- Home
- Meu 100º Renascimento um dia antes do Apocalipse
- Capítulo 545 - 545 Capítulo 545 Aqueles que Lamentam 2 545 Capítulo 545
545: Capítulo 545 Aqueles que Lamentam 2 545: Capítulo 545 Aqueles que Lamentam 2 À medida que levantavam suas mãos em uníssono, as chamas começaram a subir, envolvendo os corpos e reduzindo-os a cinzas.
Naquele momento, os mortos não estavam apenas sendo queimados – eles estavam sendo libertados, seu trágico fim marcado pelo fogo que os consumia, fechando um capítulo doloroso para os sobreviventes.
Como se os próprios céus compartilhassem de sua tristeza, uma forte rajada de vento varreu a praça logo após a cremação, levantando as cinzas dos caídos no ar.
As finas partículas dançavam e rodopiavam, carregadas livremente para cima, em direção ao céu.
Todos os sobreviventes dentro da base assistiam em silêncio, seus olhos seguindo o rastro de cinzas enquanto subia, um momento coletivo de reverência enquanto olhavam para cima, reconhecendo as almas agora levadas pelo vento.
“Que as almas de todas essas pessoas descansem em paz”, a voz de Kisha soou, firme e solene, atraindo os olhos de cada sobrevivente para ela.
Ao lado de Duque, seu rosto permanecia frio e indiferente, mas seus olhos traíam a profundidade de sua dor.
Sem lágrimas, seu olhar parecia cortar seus corações e, por alguma razão, aquela tristeza silenciosa provocava ainda mais emoção dentro deles.
Enquanto lutavam para conter os soluços, a voz de Kisha rompeu o silêncio mais uma vez.
“Não deixem a tristeza consumi-los. Essas almas fortes agora nos observarão lá de cima.”
“Devemos honrá-los não com tristeza, mas com força. Sua partida não é o fim – nem os define.”
“Podemos ou não compreender completamente por que alguns escolheram esconder seus entes queridos que se transformaram em zumbis, mesmo acabando vítimas daqueles que se transformaram e morreram, mas devemos aprender a deixar ir.”
“Devemos a eles seguir em frente, avançar pelo bem dos que ficam e pelo bem de seu sacrifício.”
“Só assim poderemos levar a memória de nossos entes queridos conosco, até o fim desta luta.”
“Mostraremos a eles que seus sacrifícios não foram em vão. Mesmo se…” a voz de Kisha falhou por um momento, como se o peso de sua própria dor ameaçasse romper.
Ela fez uma pausa, recuperou a compostura e continuou, seu tom calmo, mas com um leve tremor.
“Mesmo que apenas um de nós permaneça, devemos continuar lutando. Devemos sobreviver, para que um dia possamos entender por que isso está acontecendo, e ver o que o futuro reserva.”
“Isto sozinho trará paz àqueles que perdemos, sabendo que não os decepcionaremos – que não os faremos se preocupar enquanto viajam para o outro lado.”
“Aqueles de nós que ainda estão vivos devem carregar o fardo e testemunhar, continuando a lutar. É assim que fazemos justiça aos que pereceram.”
“Quando finalmente nos juntarmos a eles, devemos ter histórias para compartilhar – histórias que mostrarão que não vacilamos, que não perdemos a vontade de lutar, mesmo quando eles foram tirados de nós muito cedo.”
“Sei que isso será incrivelmente doloroso, especialmente para aqueles de nós que ficaram sem família, mas devemos fazer isso – não por nós mesmos, mas por aqueles que deram tudo para chegarmos a este ponto.”
As palavras de Kisha atingiram fundo em seus corações e naquele momento, eles finalmente entenderam por que tinham que seguir em frente.
Apegar-se à última razão para continuar – segurando a memória de apenas um membro da família – não era a resposta.
A verdadeira resposta sempre foi cerrar os dentes, continuar lutando contra um destino que parecia determinado a esmagá-los a cada volta, onde a morte espreitava a apenas um sopro de distância.
As palavras solenes de Kisha gravaram-se em seus corações, solidificando sua resolução de fazer melhor – não por si próprios, mas por aqueles que perderam ao longo do caminho, sejam amigos, amantes ou família.
