37: Reluzente 37: Reluzente “Por que você está me olhando como se eu fosse um coelho e você estivesse com fome?” Aiden perguntou, olhando para cima dos papéis com uma expressão divertida.

Serena deu de ombros, lançando-lhe um olhar “Ha! Como se eu fosse comer um coelho como você! Eu provavelmente acabaria com indigestão ou talvez até mesmo uma intoxicação alimentar.”

Aiden lançou-lhe um olhar naquele momento, já sentindo falta da paz que eles haviam compartilhado nos últimos dias.

Então a Serena sarcástica e mordaz havia retornado agora que a vovó estava se recuperando. “Ok. Você vai me dizer por que está me olhando?”

“Eu não estava te olhando.”

Aiden levantou uma sobrancelha? “Não? Então há um fantasma por aqui que eu não consigo ver?”

Ela lançou-lhe um olhar chocado naquele momento e perguntou, “Como você sabia que eu consigo ver fantasmas?” Com uma expressão piedosa, ela disse, “Aiden. É um segredo que tenho tentado aceitar. Mas desde que acordei após desafiar a morte, tenho visto eles…”

Por um momento, houve silêncio enquanto Serena lhe lançava o olhar mais assustado que ela conseguia reunir.

Finalmente, Aiden suspirou e balançou a cabeça, “Acho que você deveria desistir da ideia de entrar nos negócios e em vez disso dedicar-se à arte de contar histórias.”

Serena gargalhou e balançou a cabeça, “Ah, qual é. Você nem se abalou. Eu me esforcei nessa história de fantasmas. Dro*a! Pelo menos você deveria ter fingido estar assustado ou algo assim!”

“Você realmente acha que eu me assustaria com coisas assim?” Aiden perguntou, completamente distraído do próprio trabalho enquanto focava em Serena.

“Eu aposto que eu poderia inventar algo que faria até você se contorcer.” Serena desafiou e Aiden balançou a cabeça, percebendo que tinha se desviado do caminho ao fazer uma simples pergunta.

“Ok ok! Faça o seu melhor. Eu tenho que trabalhar.”

Antes que pudesse voltar ao trabalho, no entanto, Serena respondeu à pergunta dele, “Na verdade, eu estava pensando sobre a sua família e as dinâmicas. Todas as famílias ricas são assim?”

Os olhos de Aiden se aguçaram enquanto ele olhava para cima, “O que você quer dizer?”

Mas Serena pareceu não perceber enquanto continuava, “Quero dizer, seu pai e sua tia. Eles são…”

“Fracos, egoístas e gananciosos.” Aiden forneceu a resposta enquanto Serena pausava procurando pelas palavras certas. Ela pareceu surpresa com sua resposta fria. Ele estava falando sobre seu pai e, no entanto, não havia emoção nisso.

“Serena, não adianta ficar remoendo a personalidade ou o caráter de alguém, pois isso não pode ser mudado.”

“Sério?” Serena inclinou a cabeça. Ele era realmente tão frio quanto se mostrava? Ou ele estava escondendo sua dor sob uma camada de frieza.

“Você está olhando de novo.” Aiden comentou enquanto lançava outro olhar para ela. Droga! Ela estava dificultando a concentração. Toda vez que tentava fazer algo, ela continuava olhando para ele e ele se distraía. Ele estava lendo essa página pela décima vez!

“Na verdade, eu estava olhando para algo que te dei. Meu chupão. Para quem você está mostrando isso agora?”

Aiden olhou para cima surpreso naquele momento. Ele nem tinha percebido que os botões de sua camisa estavam desfeitos. Rapidamente, ele abotoou a camisa e se virou para ela, “Por que você está me encarando?”

“Ei! Não tem nada para ficar encarando, tá? Eu só estava pensando que já que te dei algo, eu deveria receber algo também.”

Aiden levantou uma sobrancelha e virou sua cadeira para olhá-la completamente, “Caso você tenha esquecido, isso foi uma compensação.”

Serena estreitou os olhos e apontou um dedo, “Tocar nos lábios foi uma compensação. Mas o chupão não!”

“Bem, se você quer de volta, só incline a cabeça e eu te mordo de volta.”

“Ha! Você é um vampiro para que eu devesse inclinar minha cabeça? Não! Eu quero uma compensação diferente!”

“Bem, você pode diretamente me dizer o que quer em vez de ir por este caminho indireto!” Aiden disse entre dentes, finalmente entendendo por que ela havia enrolado tanto. Ela queria algo.

Serena suspirou. Ele tinha percebido.

“Eu…” Serena suspirou e respondeu, “Eu quero trabalhar, mas não para a vovó. Eu prefiro ter uma posição menor para aprender coisas do que assumir um cargo mais alto.”

Aiden suspirou. “Você está preocupada com o nepotismo?”

“Sim. Eu… Eu nem conheço meu histórico e qualificações. E se eu cometer um erro e acabar fazendo algo errado ou prejudicial?”

“A vovó não vai permitir. E, há outra razão pela qual eu quero você lá. Eu quero que você fique de olho nela e…”

“Aiden Hawk! Se você está planejando me colocar lá como uma informante, pode esquecer! Como você pode sequer pensar em usar sua esposa assim? Eu deveria pedir ao fantasma sentado ao seu lado para te bater na nuca!”

Aiden revirou os olhos e levantou as mãos, “Pare com suas palhaçadas e pare de me entender mal e colocar palavras na minha boca. Você não precisa bisbilhotar a vovó. Você está indo para lá como uma babá glorificada. Você vai aprender coisas sobre negócios com a vovó e também cuidar dela para que ela não se esforce demais.”

Serena assentiu então, “Ah! Eu acho que posso aceitar isso. Foi esperto da sua parte. Não se preocupe! Eu cuidarei da vovó quando ela voltar ao trabalho.”

Aiden levantou uma sobrancelha. Qualquer outra mulher ficaria ofendida por ele estar oferecendo uma posição como essa. Mas ela parecia feliz como uma criança na Disneylândia. “Você está feliz em ser uma babá?

Serena assentiu, “Sim. Por enquanto. Estou feliz cuidando da vovó e fazendo trabalhos menores.”

Enquanto Serena voltava aos seus arquivos contente, desta vez, foi Aiden quem estava olhando para ela. Vez após vez, ele tinha visto essa garota se contentar com pequenas coisas. Ela sempre foi assim? De repente, ele sentiu vontade de saber mais sobre ela. Como ela era antes do acidente.