Me Apaixonando Pelo Meu Marido CEO Acidental - Capítulo 109

109: O Passado(2) 109: O Passado(2) “Hey! Sai daqui! Como você ousa entrar na minha festa de aniversário?”

Serena congelou, com a mão ainda na moldura da porta, enquanto olhava para a menina — quase da sua idade — que a encarava com olhos ardentes. Sua voz vacilou enquanto ela falava timidamente, “Vovó me disse que eu deveria vir para a sua festa de aniversário. Ela… ela me convidou.”

Os olhos da menina brilharam com diversão antes de soltar uma risada fria e cruel. “Ela te convidou?” Ela se virou para suas amigas, que rapidamente ecoaram sua risada, zombando de Serena em uníssono. Com um sorriso malicioso, a menina balançou a cabeça, sua risada se transformando em escárnio. “Onde está o seu cartão de convite?”

Serena hesitou, sentindo seu rosto esquentar enquanto procurava por palavras. “Eu… ela não me deu um.”

“Exatamente,” Ava disse, com um riso impregnado de desprezo. Ela arrancou um cartão de convite ornamentado de uma mesa próxima e o balançou no ar. “Este cartão—” ela deu um tapinha no papel elegante, “—foi assinado pela Vovó em pessoa. Ela sabia que cartões de convite eram necessários para participar deste evento.” Os olhos de Ava brilharam de satisfação enquanto ela inclinava a cabeça, seu sorriso se alargando em algo quase sinistro. “Mas você—” ela gesticulou em direção a Serena, sua voz se elevando zombeteira, “é tão tola, aparecendo sem um. Entrando aqui, exibindo sua própria estupidez!”

Suas amigas irromperam em risadas novamente, e Ava continuou, sua voz pingando desprezo. “Quando a Vovó disse que você deveria vir à minha festa, não era para celebrar conosco. Ah não.” Ela se inclinou ligeiramente, seu sorriso se tornando cada vez mais cruel. “Era para servir. Você estava destinada a ajudar as empregadas e os garçons, não para fazer parte do aniversário de fato.”

“Quero dizer, olhe para você,” Ava continuou, o tom de voz cheio de malícia enquanto avaliava a roupa simples de Serena. “Você realmente acreditou que se encaixaria aqui? Conosco? Usando isso?” Ela gesticulou para a roupa modesta de Serena com escárnio. “Você parece mais uma das funcionárias da cozinha do que uma convidada na minha festa. Sinceramente, é patético.”

Serena mordeu o lábio, seu rosto ruborizado de humilhação. Seu peito se apertou, mas ela ficou paralisada, incapaz de pensar numa resposta enquanto as amigas de Ava caçoavam atrás dela, cochichando umas com as outras enquanto lançavam olhares de soslaio para Serena.

Serena sentiu vontade de chorar. Ela nunca teve intenção de vir aqui. Se não fosse pelas palavras da Vovó, ela estaria em seu quarto, estudando. Ela não gostava de Ava e suas amigas de qualquer modo. Elas eram todas esnobes.

“E pensar,” Ava continuou, sua voz permeada de falsa doçura, “que você achou que poderia simplesmente entrar aqui como se pertencesse. Talvez na próxima vez você entenda a indireta quando não receber um convite.” Ava inclinou a cabeça, seus olhos se estreitando cruelmente. “Mas eu acho que cachorros não precisam de convites, não é?”

Os punhos de Serena se fecharam ao seu lado, suas unhas cravando em suas palmas. Desta vez, a humilhação foi superada por algo mais que surgia dentro dela—raiva. Seus lábios se entreabriram, e por um momento, ela quase retrucou, as palavras queimando na ponta da língua.

“Cuidado agora,” ela provocou. “Se você levantar a voz, será jogada para fora com sua verdadeira família—os cachorros. Talvez seja lá o seu verdadeiro lugar.”

A respiração de Serena falhou, sua fúria borbulhando perigosamente perto da superfície. Ela encarou Ava, seu corpo tremendo com o esforço para se conter. Justo quando estava prestes a se descontrolar, ela viu a mudança em Ava. O semblante cruel havia desaparecido e ela parecia quase dócil. Seus olhos se estreitaram e ela endureceu, virando-se para olhar atrás dela.

Um garoto, não mais velho do que quinze ou dezesseis anos, entrou confiante no recinto, segurando um pequeno envelope na mão. Seu cabelo estava despenteado, e ele usava um sorriso travesso enquanto se encaminhava até o grupo. Sem dizer uma palavra, ele caminhou direto para Ava, passando por Serena como se ela não estivesse lá. Serena começou a recuar. Embora ela tivesse sido absolutamente humilhada, era melhor se retirar.. Apenas mais alguns anos, ela se lembrou, até que ela pudesse deixar este lugar horrível.

Inesperadamente, justo quando estava prestes a escapar, o garoto voltou-se e pegou seu pulso, puxando-a para perto de seu lado,” Qual o grande problema com um convite, Ava? Aqui, este é o meu convite e ele claramente diz mais um.. Então, esta garota..” Ele fez uma pausa e se virou para olhar para ela,”Qual é o seu nome?”

Serena olhou para ele, surpresa. Inesperadamente, o nome que escapou de sua boca foi…” Rena.”

Ele ergueu uma sobrancelha com a palavra sussurrada e virou-se novamente enquanto dizia a Ava,” Como eu disse, Rena é meu mais um. Tudo bem para você, Ava? Ahh. Além disso, feliz aniversário. Aqui está o seu presente.”

Antes que Ava pudesse reagir, o garoto enfiou uma pequena caixa na mão de Ava e recuou em direção a outro canto do cômodo. Serena tentou extrair seu pulso do dele, mas ele simplesmente apertou mais sua mão e perguntou,” O quê? Está tentando escapar sem sequer agradecer a este irmão mais velho?”

Serena franziu a testa e balançou a cabeça. Na verdade, ela pretendia fugir dali, sem querer esperar aqui por mais humilhação. “Obrigada pela sua ajuda agora há pouco. Sou muito grata.”

O garoto sorriu e apertou ainda mais o pulso dela,”Tudo bem, pequena Rena. Ava pode ser um pouco desagradável às vezes. Não deixe que ela te incomode.”

Rena piscou. Ela não queria que seu salvador defendesse Ava, mas então ela percebeu o quão tolo era isso. Afinal de contas, ele estava aqui para a festa de aniversário da Ava. Isso significava que ele provavelmente era amigo dela. “Eu não vou deixar isso me incomodar. Obrigada novamente. Adeus.”

“Ei! Onde você está indo assim tão rápido? Você nem perguntou meu nome…” Serena olhou para trás então e balançou a cabeça,” Eu não preciso saber seu nome. Você é amigo deles, então duvido que nos encontraremos novamente.”

Claro, quem poderia imaginar que suas palavras não só se revelariam falsas, mas de fato estavam destinadas a se encontrarem quase todos os dias…