Ler Romance
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
Avançado
Entrar Cadastrar-se
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
  • Romântico
  • Fantaisie
  • Urbano
  • MAIS
    • MISTÉRIO
    • Geral
    • Ação
    • Comédia
    • Magia
    • Histórico
Entrar Cadastrar-se
Anterior
Próximo

Marido Com Benefícios - Capítulo 789

  1. Home
  2. Marido Com Benefícios
  3. Capítulo 789 - 789 Luar Branco (2) 789 Luar Branco (2) Cai deu de ombros. É
Anterior
Próximo

789: Luar Branco (2) 789: Luar Branco (2) Cai deu de ombros. “É assim mesmo.” Ele tomou um gole lento de seu copo antes de continuar, “Olha, não é sobre nunca se machucar ou fingir que nada te incomoda. É sobre não deixar isso te definir. Você tem seu coração partido, claro. Você tropeça, você erra, mas no fim do dia, você se levanta, se sacode e segue em frente.”

Rafe o encarou por um momento, depois debochou. “Isso parece a maior baboseira de autoajuda que eu já ouvi. De qual livro de autoajuda você tirou isso? Está com vergonha de falar sobre seu coração partido? Hmm? Agora quem é o medroso? Me diz, você tem uma lua branca?”

Dessa vez, foi a vez de Cai ficar em silêncio antes de suspirar,” Por que você acha que estou me especializando em pesquisas relacionadas ao cérebro?”

Rafe franziu a testa,” Não é por causa do seu pai? Eu li os relatórios de investigação. E não é segredo algum que ele estava no hospital, presumido estar em estado vegetativo porque todos os seus TCs sempre mostravam ausência de movimento, quando na verdade seu cérebro estava tentando se curar. E se seu Tio não tivesse insistido em não deixar o irmão morrer, ele teria partido antes de poder se curar…

Cai assentiu com isso,” Isso de fato faz parte. Meu pai perdeu de me ver nos meus anos de crescimento por causa disso. E isso teve um impacto em mim e na minha vida. Mas havia algo mais…”

“Éramos adolescentes… Eu me apaixonei por uma garota. Foi a primeira paixão, eu floresci tarde nesse aspecto, mas eu estava fascinado. Eu me aproximei dela e rapidamente nos tornamos amigos íntimos. Ela era incrível e continuamos a nos aproximar por quase um ano…até que ela foi diagnosticada com um tumor inoperável.”

Rafe podia sentir a pesadez na voz de Cai agora, a gravidade de suas palavras puxando o ar entre eles. Ele sentiu vontade de fazer outra piada, para aliviar o clima antes que ficasse muito sombrio, mas algo na maneira como Cai falava o fez hesitar. Estava claro que a história estava indo para algum lugar, e Rafe não tinha certeza se estava pronto para ouvi-la. Mas ele ficou quieto, deixando Cai continuar, sabendo que seu amigo precisava desabafar.

Os olhos de Cai estavam distantes, a postura casual que ele havia exibido antes totalmente desaparecida. “As coisas progrediram rápido demais,” ele disse suavemente, olhando para o seu copo, mas vendo algo muito distante. “Um momento, éramos dois garotos idiotas, sonhando com um futuro que pensávamos ter todo o tempo do mundo para viver, e no seguinte, ela estava deitada numa cama de hospital, lutando pela vida.”

Rafe engoliu, já sentindo a dor da história em seu próprio peito, mas não interrompeu. Ele sabia melhor.

“Meu pai esteve lá para mim durante tudo isso,” Cai continuou, sua voz se apertando um pouco. “Ele tentou me ajudar a entender o que estava acontecendo, mas como você explica a um garoto de quinze anos que alguém que ele se importa está morrendo? Ele fez o melhor que pôde, mas isso não tornou as coisas mais fáceis. Ele me disse que às vezes a parte mais difícil da vida é aceitar as coisas que não podemos mudar, mas eu não queria aceitar. Eu estava lá, todo dia, segurando a mão dela, assistindo-a ficar mais fraca. Eles tentaram de tudo para diminuir o tumor… mas não importava. Nada funcionava. Cada sessão de tratamento era ver a alma dela saindo aos poucos. Finalmente, nos últimos dias, meu pai até tentou me impedir de ir, mas eu não queria que ela pensasse que eu a havia abandonado, então eu fui.”

Cai olhou para cima, então, encontrando o olhar de Rafe, sua expressão calma apesar da tristeza e dor profunda que ele havia ouvido em sua voz. “Eu nunca fui ao funeral dela, sabe. Eu não suportava ir. Mas eu prometi a ela… Que eu faria o meu melhor para que nenhuma outra meninha fosse perdida como ela. É por isso que eu faço o que eu faço. Pesquisando o cérebro, o órgão mais complexo do corpo… isso se tornou minha missão. Para que ninguém mais tenha que passar pelo que eu passei. Para que ninguém perca seu primeiro amor, ou seu pai, ou alguém que se importe com algo assim.”

Por um longo momento, nenhum dos dois falou. O quarto parecia parado, o único som o tilintar leve do gelo em seus copos enquanto cada um continuava pensando em seu passado…

Rafe olhou para baixo, em seu copo, passando o polegar pela borda, antes de falar, sua voz mais baixa do que antes. “Por mais triste que seja, Cai… Acho que estou com inveja de você.”

Cai o olhou, confuso. “Com inveja?”

Rafe assentiu, seu olhar ainda fixo no copo. “É. Você sentiu algo, profundamente. Você teve algo que importava tanto que moldou sua vida, todo o seu propósito. Não posso evitar de me perguntar como é… se importar assim intensamente com alguém, ter essa conexão.”

Cai franziu levemente a testa, seu tom agora sério. “Rafe, acredite em mim, você não quer passar por esse tipo de perda. Não é algo para ter inveja.”

“Não,” Rafe disse, balançando a cabeça lentamente, “não a perda. Não estou falando sobre isso. Eu quero dizer a parte antes dela — o sentimento, a conexão, a profundidade. Eu já estive com pessoas, claro. Mas… Eu não sei se já tive algo como o que você teve com ela. Algo que fica com você, mesmo depois que tudo acabou. Algo que não te separa das pessoas com uma ‘coroa’. Para mim, parece que sempre houve um muro entre mim e o resto do mundo.”

Talvez você ainda não tenha encontrado sua pessoa… mas isso não significa que você não vai.”

Rafe bufou levemente, um toque de amargura em sua voz. “Tá certo, agora você soa como um terapeuta profissional… Guarde sua maneira de tratar o paciente para você mesmo.”

Cai sorriu, “Está bem, então, vamos fazer um brinde de despedida. Às nossas ‘luas brancas’—pelas lições que nos ensinaram, e pelo futuro que ainda estamos tentando descobrir.”

Rafe riu baixinho, erguendo seu copo para brindar com o de Cai. “Às luas brancas,” ele ecoou, com um toque de algo saudoso em seu tom. “Que elas nos assombrem um pouco menos.”

Anterior
Próximo
  • Início
  • 📖 Sobre Nós
  • Contacto
  • Privacidade e Termos de Uso

2025 LER ROMANCE. Todos os direitos reservados

Entrar

Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Cadastrar-se

Cadastre-se neste site.

Entrar | Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Esqueceu sua senha?

Por favor, insira seu nome de usuário ou endereço de e-mail. Você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.

← Voltar paraLer Romance

Report Chapter