53: Piedade 53: Piedade À medida que sentia seus corpos inferiores se tocando, uma onda de excitação percorria seu corpo. Ela queria sentir mais dele e, assim, aproximou-se mais… Ela ouviu ele gemer ao jogar a perna sobre ela antes de rolar por cima dela enquanto interrompia o beijo.

Mas então, justo quando o beijo ameaçava consumi-los, ele se afastou, quebrando o momento. Sua respiração estava pesada, seus olhos escuros com algo indecifrável.

Um sorriso irônico surgiu nos lábios dele enquanto repousava a testa contra a dela. “Eu nunca pensei que o dia chegaria em que alguém me beijaria por pena,” ele disse suavemente, embora houvesse um tom de diversão em sua voz.

Serena piscou, momentaneamente atônita com suas palavras. “Pena?” ela repetiu, sua voz quase um sussurro como se não conhecesse o significado das palavras dele.

Aiden deu uma risada leve, o som baixo e retumbante através de seu peito e vibrando contra ela… “Sim. Quer dizer, eu sou ‘digno de pena’ o suficiente para ser a Cinderela, certo?”

Serena sentiu suas bochechas corarem, mas sorriu, balançando a cabeça. “Eu não te beijei por pena, Aiden.” Seus dedos apertaram na camisa dele, puxando-o de volta para ela. “Eu acho que você deve ter sido uma criança lamentável por ter um pai tão horrível, mas eu te beijei porque eu quis.”

“Você quis me beijar?” Aiden perguntou como se ela tivesse dito a coisa mais chocante do mundo.

Serena deu uma risadinha. Ele parecia surpreso por algum motivo… Com a aparência que ele tinha, ele realmente achava que qualificaria para um beijo de pena? Ela fez um bico e soltou a camisa dele, alisando as dobras formadas por suas mãos, “Hmm. Mas eu vejo que você não quis continuar me beijando.” Ela virou a cabeça para o lado e lamentou, “Tudo bem então. Eu não vou mais te beijar.”

“Ah, é? Você não vai me beijar agora? Que pena. Eu estava começando a me divertir.” Enquanto dizia isso, Aiden pressionou seus quadris contra os dela, quase lembrando-a que seus corpos ainda estavam se tocando. Ela sentiu calor e mais, mas mordeu o lábio para se impedir de se distrair enquanto sussurrava, “Pena…”

“Você teve sua chance, e a desperdiçou. Agora terá que viver com as consequências azuis.”

Aiden então riu. “Consequências azuis?”

Serena sentiu um sorriso surgir em seus lábios e abriu a boca para responder, mas antes que pudesse, os lábios dele capturaram os dela, beijando-a lentamente e com tranquilidade, como se ele tivesse todo o tempo do mundo.

Depois do que pareceu horas, ele finalmente rolou para o lado e deslizou para fora da cama. Ela sentiu imediatamente a perda do calor dele e observou enquanto ele se afastava, murmurando, ” Acho que preciso ir cuidar das consequências antes que elas fiquem azuis…”

Serena corou ao perceber o que ele ia fazer no banheiro e caiu de volta na cama. Deitada ali, ela percebeu que se sentia hiperconsciente de tudo quando estava com ele. Suas mãos deslizaram lentamente até sua cintura, traçando delicadamente o caminho que as mãos dele haviam feito…

Alguns momentos se passaram em silêncio, e Serena podia ouvir o som distante da água correndo no banheiro. E seus próprios pensamentos se agitaram enquanto ela imaginava ele fazendo coisas consigo mesmo… Seus dedos traçavam padrões preguiçosos sobre si mesma, como se tentassem replicar o toque dele e ela suspirou. Simplesmente não era a mesma coisa.

Sua respiração ficou presa na garganta quando Aiden saiu, apenas com uma toalha enrolada frouxamente na cintura.

“Você não vai desviar os olhos?”, ele perguntou, divertido, enquanto ela o observava um pouco demais.

Serena balançou a cabeça enquanto observava gotas de água agarradas à pele dele e escorrendo pelas linhas duras de seu peito e abdômen antes de desaparecerem na toalha.

“Acho que vou esperar sua toalha cair. Na verdade, estou manifestando isso neste exato momento.”

Aiden quase tropeçou nos próprios pés quando ouviu a resposta dela e sentiu seu rosto corar. Isso… Por que em vez de deixá-la tímida, era ele quem estava ficando vermelho?

Limpando a garganta, ele segurou com firmeza o nó de sua toalha e caminhou em direção ao armário, “Você pode entrar e se arrumar. Vou pedir para alguém trazer suas roupas. Ou você pode voltar para o seu quarto e…”

“De jeito nenhum vou fazer a caminhada da vergonha do quarto do marido. Você pode ir buscar as roupas…”

Serena afastou os cobertores, seus movimentos lentos e deliberados enquanto se levantava da cama. Seus olhos nunca deixaram Aiden, que só podia encarar enquanto ela caminhava em sua direção, suas roupas todas amassadas de agora há pouco. De algum modo, ela parecia mais atraente do que nunca…

Quando ela finalmente parou a apenas um pé de distância dele, ela inclinou a cabeça e perguntou a ele, brincalhona, “Então, Aiden, você gostaria que eu retribuísse o favor e desse um show para você? Por que você não espera aqui e eu…”

Os olhos de Aiden se arregalaram, as palavras dela já fornecendo à sua imaginação uma imagem dela enrolada em uma toalha. Antes que ele pudesse reagir, no entanto, Serena rapidamente alcançou a toalha dele, seus dedos roçando em sua pele enquanto ela a arrancava de sua mão frouxa. Ela saiu correndo com uma risada travessa, seus pés descalços mal fazendo barulho no chão enquanto sua risada ecoava no pequeno quarto.

Aiden ficou lá, momentaneamente atônito, agarrando o ar onde a toalha havia estado. “Ei! Espere—” ele começou, mas as palavras se perderam enquanto ela alcançava a porta.

Enquanto Serena corria em direção à porta, ela olhou para trás por cima do ombro com um sorriso que se transformou em um bico quando olhou para ele. “Ah, vamos lá!” ela chamou, “Você está de cueca! Fui enganada!”

Aiden riu da reclamação dela e caminhou em sua direção, “Bem, você tem certeza de que quer ver as coisas? Eu posso simplesmente abaixar estas aqui por sua causa…”

Mantendo seu olhar, ele enfiou o polegar na cintura de seus shorts e riu quando ela deu um gritinho e fechou a porta do banheiro.