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- Meu 100º Renascimento um dia antes do Apocalipse
- Capítulo 547 - 547 Capítulo 547 A Vaca Mutante 547 Capítulo 547 A Vaca
547: Capítulo 547 A Vaca Mutante 547: Capítulo 547 A Vaca Mutante Embora a espessa pele da vaca fosse formidável, Pardal havia conseguido fazer um corte raso, mas preciso.
“A pele dela é ridiculamente resistente!” Pardal murmurou frustrado, golpeando repetidamente o mesmo ponto com sua adaga.
Cada golpe minava as defesas da vaca enquanto ele se concentrava em desgastá-la para desferir uma estocada fatal no estômago.
Mooo!
A vaca soltou um brado desesperado e gutural, o som desvanecendo como o choro de uma criatura à beira da morte.
Abutre, sentindo sua força enfraquecer, aproveitou o momento.
Com um surto de poder, ele segurou os chifres ardentes com mais força, seus músculos tensionando enquanto canalizava cada grama de sua força.
Girando a cintura num movimento suave, ele ergueu a imensa besta no ar e, com um rugido de esforço, a jogou no chão atrás dele num estrondo que sacudiu os ossos.
O corpo da vaca quicou levemente ao impacto, deslizando pelo pavimento.
Baque!
Com um som surdo, a vaca colapsou, seu corpo ficando inerte no chão, imóvel.
Tanto Abutre quanto Pardal trocaram olhares céticos, com surpresa cintilando em seus rostos.
Pardal avançou cautelosamente, examinando a vaca mutante.
Sua língua pendia, frouxa e sem vida, enquanto espuma borbulhava de sua boca.
Sangue escorria de seus olhos, nariz e ouvidos, criando uma visão grotesca. Os sintomas apontavam para uma conclusão sombria — ela havia sido envenenada.
Abutre e Pardal trocaram um olhar tenso, e Abutre falou primeiro. “Não fui eu.”
Pardal abriu a boca para ecoar o mesmo, mas antes que pudesse falar, ambos notaram uma gota de líquido preto com um tom esverdeado fraco pingando da adaga ainda presa na mão de Pardal.
Abutre recuou rapidamente, os olhos arregalados enquanto observava o líquido atingir o pavimento, chiando ao contato.
Ele olhou de volta para Pardal, sua expressão uma mistura de confusão e questionamento silencioso.
Nenhum dos dois falou por um momento, ambos incertos do que haviam acabado de presenciar.
De longe, aqueles que assistiam à cena ficavam livre para supor o desfecho.
Eles viram Abutre atirar a vaca no chão com uma força incrível e, quando ela parou de se mover, assumiram que o impacto a havia matado.
Afinal, com a força de Abutre, não era absurdo pensar que os órgãos internos da vaca haviam sido fatalmente danificados pelo golpe.
“Q-Que adaga é essa? Onde você conseguiu isso?” Abutre perguntou, sua voz tingida de inquietação enquanto recuava instintivamente, relutante em chegar muito perto da lâmina misteriosa.
“Eu… A Jovem Senhora me deu esta adaga antes de partirmos,” Pardal respondeu, sua voz tingida com uma mistura de medo e admiração.
Ele examinou a adaga com cautela, cuidadoso em não tocar na lâmina, suas luvas de couro proporcionando alguma proteção.
Enquanto a estudava, percebeu que o líquido preto havia parado de vazar da lâmina.
Em vez disso, a adaga brilhava com um brilho sinistro e antinatural, quase como se estivesse viva.
Como se recordando de algo importante, Pardal acrescentou, “A Jovem Senhora a chamou de Adaga Venenosa de Shakan.”
Abutre acenou sombriamente, seu olhar fixo na vaca mutante sem vida.
“Bem, o nome da adaga foi muito autoexplicativo. Essa adaga deve ser revestida com um veneno tão potente que mesmo um pequeno corte foi suficiente para penetrar no corpo da vaca e abatê-la. Não é à toa que morreu tão rápido.” Ele colocou as mãos nos quadris, ainda olhando para o animal morto, com as implicações do veneno se estabelecendo.
