Marido Com Benefícios - Capítulo 851
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851: Preocupado 851: Preocupado “Você sabe que minhas mãos são meu ganha pão, certo?” Cai provocou, com os lábios se curvando em um sorriso maroto. “Se você continuar apertando assim, não vou conseguir operar por um bom tempo.”
Os olhos de Lily desviaram para as mãos unidas, seu rosto aquecendo de embaraço. Seus dedos tinham se transformado em uma morsa sem que ela percebesse. Ela soltou um suspiro trêmulo, comandando a si mesma em silêncio para afrouxar o aperto. Relaxa, Lily. Relaxa. Para de esmagar a mão coitada do rapaz.
Mais fácil falar do que fazer.
Seu cérebro emitia as ordens, mas suas mãos simplesmente se recusavam a cooperar. Ela podia sentir o calor da pele dele contra a dela, a segurança tranquilizadora de sua presença, mas isso só parecia torná-la mais ciente de seus nervos à flor da pele.
“Desculpa,” ela murmurou, sua voz mal sendo mais que um sussurro. “Eu estou só… realmente nervosa.”
Cai riu, um som rico e despreocupado, como se ele não tivesse acabado de ser submetido ao seu aperto de ferro. “Percebi.” Com delicadeza, ele soltou seus dedos, um por um, seu toque deliberado e paciente. Ele virou a mão e a envolveu com a dela, seu polegar acariciando levemente o dorso da sua mão em movimentos tranquilizadores.
“Relaxa,” ele disse, seu tom baixo e reconfortante. “Eles vão adorar você. Eu prometo. E você vai gostar deles também. Talvez até se pergunte porque estava tão preocupada desde o início.”
“Você acha?” ela perguntou suavemente, tentando mascarar o sentimento de vulnerabilidade e medo de rejeição que a pressionava.
“Eu sei,” Cai respondeu sem hesitar, dando um aperto confortador na mão dela. “Você não tem nada a provar, Lily. Só seja você mesma.”
Lily lançou a ele um olhar de lado, seus lábios se contorcendo em um pequeno sorriso relutante antes de suspirar e encostar a cabeça em seu ombro. “Cai… você é o melhor,” ela murmurou, sua voz suave mas sincera.
O sorriso de Cai se alargou enquanto ele inclinava levemente a cabeça, esfregando a bochecha contra o cabelo dela em um gesto que era ao mesmo tempo brincalhão e carinhoso. “Claro que sou. Eu já sabia disso, mas é bom ouvir de vez em quando. Um pouco de reconhecimento nunca faz mal,” ele provocou, seu tom leve e alegre.
Uma risada escapuliu de Lily, seus nervos se acalmando enquanto o calor preenchia seu peito. Ela manteve o olhar fixo nas mãos unidas, dedos traçando padrões preguiçosos na pele dele. Após um momento, ela suspirou novamente, seu tom se tornando mais sério. “Mas eu falo sério. Eu queria agradecer… por conversar com minha mãe.”
A expressão de Cai se suavizou, o humor desaparecendo enquanto ele exalava lentamente. “Vai ser uma longa jornada, Lily,” ele disse gentilmente, sua voz transmitindo tanto compreensão quanto seriedade. “Perdoar e esquecer não acontece da noite para o dia. Você passou por tanta coisa por causa dela, e ela merece saber disso—saber de verdade. Mas é bom que ela esteja tentando, que ela esteja disposta a entender a dor que causou. E ir para a terapia? Isso é um grande passo para frente. Tio Kingston teve uma boa ideia sugerindo isso.”
“Eu sei que não vai ser fácil,” ela admitiu, sua voz quase um sussurro. “Mas… eu quero tentar. Por nós dois. Quando aquela notícia saiu e eu percebi que ela era a responsável, eu fiquei arrasada… Eu não sabia o que pensar. Até agora, sempre me convencia que era o luto dela por Jasmine que continuava fazendo ela agir assim comigo. Mas tramar deliberadamente contra mim e ter alguém gravando nossa conversa e depois me provocar a dizer aquelas coisas… Eu tinha desistido, Cai. Desistido da esperança de um dia ter uma mãe.”
Cai deu uns tapinhas na mão dela e deixou sua cabeça descansar nela enquanto o carro seguia em frente. Afinal, não havia nada que ele pudesse dizer para consolá-la. Claro que ela tinha se machucado. E a Sra. Kingston pode não ter conhecido a extensão de suas ações, mas ela ainda era responsável pela dor que infligiu, consciente e inconscientemente. A única razão para ele sequer ter tentado manter a civilidade com a Sra. Kingston foi que a senhora havia tentado corrigir seu erro fornecendo a gravação daquele Merton, levando-os a ter provas concretas contra o Professor White.
Percebendo que havia involuntariamente escurecido o clima, Lily soltou um suspiro quieto e virou a cabeça levemente para olhá-lo. Seus lábios se formaram em um sorriso fraco, pedindo desculpas. “Ok,” ela disse, seu tom deliberadamente mais leve. “Me diz novamente—quem mais vai estar lá?”
Cai arqueou uma sobrancelha diante de sua tentativa óbvia de direcionar a conversa para um terreno mais seguro, um sorriso conhecedor brincando em seus lábios.
“Bem, meus pais vão estar lá, claro. Eles são os anfitriões, afinal. Depois tem meu Tio Demônio e Tia Nora—você vai adorar Nora. Ela é cheia de travessuras, mas da melhor maneira possível. E meus primos—um sortimento deles, na verdade, vindos de todos os cantos. Eles vão de quatorze anos a quatro meses de idade. É difícil manter controle de quem confirmou e quem pode dar o bolo de última hora, mas Tio Seb e Tia Olivi definitivamente estão vindo.”
“Está se formando um grande encontro, mas honestamente, é sempre assim com minha família. Caos organizado.”
Lily inclinou a cabeça levemente, curiosidade brilhando em seus olhos. “Tem alguma ocasião especial? Ou é só um encontro do tipo ‘vamos juntar todo mundo porque podemos’?”
O sorriso de Cai se alargou como se ele estivesse esperando ela perguntar. “É na verdade uma celebração dupla,” ele explicou,
“Uma celebração?” Lily incentivou,
Ele assentiu, sua voz carregando uma nota de orgulho. “Minha prima mais nova, Innocensa—ela acabou de ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Internacionais da Juventude. É coisa grande, e estamos dando uma festa em sua homenagem.”
“Uau, que incrível. E qual é a outra razão? Você disse que é uma celebração dupla.”
O sorriso de Cai se tornou malicioso, e antes que ela pudesse reagir, ele se inclinou e roubou um beijo rápido e leve como uma pluma. A súbita ação a deixou piscando em surpresa, e o riso dele ressoou enquanto se afastava, claramente satisfeito consigo mesmo.
“Cai!” ela exclamou, suas bochechas aquecendo.
Ele deu de ombros despretensiosamente, embora o brilho em seus olhos traísse sua diversão. “A outra razão,” ele disse, seu tom ficando mais suave, “somos nós. Todos querem conhecer você, Lily. Eles estão animados para finalmente ver a pessoa que conseguiu me fazer tão feliz.”