Marido Com Benefícios - Capítulo 794
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794: Fantasma ou Ignorado 794: Fantasma ou Ignorado Lily estava do lado de fora da porta, a carranca se aprofundando a cada minuto que passava. Já fazia mais de uma hora que ela estava à espera, e ainda não havia sinal de seu encontro. Ela tentou se convencer, assegurando a si mesma que talvez ele tivesse preso no trânsito ou estivesse atrasado. Mas considerando que tudo o que ele precisava fazer era descer pelo elevador do quarto dele, essa desculpa parecia cada vez menos crível a cada tique-taque do relógio.
Outra possibilidade, mais dolorosa, começou a se insinuar em seus pensamentos—talvez ele a tivesse deixado no vácuo. Essa ideia fazia seu coração afundar, e ela se sentia mais do que apenas um pouco triste. Ela tinha ansiado por esse momento por tanto tempo. Caius Frost tinha sido o garoto dos seus sonhos durante toda a sua lembrança. Mesmo quando ele havia sido namorado de Jasmine, ela nutria aquela paixão culpada, gostando em segredo do mesmo rapaz que sua irmã namorava. Parecia errado, mas a paixão nunca desapareceu.
E então, mais tarde, quando Caius permaneceu ao lado de Jasmine, apoiando-a nos momentos mais difíceis, segurando a sua mão durante o pior da dor, a admiração de Lily por ele só se aprofundou. Ela tinha decidido que ele não era mais apenas uma paixão qualquer—ele era o homem ideal. A bandeira verde de todas as bandeiras verdes. O tipo de cara que qualquer garota teria sorte de ter.
Mas agora, de pé aqui sozinha, parecia que sua perfeita imagem de ‘bandeira verde’ dele estava prestes a desmoronar. Se ele realmente não queria ir a esse encontro, ele deveria ter dito. Ele poderia ter recusado, ou pelo menos ter tido a cortesia de informá-la. Sua consciência lhe lembrava, no entanto, que eles não tinham trocado números de telefone, então talvez não fosse totalmente culpa dele por não ter entrado em contato. Ainda assim, ele poderia ter encontrado um jeito.
Ele esperou aqui ontem à noite, não foi? Ela olhou para si mesma e franzir a testa. Ela havia caprichado um pouco no visual para o encontro de hoje à noite. Todo seu entusiasmo agora parecia ter desaparecido.
Ela suspirou, olhando para cima, em direção ao prédio do hotel. Ela poderia subir, bater à porta dele e confrontá-lo, mas isso não parecia certo. Ela não era do tipo que corria atrás de alguém, certamente não de uma forma que parecesse desesperada. Checando o relógio novamente, ela tomou uma decisão silenciosa—ela lhe daria no máximo mais quinze minutos. Se ele não aparecesse até lá, ela partiria sem olhar para trás.
Pelo menos ela manteria sua dignidade intacta, mesmo que todos os seus sonhos de menina estivessem despedaçados.
***
Cai sabia que não deveria ter hesitado até o último momento. Ele sabia disso, e mesmo assim foi exatamente o que fez. Deixá-la no vácuo parecia errado desde o início, mas agora, à medida que os minutos passavam, ele não podia deixar de se perguntar se ela ainda estaria à sua espera. Ele estava uma hora atrasado—uma hora inteira! Como diabos ele explicaria isso? Ele nem conseguia pensar em uma desculpa razoável em sua mente, que dirá dizê-la em voz alta.
Olhando para o relógio novamente, ele soltou um suspiro frustrado antes de acelerar o passo, correndo em direção à porta dos fundos do hotel pela escada de serviço. Não era hora de entrar pela entrada principal como um hóspede comum, andando casualmente pelo fundo. Não, ele precisava pegar todos os atalhos que pudesse encontrar se tivesse alguma esperança de salvar esse desastre de encontro.
Ao irromper na cozinha, a entrada repentina de Cai surpreendeu a todos. O estrondo alto dos pratos e os suspiros assustados dos funcionários encheram a sala, criando um alvoroço que o fez franzir a testa. Por que todos estavam reagindo como se tivessem visto um fantasma? Claro, não era todo dia que um hóspede aparecia do nada pela área dos funcionários como isso, mas será que realmente precisavam causar tanto alarde? Ele entendia que era não convencional, mas esse nível de caos parecia um pouco demais.
O problema era que, se Cai tivesse apenas parado um momento para olhar para si mesmo, ele teria percebido o porquê de todos estarem reagindo dessa maneira. Ele não parecia apenas um homem com pressa—ele parecia um fantasma. Ou talvez um zumbi. Ou pior, um assassino. Suas roupas estavam manchadas de sangue, e seu rosto estava contorcido numa mistura de urgência e frustração, fazendo parecer zangado o suficiente para esmagar qualquer um que ousasse ficar em seu caminho. Os funcionários da cozinha haviam congelado, olhos arregalados, e alguns já estavam alcançando seus celulares, provavelmente prestes a chamar a polícia.
Na pressa de chegar ao encontro, Cai havia esquecido completamente o evento que causara todo esse caos. Ele estava mais ou menos no horário, quando havia se deparado com um homem no lobby do hotel que estava tendo uma convulsão severa, desabando bem na frente dele. Era impossível para Cai simplesmente passar por cima então, claro, ele teve que parar e ajudar.
O instinto entrou em ação, e sem pensar, ele correu para o lado do homem, ordenando que os funcionários do hotel chamassem por ajuda.
A situação rapidamente se agravou. O homem havia mordido a língua, e sangue estava espalhado por todo o canto, manchando as mãos e as roupas de Cai enquanto ele tentava manter o homem estável até que os paramédicos chegassem.
Ele tinha feito o que podia para manter o homem respirando e consciente, mas tinha sido uma situação confusa e frenética. Quando a ambulância finalmente chegou e levou o homem, Cai estava coberto de sangue e suor, suas roupas arruinadas e seus nervos desgastados.
Ele nem havia pensado em se limpar antes de correr direto para o encontro, esperando contra todas as esperanças que ela ainda estivesse lá. Claro, ele provavelmente merecia o título de canalha se ela decidisse lhe dar isso…
Finalmente, um garçom pareceu ter reunido coragem e começou a segui-lo, pretendendo parar o homem louco de fazer o que quer que ele estivesse planejando fazer.