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- Capítulo 249 - 249 Retornando para Casa 249 Retornando para Casa Pai Estou
249: Retornando para Casa 249: Retornando para Casa “Pai! Estou tão feliz que você voltou,” exclamou Ella, com a voz brilhante e entusiasmada.
Nathan bufou, revirando os olhos enquanto imitava o tom dela. “Pai! Estou tão feliz—”
“Cresça, Nathan,” Ella retrucou, lançando-lhe um olhar cortante por cima do ombro.
Charles Hawk virou-se, sua expressão calorosa enquanto seu olhar se fixava em seu filho mais novo. Seu sorriso, ensaiado e polido, carregava uma aura de autoridade disfarçada de afeto. “O que você acha, Nathan? Você realmente vai ignorar seu pai após todo esse tempo agora que eu voltei?”
Nathan se encostou despreocupadamente na moldura da porta, de braços cruzados, os lábios se curvando em um sorriso sardônico. O homem diante dele era um manipulador nato, hábil em desempenhar os papéis que precisava para manter o controle. Charles Hawk podia fingir sem esforço que o passado não havia fraturado a relação deles, que ele não havia tentado uma vez virar Nathan contra seu irmão mais velho, Aiden. E quando isso falhou? A mandíbula de Nathan se apertou ao lembrar—de como ele quase perdeu tudo, inclusive a vida.
Reprimindo o arrepio que ameaçava traí-lo, Nathan encarou o olhar do pai, sua voz carregada de uma civilidade fingida. “Ignorar meu pai? Claro que não.”
O sorriso de Charles se alargou, confundindo as palavras com calor genuíno enquanto ele avançava, os braços um pouco estendidos, esperando uma reconciliação—ou pelo menos uma demonstração dela. Mas Nathan ainda não havia terminado.
“Claro que não vou ignorar meu pai,” repetiu Nathan, sua voz enganosamente suave. Então, conforme Charles se aproximava, ele acrescentou, friamente, “Se eu tivesse um.”
O sorriso congelou no rosto de Charles Hawk, sua passada confiante vacilando. Por uma fração de segundo, a máscara caiu, revelando um lampejo de raiva em seus olhos.
“Estou atrasado para minha corrida matinal,” continuou Nathan suavemente, afastando-se da moldura da porta. “Então, se me dá licença, estarei saindo agora.”
Sem mais um olhar para o pai, Nathan virou-se e caminhou em direção à portada frente. Ella avançou rápido, seus saltos ressoando contra o chão polido. “Nathan, espere—”
Ele não parou, não a reconheceu sequer. Ele abriu a porta e saiu, deixando-a bater com força atrás dele. Já havia deixado claro seus pensamentos para Ella e Aiden sobre o retorno de Charles. Se Ella pensava que ele iria fingir o contrário, estava enganando apenas a si mesma.
Atrás dele, dentro da casa, a tensão permaneceu. A fachada controlada de Charles Hawk rachou ainda mais, seu olhar endurecendo enquanto ele observava seu filho partir. Nathan, parecia, estava perdido para ele. Por um momento, ele sentiu arrependimento. Se ele tivesse mantido a compostura na última vez, Nathan ainda estaria sob seu controle.
Ella voltou sozinha, como ele já esperava. Charles sentiu uma onda de frustração surgindo dentro dele. Como ela poderia falhar em manipular o irmão? A garota tinha tanto potencial, mas lhe faltava o engenho necessário para dobrar a vontade de Nathan. Ainda assim, ele não deixou sua raiva transparecer. Não havia ponto em repreendê-la abertamente—apenas a afastaria ainda mais.
Se ela fosse mais astuta, Aiden jamais teria cedido aos seus caprichos tão facilmente. Ironicamente, era justamente a genuinidade dela que tornava o filho mais velho tão maleável quando se tratava dela.
E por essa razão, ele tinha que manter Ella sob seu domínio. Oferecendo-lhe um sorriso dolorido, ele suspirou, deixando sua voz assumir uma nota de resignação fingida. “Deixe pra lá, Ella. Ele vai acabar cedendo. Quando minha própria mãe nem se deu ao trabalho de me receber de volta, como posso culpar Nathan por manter sua raiva? Algumas feridas são profundas. Vamos,” disse ele, mudando o tom para algo mais leve, persuasivo. “Por que você não me conta mais sobre essa sua amiga—aquela que era suposta te ajudar?”
Ella fez uma careta, sua frustração evidente. Ela balançou a cabeça, claramente relutante em revisitar o assunto. “Ela partiu essa manhã,” ela admitiu com um toque de amargura. “Eu a convenci a passar a noite, e ela até conversou com Aiden. Eu pensei que estava progredindo. Mas então Serena voltou, bem no meio da noite, e levou Aiden embora. Assim, de repente.”
Sua voz apertou-se de irritação enquanto ela adicionava, “E agora Nathan não me diz onde eles foram. Tudo o que ele disse é que eles voltarão amanhã. O que significa que ela pode não ter outra chance—especialmente com Serena sempre tão próxima dele.”
“As oportunidades não simplesmente surgem do nada, Ella,” ele disse, “Elas têm que ser criadas. Você precisa estar pronta para agir, mesmo quando for inconveniente. Tempo, precisão e persistência—isso é como nós vencemos. Não se preocupe. Agora que estou aqui, eu cuidarei de tudo. Eles chegam amanhã. Chama ela. Organize uma reuniãozinha sob o pretexto de que você está me dando as boas-vindas.”
“Se ela for inteligente, ela dará conta do recado mesmo com a presença da Serena. E às vezes você sabe que nem é necessário que a sedução aconteça. Sua amiga pode até criar desentendimentos entre eles e vapt, Serena estaria fora da vida de Aiden. É só trazê-la pra mim amanhã. E eu cuidarei de tudo.”
Ella hesitou, mordiscando seu lábio inferior enquanto processava a sugestão de seu pai. Ela já não gostava da ideia de enganar Aiden ou de interferir em sua vida pessoal, mas seu pai fazia soar tudo tão simples, tão inevitável. Sua lealdade vacilou, dividida entre as sugestões de seu pai e a culpa silenciosa roendo sua consciência.
“Pai,” ela começou, sua voz incerta, “você realmente acha que isso vai funcionar? Aiden… ele não me perdoa tão facilmente quanto antes. E Serena… ela é esperta. Ela vê através das pessoas. E se ela suspeitar…”
“Ela não vai suspeitar. É justamente porque ela é esperta que eu sei que não vai suspeitar. Ela vai estar confiante demais em seu relacionamento com Aiden para sequer pensar em suspeitar de alguém.
Ella engoliu em seco e assentiu, apesar da inquietude em seu peito não desaparecer. “Eu vou ligar para ela,” ela disse baixinho, “E organizar tudo mais…”
O sorriso de Charles se aprofundou, e ele estendeu a mão, colocando-a em seu ombro. “É assim que se fala, minha menina,” ele disse, seu tom cheio de um calor falso.