Eles entenderam agora: eles devem continuar.
As palavras de Kisha soaram verdadeiras – aqueles que morreram o fizeram oferecendo suas vidas, permitindo que os vivos avançassem enquanto carregavam suas memórias.
Era um testemunho do profundo amor daqueles que sacrificaram suas vidas pelos vivos, dando tudo para que o resto pudesse continuar lutando, continuar sobrevivendo.
Se desistissem, perdendo a vontade de viver, isso não seria desonrar os sacrifícios daqueles que escolheram morrer para salvá-los?
Não seria como um tapa em seus rostos, fazendo com que aqueles que deram suas vidas se arrependessem de ter feito isso para salvar alguém muito fraco para continuar?
Ceder ao desespero seria a traição final, uma maneira ingrata de retribuir as vidas perdidas por sua causa.
Com o novo entendimento e a resolução renovada de sobreviver e se fortalecer, todos inclinaram suas cabeças em uma oração silenciosa por aqueles que haviam passado.
Eles prometeram solenemente viver o máximo que pudessem, para que quando chegasse a hora de se juntar a seus entes queridos do outro lado, teriam inúmeras histórias de suas próprias aventuras para compartilhar.
Ao fazer isso, garantiriam que aqueles que morreram nunca mais teriam que se preocupar com eles.
Por causa desse fim solene, muitos encontraram a força para começar de novo, um lampejo de esperança reacendendo em seus corações enquanto prestavam seus respeitos.
Cada pessoa oferecia uma oração sincera, enviando as almas dos falecidos para descansar em paz.
Do lado de Pardal e Abutre, eles se encontraram em uma situação desesperadora ao chegar à fazenda no norte após apenas algumas horas de direção sob o sol forte do meio-dia.
Cercados e à beira do desastre, eles enfrentaram um ataque implacável de animais mutantes.
Uma vaca mutante, parecendo um touro infernal enfurecido, os atacava sem piedade.
“Dirija! Dirija mais rápido!” Abutre gritou, seu olhar fixo na criatura enquanto ela ramava sua cabeça chifrada e flamejante contra o lado do caminhão.
Os chifres da vaca, torcidos como os de um carneiro, brilhavam com um calor sinistro, e ela parecia decidida a capotar o caminhão, determinada a derrubá-los.
“Cale a porra da boca! Não consigo me concentrar!” Pardal retrucou, apertando mais forte o volante.
Ao redor deles, os outros caminhões se dispersaram, cada um tentando ultrapassar o touro enlouquecido que os perseguia.
Mas não era apenas a vaca – outros animais mutantes também atacavam.
Embora a tempestade tivesse dizimado a maior parte do gado na fazenda, os que sobreviveram evoluíram para monstros de incrível força e resistência.
Mesmo os super-humanos estavam lutando para lidar com eles. Essas bestas mutantes ostentavam defesa e resistência anormalmente altas, tornando cada encontro uma batalha de resistência.
Bang!
O caminhão do Pardal foi atingido mais uma vez pela vaca imensa.
A besta era tão enorme que parecia estender-se pela metade do comprimento do caminhão, e sua altura quase igualava a do veículo.
O caminhão todo balançou violentamente enquanto chacoalhava e tremia pela estrada.
A força do impacto fez as mãos de Pardal voarem para longe do volante por um momento, e o caminhão começou a derrapar.
O pânico o invadiu, mas ele cerrou os dentes, lutando desesperadamente para recuperar o controle enquanto puxava o volante de volta, lutando contra o deslize.
“Ah! Maldita vaca de merda!” Abutre xingou, segurando a alça superior enquanto o caminhão fazia uma curva.
Ele se concentrou, tentando conjurar um espinho de terra para atingir a besta, mas foi em vão – o espinho mal fez um arranhão na grossa pele da vaca. “Merda! Isso é inútil! Dirija, Pardal!”
“Cale a porra da boca, Abutre, seu bundão!” Pardal retrucou, seus dentes rangendo de frustração. Ele lutava para dirigir, sentindo o pneu danificado arrastando o caminhão para um lado.
O volante se recusava a responder, e a dirigibilidade do caminhão tornou-se errática. “Estou tentando, mas essa droga está se desmontando!”