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- Capítulo 264 - 264 Como Você É... 264 Como Você É... Você mentiu
264: Como Você É… 264: Como Você É… “Você mentiu.”
A voz de Serena era fria, afiada e inabalável. Sua mão tremia enquanto ela segurava o passaporte com força, mas seu olhar nunca vacilou do homem parado a poucos metros de distância. Sua expressão mudou de culpa para inquietação sob o intenso escrutínio dela.
“Eu posso ser ou não Serena Dawn”, ela começou lentamente, cada palavra deliberada, carregando o peso de sua desconfiança. “Mas você… você não é Edwin Amanhecer. Então, quem é você? Por que mentiu?” Sua mão apertou ainda mais o passaporte ao adicionar, “Porque segundo isto, você definitivamente não é Edwin Amanhecer.”
Edwin ergueu as mãos, com as palmas para fora em um gesto de acalmar, sua voz suave, mas urgente. “Serena, me escute. Eu posso explicar—”
“Não,” ela o interrompeu, sua voz firme e carregada de raiva. “Fique aí e fale. Não venha mais perto.”
A picada da traição sentia-se como um torno apertando em torno de seu peito. Já era preocupante ser enganada quando ela não tinha memórias para guiá-la, mas agora, abandonada em um país estrangeiro sem uma fuga clara e sem ninguém em quem confiar? Era algo muito pior. Sua mente acelerava, tentando juntar seus motivos, mas tudo o que ela sabia com certeza era que ela não podia confiar nele.
Seus dedos cavaram nas bordas do passaporte à medida que a dúvida se infiltrava. Era uma coincidência que seus passaportes tivessem sido trocados, mas agora que ela sabia que este homem não era Edwin Amanhecer, ela não podia deixar de ser suspeita.
E se o próprio passaporte dela não fosse real? E se esse homem tivesse orquestrado tudo? E se ir à embaixada só piorasse as coisas—e se eles a prendessem por portar documentos falsos? Afinal, ele já havia mentido sobre ser irmão dela. Quem sabia até onde iam suas mentiras?
“Serena, por favor”, Edwin tentou se aproximar novamente.
“Não,” ela exclamou, a voz se elevando. “Qualquer desculpa que você tenha, guarde para você. Eu quero a verdade, e agora.”
Ele hesitou e seu maxilar se apertou antes de ele finalmente suspirar. “Está bem. Eu nasci Edwin Amanhecer como eu disse,” ele falou, sua voz estável mas tingida de cansaço. “Mas eu fui adotado. Eu acredito que já te contei isso. Meus pais me chamaram de Dale—Dale Brown. Aqui.” Ele alcançou seu bolso, puxando cuidadosamente um maço de documentos. “Estes são os papéis. Meu nome foi legalmente mudado anos atrás.”
Serena não se mexeu, seus olhos se estreitando enquanto ela estudava os documentos que ele estendia. A explicação soava razoável, mas algo ainda parecia estranho. Quem carrega por aí prova de uma mudança de nome sem motivo?
Como se lendo a mente dela, Edwin continuou, “Porque eu sabia que isto aconteceria. Eu sabia que você não confiaria em mim, e eu não queria que você pensasse que eu estava escondendo algo. É por isso que eu os trouxe.”
A pegada dela no passaporte não afrouxou. A verdade, ou o que passava por ela, começava a vir à tona, mas seus instintos gritavam para que ela continuasse cautelosa.
“Agora,” ele disse, com um tom mais suave mas não menos firme, “posso ter meu passaporte de volta?”
“Ainda não,” Serena respondeu. Sua voz era calma mas inflexível. “Primeiro, quero ver o meu. E então eu vou verificá-lo—com a embaixada.”
A expressão de Edwin falhou por um momento, mas ele rapidamente se compôs. Ele levantou as mãos novamente, sinalizando que não queria fazer mal algum. “Certo,” ele disse. “Seu passaporte está no meu bolso traseiro. Vou tirá-lo agora.”
Os olhos dela acompanharam cada movimento dele enquanto ele lentamente retirou o passaporte dela e o estendeu a ela.
“E sobre a embaixada,” ele adicionou cuidadosamente, “Você pode ir se quiser. Mas antes de fazer isso, pense no que pode acontecer. Se você contatá-los, há uma boa chance de que as autoridades lá de casa sejam notificadas. Isso poderia ser perigoso para você. Eu te disse que estamos investigando o acidente que você perdeu a memória. Se isso acontecer e as pessoas erradas forem notificadas, quem quer que esteja atrás de você poderá descobrir exatamente onde você está—e que você está viva.”
As palavras dele a congelaram no lugar. Ele estava tentando avisá-la ou manipulá-la? Ela não sabia, e essa incerteza só fez com que ela segurasse o passaporte mais firmemente.
“Está bem. Eu vou cuidar do meu passaporte a partir de agora e você vai manter distância de mim. Você também irá me atualizar sobre tudo que descobriu até agora.”
Edwin hesitou, sua expressão preocupada. “Serena… isso não é seguro,” ele disse cuidadosamente. “De acordo com o doutor, se sua memória voltar de repente, pode ser perigoso. É por isso que ele aconselhou especificamente contra visitar lugares que possam disparar memórias fortes. O dano ao seu nervo é muito grave. Estresse súbito poderia piorar as coisas.”
Serena fez uma careta, sua frustração chegando à superfície. “Está bem então,” ela respondeu asperamente. “Não me dê nomes ou detalhes. Apenas me diga o básico. Quem quer me matar, e por quê?”
Edwin suspirou, esfregando a parte de trás de seu pescoço como se tentasse aliviar algum peso invisível. “Tudo bem,” ele disse relutantemente. “Eu vou te dar uma ideia geral. Mas antes, você poderia por favor colocar aquele vaso no chão? Você pode ficar com meu passaporte se isso te faz sentir mais segura. Só… coloque o vaso no chão. Você tem boa mira, e eu realmente não quero arriscar você escorregar.”
Serena olhou para o vaso que estava agarrando com força em sua mão. Suas juntas estavam brancas pela pressão. Ela estava mais do que pronta para esmagá-lo na cabeça dele se ele fizesse algum movimento brusco. Ela hesitou por um momento a mais, pesando suas opções, antes de lentamente abaixar o vaso de volta à mesa.
“Está bem,” ela murmurou, seu tom ainda transbordando de suspeita. Ela alcançou seu passaporte, segurando-o junto com os outros documentos que ele entregou. Ela os agarrou firmemente e então com um olhar rápido ao redor da sala, ela sinalizou para a longa mesa entre eles. “Sente-se ali. Do outro lado. Vamos manter alguma distância. E aí conversamos.”
Edwin não discutiu. Ele assentiu, movendo-se devagar e deliberadamente para a cadeira na outra extremidade da mesa. Ele se rebaixou no assento, cuidadoso para manter seus movimentos calmos e não ameaçadores, como se qualquer gesto súbito pudesse reacender suas suspeitas.
Com um suspiro, ele começou, “Seu noivo quer te matar.”