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Marido Com Benefícios - Capítulo 838

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838: Por favor 838: Por favor “Você pode parar, por favor? Só me dê meu celular.”

“Não! Seu pai está doente! Num momento desses, você não deveria estar olhando para o celular, mas sim rezando pelo bem-estar dele. Fique aqui comigo, nesta sala de oração.”

Os ombros de Lily se tensionaram enquanto ela se sentava novamente no banco estreito e desconfortável na capela do hospital. O ar estava pesado com o cheiro de incenso, tornando difícil respirar, mas era sua mãe que tornava as coisas ainda mais difíceis para ela. A voz de sua mãe tinha assumido um tom quase frenético, mais urgente do que nunca, como se a intensidade de sua devoção por si só pudesse de alguma forma curar o homem inconsciente a apenas alguns andares de distância.

Seu pai havia sofrido um ataque cardíaco—grave o suficiente para que a cirurgia de emergência, embora bem-sucedida, fosse apenas o começo de um longo e incerto caminho para a recuperação. As palavras dos médicos ecoavam em seus ouvidos: dano extenso, anos de negligência, tempo para recuperar a consciência… frases que haviam esculpido medo no fundo de seu estômago. E agora, a espera. A espera interminável e torturante.

Desde o momento em que correram para o hospital, sua mãe havia se transformado de uma figura fria e julgadora em uma presença quase obsessiva. A mulher que havia proferido palavras cruéis e excluído Lily parecia ter esquecido toda a troca amarga que culminou com ela saindo de casa novamente e seu pai desabando com um ataque cardíaco. Agora ela estava se agarrando, insistente, olhos arregalados de alarme enquanto puxava Lily para horas de orações sussurradas e súplicas fervorosas por intervenção divina.

Lily na verdade não esperava isso. Desde o momento em que admitiu seu pai aqui e assinou os papéis, ela esperava que sua mãe também colocasse a culpa de tudo isso em seus ombros, mas sua mãe estava surpreendentemente dependente.

Lily apertou os lábios, segurando um suspiro. Os olhos afiados de sua mãe saltaram para ela, desafiando-a a interromper o momento. Com relutância, Lily inclinou a cabeça, juntando as mãos como se fizesse parte da oração. Ela sussurrou algumas palavras, mas elas pareciam vazias. A culpa em seu peito não se aliviava.

Se ela tivesse ficado, não se distanciado de seus pais, isso teria acontecido? Seu pai teria cuidado melhor de si mesmo? As perguntas não paravam. Ela quase podia ouvir a voz de Cai dizendo para ela não se culpar, lembrando-a de que anos de hábitos teimosos não eram dela para mudar. E seu primeiro dever tinha sido proteger a si mesma e sua sanidade.

Ela sabia que ele estaria certo, mas isso não tornava a culpa mais leve ou a dor menos intensa.

Ela precisava ouvir a voz de Cai. A necessidade era como uma dor em seu peito. Ele era seu âncora, cortando seus pensamentos em espiral. Ela havia deixado sua mãe pegar seu celular sem protestar, vendo o desespero em seus olhos. Em vez disso, ela cuidava da papelada e falava com os médicos com uma voz calma e estável.

Mas agora, com sua mãe ainda rezando, Lily não podia mais ignorar a urgência. Ela tinha que ligar para Cai, tinha que deixá-lo saber o que estava acontecendo. Ele provavelmente estava preocupado, se perguntando por que ela não tinha entrado em contato em tantos dias. Ela deu um sorriso amargo. Ela nem mesmo sabia quantos dias haviam passado todo esse tempo.

Lily respirou fundo, estabilizando sua voz enquanto tentava razoar com ela novamente, “Preciso do meu celular. Por favor, só por um minuto.”

Os olhos de sua mãe se abriram num átimo, se estreitando enquanto ela virava para encará-la. A aspereza em seu olhar era um contraste gritante com o tom suplicante que ela tinha adotado momentos antes. “Não, Lily. Eu já lhe disse, não até seu pai se recuperar. Você já fez o suficiente.”

Lily estremeceu com as palavras acusatórias cortando-a, lembrando-a do que ela acabara de pensar. “O que você quer dizer com ‘eu fiz o suficiente’? Estou tentando ajudar, tentando estar aqui por ele, por você.”

A voz de sua mãe baixou para um sussurro baixo e trêmulo, que pingava de exaustão e amargura. “Se você não tivesse feito o que fez, talvez ele não estaria deitado naquela cama. Talvez não estivéssemos aqui agora. Você saiu, depois criou problemas conosco e ainda teve que esfregar sua falta de caráter e egoísmo na cara dele e veja aonde isso nos levou. Seu pai lutando pela vida, e você quer falar com outra pessoa? Não, Lily. A única coisa que importa agora é a oração, não as distrações. E eu já posso imaginar o que seria!”

O peso das palavras de sua mãe pressionava seu peito como uma pedra. Ela deveria ter esperado isso! Era só uma questão de tempo até que sua mãe a culpasse por tudo que estava dando errado! Os dedos de Lily se curvaram em punhos, unhas mordendo suas palmas. Ela sentia a onda de frustração, culpa e impotência dentro dela. Este não era o momento de discutir, mas ela também não conseguia ficar parada e deixar que isso a engolisse por inteiro.

Sem dizer outra palavra, ela se levantou e caminhou para fora da capela. Ela poderia rezar pelo seu pai em outro lugar! Uma vez lá fora, o ar de alguma forma parecia mais fresco, mais claro. Ela deixou escapar uma respiração trêmula e passou as mãos pelos cabelos, disposta a se manter firme.

Então ela olhou para cima e congelou. A poucos metros de distância estava Cai. Sua presença era tão familiar, tão estabilizadora, que por um momento ela não conseguiu se mover ou falar.

“Lily”, ele disse suavemente, se aproximando. “Eu vim assim que soube. Como você está?”

A tensão que ela vinha segurando se desfez de uma vez, e ela sentiu a picada das lágrimas que não havia deixado cair. Antes que pudesse responder, ele estendeu o braço e a puxou para um abraço, seus braços envolvendo-a com um calor que rompeu a dormência se espalhando dentro dela.

“Estou aqui”, ele sussurrou. “Você não está sozinha.”

Só de ouvir as palavras ela percebeu o quão sozinha ela havia estado e a lágrima que ela vinha segurando todo esse tempo simplesmente começou a cair enquanto ela o abraçava forte.

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