Mas então, a seriedade desapareceu do rosto de Abutre quando ele de repente lembrou de algo.
“Droga! Então, eu nem posso transformar essa besta em bife agora?!” Ele lançou um olhar incrédulo para Pardal, quase como se o culpasse por envenenar a vaca.
Pardal levantou uma sobrancelha, dando a Abutre um olhar cético.
“Você realmente estava pensando em cozinhar e comer aquilo? Mesmo sem o veneno, você ainda acabaria com uma intoxicação alimentar. Você perdeu o juízo?”
Abutre engasgou com a réplica afiada de Pardal.
“O que você sabe? Claro, os animais mutaram, mas ao contrário dos zumbis, esses animais ainda estão vivos. A pele da vaca mutante pode ser resistente, mas não podemos dizer o mesmo da sua carne.”
“Ela ainda poderia reter suas qualidades como gado, e se esse for o caso, não faz sentido que, enquanto os humanos evoluem, os animais também evoluam?”
“Ainda somos os predadores, e eles, as presas, certo?” Abutre explicou.
Embora Kisha não tivesse mencionado isso especificamente antes, ele raciocinou que enquanto ela havia dito que animais mutantes eram mais fortes e mais difíceis de matar, ela nunca disse que não podiam ser comidos.
Isso significava que ainda era possível — e talvez fosse algo que as pessoas haviam feito nas vidas passadas de Kisha.
Acontece que caçar animais mutantes era difícil, mas fazia sentido pensar que alguns deles ainda podiam ser comidos, como antes.
Nesse caso, o equilíbrio permaneceria o mesmo de antes da mutação: alguns animais ainda seriam seguros para comer, enquanto outros poderiam ser venenosos e proibidos.
Agora que Abutre havia levantado essa questão, Pardal começou a acompanhar seu raciocínio — simples e um tanto ingênuo, mas ainda assim com uma possibilidade.
“Que tal levarmos alguns desses animais mutantes vivos para a base e perguntar à Jovem Senhora? Se for seguro comê-los, pelo menos teremos uma amostra para criar no futuro.”
“Isso poderia nos dar boas opções. E se se revelar que não são seguros para comer, podemos sempre nos livrar deles mais tarde.”
“É, certo. Você faz parecer que é fácil capturar essa besta,” Abutre disse sarcasticamente, revirando os olhos.
Ele ainda guardava ressentimento de que Pardal havia arruinado sua caçada envenenando a vaca mutante.
Ela poderia ter sido seu troféu para levar para casa, e a ideia de comer sua carne havia lhe ocorrido — embora, ele pensasse, talvez não fosse uma má ideia, afinal.
Ele poderia sempre pensar nisso como o caçador comendo sua presa.
Além do mais, Abutre genuinamente acreditava que a carne da vaca mutante poderia ser segura para comer.
Afinal, eles eram agora super-humanos, e suas constituições evoluídas poderiam ser capazes de lidar com a carne de animais mutantes.
Vendo a expressão pensativa no rosto de Abutre, Pardal suspirou, sabendo que sua mente estava focada apenas na comida.
Sacudindo a cabeça, ele se agachou diante da vaca mutante e a examinou. Usando uma adaga diferente, ele cuidadosamente espetou a pele da vaca — mas assim que a lâmina fez contato…
Clank…
Um nítido ‘clank’ ecoou pelo ar enquanto a adaga se quebrou em dois.
Pardal olhou para Abutre, que havia testemunhado o infortúnio em silêncio.
Após um momento, Pardal sorriu. “E você pretende comer isso?” ele provocou, seu tom gotejando zombaria.
“Boa sorte com seus dentes.” Ele riu, saboreando a silente frustração de Abutre, antes de voltar sua atenção para a vaca mutante sem vida.
Como as lâminas regulares eram ineficazes, Pardal não tinha escolha a não ser recorrer à adaga que Kisha lhe dera.
Desta vez, no entanto, quando ele usou a adaga, não havia líquido preto vazando da lâmina.
Parecia que a substância estranha anterior era realmente o sangue da vaca mutante, que havia sido contaminado pelo veneno revestindo a lâmina.
O veneno havia afinado o sangue e o transformado em preto com um tom esverdeado.