Me Apaixonando Pelo Meu Marido CEO Acidental - Capítulo 104
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104: Por quê? 104: Por quê? Serena encarava o homem que andava de um lado para o outro na sua frente, com passos rápidos e inquietos, como se fosse propelido por rodas invisíveis sob seus pés. Sua voz enchia o cômodo, mas ela mal registrava as palavras. Em vez disso, um estranho zumbido soava em seus ouvidos, abafando tudo exceto o ritmo errático de seu próprio coração.
Sidney Price. Ela conhecia bem esse homem. Claro que o conhecia porque ele era meio-irmão do Aiden e tudo mais… mas ao ver seu rosto… ela também sabia quem ele era além disso. Por que seu nome lhe parecera familiar… Sidney era seu antigo querido amigo de infância que se autoproclamava ‘protetor’.
Um único vislumbre dele, e suas memórias voltaram inundando—como uma barragem se rompendo, entrando com uma força que ainda a deixava tonta. Ela mal conseguia manter-se ancorada, sua cabeça girando com fragmentos do passado. Foi por isso que ela havia desmaiado. E agora, enquanto voltava à consciência, ela não podia deixar de encará-lo com ressentimento. Por que ele tinha que sempre interferir em sua vida?
“…Serena? Você está me ouvindo?” A voz de Sidney cortou a névoa, seu tom aguçado com impaciência.
Ela piscou, percebendo que ele havia parado de andar e agora estava diretamente à sua frente, segurando-a firmemente pelos braços. A pressão de seu toque a puxou de seus pensamentos, e seus olhos se fixaram nos dele.
“Solte-me,” disse ela, sua voz fria e clara.
Sidney congelou, seu rosto piscando de surpresa antes de ele rapidamente soltá-la, recuando como se tivesse tocado algo quente. “Desculpe,” ele murmurou, parecendo confuso. “Não pretendi ultrapassar seus limites. Você está bem? Você desmaiou tão de repente, eu nem tive a chance de perguntar como você estava. Você esteve doente? É por isso que você emagreceu e nunca veio me ver? Olha, eu realmente sinto muito, tá bom? Podemos conversar?”
Serena mal reconheceu o pedido de desculpas, oferecendo apenas um breve aceno antes de se virar para longe dele, tentando recuperar sua compostura. Seu coração ainda acelerado, mas ela não deixaria ele ver o quão perturbada estava. Como ela não se lembrava do passado até agora. Como, mesmo agora, sua cabeça ameaçava explodir com a pressão de todas as vozes e memórias saltando em sua mente.
“Qual o sentido de iniciar esta reunião? Não te disse da última vez que nos encontramos, que as coisas entre nós haviam acabado? Que eu nunca mais queria te ver. E ainda assim, você usou a Ella para me contatar?”
Sidney hesitou por um momento, então finalmente falou, sua voz mais baixa agora, mas não menos insistente. “Eu… você estava brava naquela época, Rena. Eu pensei que você já teria superado… E eu.. como você acabou com o Aiden? Eu pensei que você estava apaixonada por aquele Owen? Você deixou tudo e todos por ele… Você até me deixou por ele.”
“Isso não é da sua conta,” Serena respondeu secamente enquanto olhava para Sidney, “E eu não te deixei por causa do Owen. Pense no que você fez, Sidney.”
Sidney franziu a testa, frustração aparecendo em sua expressão. “Serena, você não pode evitar isso para sempre. As pessoas estão falando, e eu fiz o que tinha que fazer para te salvar! Se eu não tivesse te levado para o meu quarto naquela noite…”
“Chega.” Sua voz era mais aguda, cortando as palavras dele como uma lâmina. Ela avançou, encontrando o olhar dele com determinação firme. “Meu casamento não está em discussão. E nem o passado. Se foi por isso que você veio até aqui, pode ir embora.”
Sidney suspirou, claramente agitado, mas resignado. Ele sacudiu a cabeça, passando a mão pelo cabelo. “Tudo bem. Não vou insistir. Não agora. Mas espero que um dia, você me dê uma chance de explicar.” Ele pausou, seus olhos procurando os dela. “E sobre seu casamento com o Aiden… é realmente verdade?”
“Você poderia parar de insistir nas mesmas coisas?” Serena revidou, sua paciência esgotada. “Eu já disse tudo o que tinha para dizer. Meu silêncio deveria ter sido a resposta que você estava procurando.”
Sidney a encarou por um momento mais longo, como se tentando encontrar algo em sua expressão que lhe desse esperança. Mas quando ele falou, sua voz estava baixa e quase triste. “Você mudou, Rena,” ele disse suavemente, como se lamentando a garota que ela costumava ser.
Serena deu de ombros, amargura se formando em seus lábios. É claro que ela havia mudado. Depois de tudo que ela havia aprendido, depois de tudo que havia acontecido antes de seu acidente—como ela poderia não ter mudado?
“Estou indo embora agora, Sidney,” ela disse, seu tom de despedida enquanto ela se virava de costas para ele mais uma vez. “No futuro, vamos fingir que somos estranhos.”
Serena estava a meio caminho da porta quando a voz de Sidney a chamou novamente, desta vez com um peso que a parou em seus passos.
“Espere—Rena, você tem que voltar esta noite. Vamos ler o testamento da Vovó.” Seu tom era sério, não mais revestido com a frustração ou arrependimento que coloriram suas palavras anteriores, quase frio.
Ela hesitou, sua mão pairando sobre a maçaneta da porta, mas ela não se virou. “E daí?” ela perguntou, sua voz distante, mesmo que sua mente cansada já tivesse fornecido a resposta. Como ela poderia ter perdido algo assim? Claro que ela sabia a resposta para isso, e ainda assim, ela não podia deixar de se sentir culpada. Sua avó havia morrido e ela nunca tinha voltado para visitá-la.
Sidney deu um passo mais próximo, embora não tão invasivamente como antes. Ele falou mais suavemente agora, quase cautelosamente. “Você não se esqueceu, não é?” ele perguntou, um olhar estranho cruzando seu rosto, como se não pudesse decidir se deveria estar preocupado ou irritado. “A Vovó faleceu há dezoito meses. Seu testamento afirmava que nenhum dos benefícios seria distribuído até então… hoje marca o fim desses dezoito meses.”
“Não preciso que você me lembre. Eu estarei lá.” Serena respondeu antes de abrir a porta, mas Sidney não estava disposto a deixar ir, “E o Aiden? Você vai trazê-lo também? Ele sabe da sua conexão conosco? Ele percebeu quem você é?”
Serena lançou a Sidney um olhar lateral antes de sair pela porta, sem intenção de responder a nenhuma das perguntas.