.
Ava fechou brevemente os olhos, seus pensamentos uma bagunça. No meio da bagunça, ela pensou que poderia usar esse momento para esclarecer suas dúvidas com ele. Nesse estado de embriaguez, ela acreditava que ele não estaria consciente o suficiente para manipular suas respostas.
“Dylan!” ela chamou cautelosamente.
“Mm!” ele resmungou em resposta.
“Você está dizendo a verdade que alguém está te usando contra meu pai?” ela perguntou.
Silêncio. Ela esperou. Quando nenhuma resposta veio, Ava inclinou a cabeça para olhar seu rosto. Seus olhos estavam fechados, suas feições suaves, sua respiração profunda e estável. Ele estava dormindo.
Ela suspirou em decepção, mas algo sobre sua proximidade acalmava a tempestade de seus pensamentos. Ela sentia uma inexplicável sensação de solace que não sentia há muito tempo. Seu corpo derreteu no silêncio. O ritmo constante da respiração de Dylan parecia ninar ela, e suas pálpebras ficaram pesadas. O sono a reivindicou, atraindo-a para seu abraço tão facilmente quanto Dylan tinha.
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O toque estridente do toque quebrou a quietude da noite. O quarto estava completamente escuro. O quarto estava envolto em escuridão, com apenas feixes de luz fracos se infiltrando pelas frestas nas cortinas, lançando listras finas pelas paredes.
Uma mulher se mexeu sob os cobertores, resmungando de irritação enquanto tateava pelo telefone no criado-mudo. Seus dedos o encontraram.
“Quem é?” ela latiu.
“Sou eu, Gianna”, veio a voz do outro lado.
A mulher congelou, seu aperto no telefone se apertando. “Como você conseguiu me ligar?”
“Não se preocupe como eu consegui um telefone”, Gianna respondeu friamente. “Você deveria se preocupar em me tirar daqui.”
“Você está na cadeia por causa das suas próprias ações. Por que eu desperdiçaria meus recursos e arriscaria tudo para te libertar?”
Houve uma pausa, e então a voz de Gianna ficou mais fria. “Porque eu sei demais sobre você. Você não tem medo que eu exponha seus segredos? Se eu posso te alcançar, certamente posso alcançar Dylan. Imagine o que ele fará quando descobrir a verdade sobre você.”
“Você está me ameaçando?” a mulher rosnou, sua voz engrossando de raiva.
“Não uma ameaça,” Gianna rebateu suavemente. “Uma proposta. Eu preciso da sua ajuda. E se você me tirar daqui, eu juro que lhe serei eternamente grata.”
A luz fraca no quarto capturou uma mudança na expressão da mulher—seus lábios se curvando em um sorriso astuto e calculista. “Já que você quer tanto sua liberdade, eu vou te ajudar. Mas você precisará fazer algo por mim em troca.”
“Qualquer coisa,” Gianna respondeu sem hesitação. “Só me tire, e eu farei o que você pedir.”
“Certo. Eu vou te tirar da cadeia.”