Marido Com Benefícios - Capítulo 807
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807: Assustar Um Urso 807: Assustar Um Urso Lily bufou e ofegou enquanto arrastava sua mala atrás de si e se perguntava por que achava que a distância de onde tinha sido deixada até esta casa era menor. Arrastar uma mala na neve não era fácil! E o vento uivando pelos seus ouvidos tornava tudo ainda mais sinistro.
No entanto, ao ver a grande mansão que ela precisava gerenciar, ela esqueceu toda a luta… Era linda! Com uma mão no quadril, ela parou por um momento e a admirou. A casa de hóspedes, com seus tijolos vermelhos antiquados e charmosa chaminé, parecia algo saído de um conto de fadas inglês. Seu calor praticamente irradiava pelas janelas. Lily sorriu para si mesma, passando pelo molho de chaves que tinha recebido, procurando a menor que abriria a porta da frente.
Justamente quando seus dedos tocaram a chave que precisava, ela avistou algo pelo canto do olho. Seu coração saltou. Alguém – ou algo – estava se movendo em sua direção? A figura estava distante, mas definitivamente se aproximando. Lentamente. Cautelosamente. Como se estivesse se esgueirando até ela.
Seu pulso acelerou. Será que era sua imaginação indo longe demais, ou ela tinha sido avistada por um urso, de todas as coisas? Eles não deveriam estar hibernando por agora? E eles deveriam estar se aproximando tanto de onde ela deveria viver? Embora ela não precisasse se mover, ela não poderia ficar trancada dentro da casa, não é? Pânico se instalou enquanto ela mexia nas chaves, seus dedos tremendo incontrolavelmente. Sua respiração ficou presa enquanto a figura se movia mais rápido, sua forma se tornando maior a cada segundo que passava.
Com os olhos arregalados e assustados, ela tentou focar em colocar a chave na fechadura, mas suas mãos tremiam tão violentamente que ela mal conseguia controlá-las. “Vamos, vamos,” ela murmurou sob sua respiração, querendo que suas mãos cooperassem. O vento uivou mais alto, abafando todos os outros sons. Ela podia sentir a figura se aproximando — muito perto. Seu pânico aumentou.
Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, a chave deslizou na fechadura com um clique satisfatório. Mas antes que ela pudesse girá-la, sentiu uma pata pesada pousar em seu ombro. Seu coração pulou na garganta.
Ela congelou. Não, não, não! Era isso! Ela fechou os olhos, cobrindo os ouvidos com as mãos enquanto soltava um grito de terror.
A respiração de Lily vinha em soluços curtos, seu corpo congelado de terror. Mas através das batidas em seus ouvidos, ela percebeu uma voz – suave mas insistente. “Lily… Lily, sou eu. Abra seus olhos.”
Por um momento, ela permaneceu em sua concha de medo, segurando seus ouvidos e apertando os olhos ainda mais. Mas então ela percebeu que a pata agarrando seu ombro não era áspera ou com garras; era quente e humana. Lentamente, seu coração ainda acelerado, ela deixou suas mãos caírem de seus ouvidos e hesitante abriu os olhos um pouco.
Lá, parado na frente dela, não havia um urso. Era ele. A última pessoa que ela esperava – ou queria – ver. Seu coração se agitou, não de medo desta vez, mas de puro choque.
Sua voz saiu num sussurro confuso e sem fôlego. “Você… não é um urso?”
Por um breve segundo, o homem parecia tão surpreso quanto ela. Então seus lábios se curvaram num sorriso divertido, seus olhos se enrugando de riso. “Um urso? Sério, Lily?” Suas sobrancelhas se ergueram como se ele não pudesse acreditar no que estava ouvindo. “Foi isso que você pensou?”
Ela piscou para ele, ainda atordoada. O ar frio parecia desaparecer conforme o calor do reconhecimento e da incredulidade a invadia. De todas as pessoas que ela pensou que poderia encontrar aqui no meio do nada — ele. Ela não conseguia formar um pensamento coerente.
Seu sorriso se alargou, iluminando todo o seu rosto. “E qual era seu plano exatamente? Gritar o urso até a morte? Deixá-lo surdo?” Ele riu, seu aperto em seus ombros suave, mas firme. Ela se tornou consciente de como seus polegares pareciam estar massageando seus ombros para acalmá-la… e ela engoliu.
As bochechas de Lily queimavam de constrangimento, mas ela não conseguia desviar seus olhos dos dele. “Eu…” Ela engoliu, a realidade do momento a atingindo de uma só vez. “O que você está fazendo aqui?”
Cai levantou uma sobrancelha, observando sua expressão chocada. Na verdade, ele deveria ser o único perguntando isso a ela. Quando ele a viu parada lá, por um momento selvagem, ele se perguntou se tinha enlouquecido ou algo assim. E então, seu segundo pensamento tinha sido que ela provavelmente tinha vindo aqui procurando por ele. Mas agora, parecia haver outra possibilidade.
“Eu acho que deveria estar te perguntando isso. O que você está fazendo aqui?”
“Eu vim aqui para trabalhar,” ela respondeu lentamente e tentou se afastar dele. Claro que era impossível porque suas mãos ainda estavam em seus ombros e a porta estava logo atrás dela.
Ela o olhou nos olhos então, e tentou adivinhar enquanto ele sorria para ela,” Eu vim aqui para tirar férias.”
Por um momento, nenhum dos dois falou. O peso de sua reunião inesperada pairava no ar, espesso e silencioso. Seu coração batia contra suas costelas enquanto ela tentava entender o que estava acontecendo. Ou pelo menos adivinhar.
Ela tinha sido contratada como governanta e ele estava aqui de férias. Poderia ser uma coincidência. Talvez fosse, se ela não conhecesse a conexão entre a Princesa Dora e Cai.
De repente, o toque agudo de um telefone rompeu o silêncio, quebrando o momento.
Cai piscou e suas mãos lentamente caíram de seus ombros enquanto ele tirava o telefone do bolso, franzindo a testa enquanto olhava para a tela. Lily aproveitou a oportunidade, seu coração ainda acelerado, ela se virou, suas costas agora voltadas para ele, e empurrou a porta aberta com mais força do que o necessário e entrou na casa.
No entanto, toda a sua curiosidade agora não estava na casa. Estava focada no homem que a seguiu para dentro da casa enquanto ele atendia a ligação.
“Alô?”