Me Apaixonando Pelo Meu Marido CEO Acidental - Capítulo 315
Capítulo 315: Um Amigo
“Então, por que o convite repentino para o café da manhã?”, Ella perguntou no momento em que o avistou sentado dentro do café. Honestamente, ela não tinha interesse em se encontrar com esse homem e só queria uma resposta. Ele era a pista que ela procurava para se aprofundar naquele anel venenoso?
Sidney sorriu com facilidade e fez um gesto em direção à cadeira vazia à sua frente. “Só pensei em me encontrar com uma velha amiga neste novo lugar. O que há de tão errado nisso?”
Ella deu uma risadinha incrédula enquanto escorregava para a cadeira, cruzando uma perna sobre a outra. “Uma velha amiga? Você me lisonjeia… Estou aqui há mais de seis meses, Sidney, e já cruzamos caminhos várias vezes antes. Você nunca sequer olhou para o meu lado. E agora você de repente me chama de velha amiga? Você tem amnésia ou algo assim? A única vez que você falou comigo antes disso foi quando queria me usar – para chamar a atenção de Serena ou se vingar de Aiden. Então me diga, o que você quer desta vez, já que não posso realmente te ajudar com nenhum dos dois, por agora?”
Sidney não respondeu imediatamente. Ele apenas a estudou por um longo momento, os olhos calmos, mas indecifráveis. Então suspirou suavemente, como se carregasse algum peso invisível. “Você mudou.”
Ao dizer isso, ele se inclinou sobre a mesa e, sem aviso, gentilmente segurou seu rosto com a mão.
Ella ficou instantaneamente rígida, todo seu corpo tenso. Ela afastou o rosto antes que ele pudesse dizer algo mais.
Ele deu-lhe um sorriso leve, quase triste. “Acho que sou um dos motivos dessa mudança. Eu usei sua inocência… sua confiança… para os meus próprios fins. Eu não vou negar.”
Ella não disse nada. Se seu arrependimento era genuíno ou apenas mais uma camada de manipulação, ela não sabia — e francamente, não se importava. O que ele disse era verdade. Ele havia usado sua ingenuidade naquela época, e ela não tinha intenção de deixá-lo lavar as mãos disso agora, nem mesmo por aparência.
“Se você me chamou aqui apenas para provocar memórias do passado,” ela disse friamente, “então esta conversa acabou. Eu não tenho desejo de arruinar minha manhã — ou minha digestão.”
Sidney deu outro de seus suspiros silenciosos e se recostou. “Você está certa. Certo. Eu não vou falar sobre o passado.” Ele fez uma pausa por um momento, então acrescentou levemente, “Vamos falar sobre o presente.”
Ele fez um gesto para o garçom que apareceu com uma bandeja. “Tomei a liberdade de pedir bacon e ovos para o café da manhã. Espero que esteja tudo bem.”
Ella deu um leve aceno, embora em sua mente já estivesse pensando. Quão facilmente ele retomou o controle – primeiro se abaixando, interpretando o papel do homem arrependido, depois sem hesitação pedindo por ela, como se ele ainda definisse as regras.
“Na verdade,” ele continuou com aquela voz calma, “queria te perguntar sobre seus planos futuros aqui. Com Aiden bloqueando seu retorno… mesmo que ainda te mande dinheiro… bem, uma vez que a senhora Hawk faleça, você pode ficar sem nada.”
A colher de Ella bateu bruscamente contra o prato enquanto ela levantava o olhar, olhos faiscando. “O que você quer dizer com ficar sem nada? Avó já criou um fundo fiduciário para mim. Nunca me faltará nada.”
Sidney inclinou-se levemente para a frente, a voz abaixando como se quisesse enfatizar o ponto. “Um fundo fiduciário gerenciado por Aiden. E lembre-se – se você não puder voltar, não poderá ver sua avó. Você pode até perder sua herança por completo se ele tiver sucesso…”
Ella fez uma careta. Ela foi realmente tão ingênua no passado? Ele havia dito exatamente três frases e, pelo olhar em seu rosto, ele realmente acreditava que isso era suficiente para incitá-la. Queria aplaudir a si mesma por seu passado. Mas, claro, não podia. Então, ela pegou a colher mais próxima e a bateu na mesa. “Está tentando arruinar meu humor, Sidney? Ou só me irritar até a morte?”
Antes que ela pudesse pegar outro talher, Sidney estendeu a mão sobre a mesa e segurou a mão dela rapidamente.
“Sem mais dramatizações, Ella,” ele disse calmamente, olhos fixos nos dela. “Não estou aqui para provocá-la. Estou aqui para te dizer que ficar sentado, esperando as coisas desmoronarem, não vai te salvar. Você precisa tomar algum controle antes que seja tarde demais.”
Ella se acalmou, estudando-o com os olhos semicerrados. “Então é sobre controle,” ela disse lentamente. “Você tem uma proposta de negócios para mim, não é?”
Sidney assentiu uma vez, calmamente, como se soubesse que a conversa chegaria a isso o tempo todo.
Ella recostou-se em sua cadeira, uma risada sem humor escapando dela. “Você deveria ter começado com isso, Sidney,” ela disse sem rodeios. “Certo. Me diga o que você quer. Do que se trata esse negócio que te faria querer se encontrar comigo.”
Sidney suspirou e trouxe sua mão para mais perto dele, “Eu vou te contar. Tenho desejado trazer uma pessoa de confiança para isso. Mas antes disso, quero esclarecer as coisas sobre o passado. Usei sua ingenuidade no passado, mas não foi porque eu te subestimasse. Foi apenas que eu estava muito cego pela vingança para realmente entender seu valor. Espero que, daqui para frente, se nos juntarmos nesse negócio, você consiga me perdoar.”
Ella não disse nada, apenas olhou fixamente para a mão dele que segurava a dela até que ele soltasse e então disse, “Explique.”
Sidney sorriu e então abriu seu tablet, “Não é muito. Você sabe que a indústria do entretenimento neste país é bastante desorganizada. Mas o governo tem sido lento em empurrar as leis. Finalmente, houve algumas mudanças, então pensei, por que não aproveitar essa oportunidade para formar uma agência e…”
Ella se inclinou para frente e ouviu a proposta com os olhos semicerrados, suas mãos cerradas sob a mesa, enquanto lançava um olhar perplexo para Sidney Pierce. Agora ela tinha a confirmação que precisava. Porque os ‘empregados’ que ele acabara de lhe mostrar, eram aqueles procurados pela lei.