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Capítulo 270: Sabia Disso
“Eu sabia.” A voz de Luca carregava um tom de provocação enquanto ele saía da cozinha para o salão vazio do restaurante. Seu sorriso era confiante como sempre, as mãos casualmente limpando uma toalha impecável. “Eu sabia que você não resistiria à minha beleza e voltaria para me ver tão cedo.”
Serena balançou a cabeça, os lábios formando um leve sorriso irônico enquanto cruzava os braços. “Se as pessoas viessem aqui pela sua aparência, você estaria falido, Chef Luca,” ela respondeu com uma agudeza brincalhona. “Eu vim aqui para comer, não para admirar.”
Mas mesmo enquanto dizia isso, Serena sentiu um calor revelador invadir suas bochechas. Ela não entendia bem por quê, mas desde que acordara naquela manhã, havia um desejo insistente roendo-a. Não era apenas por comida — ela já havia provado tudo no cardápio do hotel e nada tinha a satisfeito verdadeiramente. Porém, no momento em que pensou em algo realmente delicioso, o único nome que lhe veio à mente foi o dele. Afinal, o suflê que ele a tinha feito experimentar era o melhor que ela comera desde que acordara.
“Tudo bem, tudo bem. Você pode ter um ponto,” Luca admitiu, erguendo as mãos em uma rendição teatral, seu sorriso nunca vacilando. “Se eu pudesse ganhar uma fortuna com minha beleza devastadora, não teria de me matar de trabalhar na cozinha o dia todo.” Ele fez uma pausa dramática, depois se inclinou em uma reverência exagerada, uma mão se alongando em um floreio teatral. “Então, o que minha distinta senhorita gostaria de comer nesta bela manhã?”
Serena não conseguiu evitar um sorriso diante das palhaçadas dele, sacudindo a cabeça em diversão. “Qualquer coisa está ótimo,” ela respondeu, a voz leve, mas genuína. “Eu só quero algo bom.”
Luca se endireitou, lançando-lhe um breve olhar, seus lábios formando um leve sorriso irônico. “Qualquer coisa está ótimo, é? Palavras perigosas,” ele provocou, antes de se virar e caminhar de volta para a cozinha. Ao passar pela porta, ele tirou o telefone do bolso e digitou uma mensagem rápida para o amigo: “Sua irmã está aqui para comer. Onde você está? Quer se juntar?”
A resposta veio quase instantaneamente, curta e caracteristicamente direta:
“Não.”
Luca encarou a tela, sua expressão pendendo entre exasperação e diversão. “Por que ele é assim?” ele murmurou para si mesmo, balançando a cabeça enquanto guardava o telefone. Edwin, com seus textos infuriantemente minimalistas, provavelmente nunca mudaria.
Soltando um suspiro resignado, Luca voltou sua atenção para a cozinha. Ele parou diante dos ingredientes meticulosamente arranjados, seus dedos pairando sobre alguns enquanto ideias giravam em sua mente. Normalmente, a inspiração vinha facilmente, fluindo como uma segunda natureza, mas hoje parecia… diferente.
Por algum motivo, ele se encontrou hesitante, olhando fixamente para os produtos vibrantes e as especiarias frescas. Suas mãos pararam, e uma inquietação desconhecida se infiltrou. Será que ele estava — será que ele estava, de fato, nervoso?
A realização o atingiu como um relâmpago, e sua testa enrugou-se. Ele queria impressioná-la. Não apenas com algo bom, mas com algo extraordinário — algo que permaneceria em seu paladar e em seus pensamentos muito tempo depois de ela partir.
Mas era hora do café da manhã e, se ele não conseguisse criar alguma comida saborosa, tinha a sensação de que seria a última vez que veria essa mulher. Finalmente, seus olhos pousaram no ingrediente mais básico de todos e quebrou um par de ovos com uma mão experiente, o ritmo familiar aliviando parte de sua tensão nervosa. Ele trabalhou rapidamente, preparando uma simples omelete ao estilo japonês (tamagoyaki), adicionando uma pitada de ervas e bacon picado, e dobrando-a cuidadosamente. O chiado da panela era reconfortante para os nervos, e logo, o prato estava pronto.
Ele o empratou cuidadosamente e o levou até Serena, sua expressão neutra, embora por dentro já esperasse que ela fizesse uma dança de felicidade e talvez até o abraçasse para agradecer. “Aqui está,” ele disse, colocando o prato à frente dela.
Os olhos de Serena brilharam à vista, e sem perder o ritmo, ela pegou seu garfo e começou a comer. A primeira mordida foi seguida por um murmúrio de satisfação, mas os olhos de Luca se estreitaram um pouco enquanto a observava. O sorriso estava lá, mas algo parecia deslocado.
“Você não gostou?” ele perguntou, seu tom leve, mas carregado de preocupação.
Serena olhou para cima, encontrando seu olhar, e balançou a cabeça. “Não, não é isso,” ela disse rapidamente. “É apenas… parece que está faltando algo, só isso.”
A testa de Luca se aprofundou, e antes que pudesse pensar, ele pegou o prato dela, para seu choque. Ele espetou um pedaço da omelete e o colocou na boca, mastigando pensativamente. Após um momento, olhou para ela e deu de ombros, um sorriso se formando em seus lábios.
“Está perfeito,” ele declarou, sua voz leve, mas confiante. “Você só precisa superar suas papilas gustativas exigentes.”
“Sua omelete é muito profissional,” ela disse com um toque de provocação na voz. “Embora seja boa, tenho certeza de que está faltando algo — algo que, se adicionado, a tornaria ainda mais maravilhosa.”
Com essas palavras, Luca congelou por um breve momento, sua mente acelerada. Ele sempre se orgulhara de sua técnica com omeletes, mas agora que ela mencionara, havia alguém que fazia uma versão mais sedosa deste prato do que ele. Alguém que transformava as omeletes em pequenas almofadas douradas perfeitas.
Talvez fosse hora de pedir ao teimoso bastardo pelo seu segredo. Afinal, ele devia um favor a Luca por ensinar-lhe a receita do suflê. Se houve um momento para cobrá-lo, era esse. Ele queria conquistar uma mulher, assim como Aiden queria conquistar a dele.
“Eu digo o que, venha novamente amanhã, Senhorita Serena. Eu deixarei você provar a melhor omelete japonesa de todos os tempos.”
Serena sorriu ao terminar a omelete e afastar o prato. “Obrigada, Luca. Estou ansiosa para ver que pratos você consegue criar. Estarei aqui.”