Me Apaixonando Pelo Meu Marido CEO Acidental - Capítulo 277
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Capítulo 277: Um Suspiro
Aiden parou congelado na entrada do hospital, seus ombros tensos e os punhos cerrados ao lado do corpo. A preocupação que sentia por Ella ainda estava lá, enterrada sob o peso de sua raiva. A traição cortou mais fundo do que ele pensava ser possível, e o ódio borbulhando por baixo da superfície era muito mais forte do que sua preocupação persistente. Se ele fosse honesto consigo mesmo, ele não tinha certeza se confiava o suficiente em seu temperamento para entrar.
Mesmo que Ella estivesse doente, mesmo que estivesse à beira da morte, a dor que ela lhe causou era muito mais profunda. Ela fermentava, aguda e implacável, ofuscando qualquer pena que ele pudesse ter sentido.
“Aiden,” Nate chamou a poucos passos à frente, “Vamos.”
Tomando um fôlego lento e deliberado, Aiden se forçou a se mover. Sua expressão tornou-se fria, seu maxilar se apertando enquanto seguia Nate pelos corredores estéreis e iluminados por luz fluorescente do hospital. Se Ella quisesse conversar, tudo bem – ele a ouviria. Se ela tivesse alguma informação sobre Serena, ele suportaria o que fosse necessário para obtê-la. Por Serena, ele daria a Ella o que ela pedisse, mesmo que significasse abrir mão de tudo o mais.
Dentro do quarto do hospital, ele parou perto da porta, observando-a dormir. Ela parecia tão inocente quanto quando havia chegado pela primeira vez na casa, sempre querendo segui-lo e saber o que ele estava fazendo, brincar com os seus brinquedos… Ele teria ficado longe dela, se soubesse então que ela faria isso com ele. Que ela tiraria dele sua pessoa mais importante.
Ele fechou os olhos, não querendo olhar para ela e encostou a cabeça na parede. Eles conversariam quando ela acordasse.
Nate observou a expressão torturada no rosto de seu irmão – seu maxilar cerrado e as mãos apertadas em punhos ao lado do corpo. Por um momento, Nate sentiu uma pontada de simpatia. Aiden não merecia isso – nada disso. Mas ele também sabia que Ella precisava falar.
Por mais doloroso que fosse para Aiden, sua presença ali era necessária. Era a única chance de eles romperem as defesas de Ella. Nate só podia esperar que a culpa dela, tão avassaladora quanto parecia, finalmente a empurrasse a confessar tudo verdadeiramente, em vez de continuar protegendo os verdadeiros culpados.
Não querendo perturbar o frágil silêncio entre eles, Nate se moveu silenciosamente para se sentar ao lado da cama de Ella. Seus olhos se abriram, embaçados e sem foco, antes de ela lentamente virar a cabeça para o lado. Ele seguiu seu olhar enquanto ele se fixava em Aiden, demorando como se ela estivesse tentando juntar os pedaços, se o que estava vendo era real.
A mudança em sua expressão era sutil, mas inegável – a esperança e a culpa em seus olhos eram impossíveis de não notar. Ela encarou seu irmão, seus lábios tremendo como se tentassem formar palavras. Nate viu o momento em que a realização a atingiu, o momento em que ela se convenceu de que não era uma alucinação. Ele lhe deu um pequeno aceno encorajador, instigando-a silenciosamente a falar.
Os lábios dela se entreabriram e sua mão trêmula levantou-se fracamente como se tentasse alcançá-lo. “Aiden…” ela sussurrou, sua voz mal audível. Mas tão rápido quanto sua mão se ergueu, ela caiu flácida contra a cama, e seus olhos se fecharam. Lágrimas escorreram por suas bochechas enquanto ela virava o rosto. Ela não conseguia se obrigar a dizer o nome dele em voz alta – não quando se sentia tão indigna de sequer pronunciá-lo.
Nate suspirou. Ele sabia que isso não seria fácil, mas ainda doía assistir. Quebrando o silêncio, ele falou cuidadosamente, “Ella. Aiden está aqui. Fale com ele.”
Ao som de sua voz, tanto Aiden quanto Ella abriram os olhos e se olharam.
Ella não conseguiu conter a onda de emoção que a dominou. Lágrimas correram livremente enquanto ela olhava para ele, sua voz trêmula.
“Aiden…” ela soluçou, suas palavras interrompidas por soluços. “Você pode… você pode me perdoar?”
A resposta de Aiden foi firme e inequívoca. “Não.”
A única palavra atingiu Ella como um golpe, e ele assistiu enquanto ela fechava os olhos e virava a cabeça, incapaz de enfrentá-lo. “Ella,” ele começou, seu tom mais afiado do que antes enquanto ele a olhava, “Eu te dei tudo que você já me pediu. Mesmo quando você foi obstinada – não, implacável – em proteger Charles Hawk, eu cedi a você. Eu deixei pra lá, uma e outra vez, pensando que você eventualmente voltaria ao seu juízo. Mas você… Por que foi tão cruel comigo? Por que tirar a única pessoa que me importa? Eu não tenho em mim para te perdoar Ella. Mesmo quando Serena voltar, não espere meu perdão. Não agora, não nunca.”
Os olhos de Ella finalmente se abriram, as lágrimas que ela tentava segurar derramando livremente. Sua voz estava apenas acima de um sussurro, trêmula enquanto ela falava. “Você ainda acredita que Serena vai voltar?”
Aiden endureceu com a pergunta, sua expressão endurecendo ainda mais. “Sim.”
Finalmente, Nate, que estava ao lado, incapaz de conter sua frustração por mais tempo, explodiu, “Ella. Você vai dizer a verdade? Ou vai arrastar isso até o fim. Diga a verdade. Você realmente matou Serena? Você foi a última pessoa que a viu!”
Aiden virou a cabeça para dar a Nate um olhar cortante e se virou. Mesmo que Ella dissesse mil vezes que Serena estava morta, ele se recusava a acreditar nisso. Ou ouvir isso.
No entanto, quando ele ia sair pela porta, Ella falou, “Serena está viva.”
Ele girou e encarou Ella. O que ela disse? Aiden caminhou até ela então, “Onde ela está?”
Ella desviou o olhar, assustada com a esperança nos olhos dele, “Eu… eu não sei.”
Tanto Aiden quanto Nate ficaram decepcionados com isso. Por um momento, ambos esperavam que Ella tivesse salvado Serena.
“Eu… Era para eu a levar até o penhasco e empurrá-la para baixo junto com o carro. Pai… Charles Hawk disse que alguém viria lá para me ajudar a empurrar o carro. Durante todo o caminho, tentei me convencer de que precisava fazer isso. Para me proteger. Mas uma vez no penhasco, não consegui fazer… Eu tirei Serena do carro. Ela ainda estava viva então. Inconsciente, mas viva. Então eu… empurrei o carro penhasco abaixo e liguei para a polícia, dizendo-lhes sobre o acidente. Depois disso, eu fugi. Mais tarde nesse dia, liguei para todos os hospitais e perguntei sobre um paciente sendo trazido de um penhasco. Havia uma… E ela estava viva…”
“No dia seguinte, tentei ligar novamente, mas eles se recusaram a me dar informações. Mas eu sei que Serena recebeu cuidados médicos e que ela estava viva.”