Marido Com Benefícios - Capítulo 782
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782: Tentativa de Resgate 782: Tentativa de Resgate “Por que não há notícias de sua morte ou mesmo de seu desaparecimento? Não deveriam estar procurando por ela?”
A mulher andava de um lado para o outro enquanto murmurava para si mesma, sua ansiedade crescendo à medida que olhava as notícias piscando em seu telefone e a televisão no mudo. O mundo lá fora parecia continuar como de costume, mas dentro dela, uma tempestade de medo fermentava. Havia passado mais de um dia desde que ela havia recebido o dinheiro de Kael, e apesar disso, Isidora Sterling continuava desaparecida sem deixar vestígios. Não deveria Kael, que havia entregado casualmente a astronômica quantia de cem milhões como se fosse apenas troco, estar preocupado? Afinal, esta era uma mulher que ele considerava valer tal fortuna. Esperar-se-ia que ele estivesse desesperado para encontrá-la, que mobilizasse todos os recursos disponíveis para descobrir seu paradeiro. Mas, em vez disso, tudo permanecia ominosamente quieto. Por quê?
Ela lançou um olhar aos papéis espalhados sobre a mesa, embora sua mente estivesse em outro lugar. Ele ainda estava procurando pelos sequestradores ou havia mudado seu foco exclusivamente para procurar por Dora? De qualquer forma, deveria haver algo no noticiário — qualquer sinal de ação, qualquer indicação de que Kael estava mexendo os pauzinhos. Talvez uma segurança reforçada nos aeroportos e lugares de onde alguém gostaria de fugir ou até fotos de Dora circulando caso alguém a tivesse visto. Mas não havia nada. Nenhum alerta, nenhum boletim, nenhuma vigilância aumentada. Apenas silêncio. E isso, mais do que qualquer coisa, a deixava inquieta.
Ela deu mais alguns passos antes de parar abruptamente, com o coração acelerado enquanto considerava a possibilidade. E se algo tivesse dado errado? E se Kael tivesse descoberto mais do que ela esperava? E se ele estivesse brincando com ela, deixando-a pensar que tudo estava sob controle, enquanto silenciosamente se aproximava dela? Seu peito apertou-se com o pensamento. Ela havia sido tão cuidadosa, tão meticulosa. Mas agora, aquele silêncio persistente parecia uma armadilha, lentamente se apertando ao seu redor. Ela passou a mão pelos cabelos e forçou-se a respirar fundo.
Com um suspiro, ela se perguntou se deveria ir embora. Se algo realmente tivesse dado errado… então sair agora era a melhor opção.
“Sair agora só faria com que ele tivesse certeza de que fui eu,” ela murmurou em voz baixa, sua voz carregada de frustração. “E isso só criaria mais problemas.” Ela olhou de volta para os papéis na mesa, seus dedos passando por cima deles como se para se tranquilizar. Eles eram a chave para a sua liberdade. Uma vez que o Príncipe Rafe os assinasse, ela poderia deixar Petrovia, se necessário, sem medo de ser pega, sem a ameaça de quaisquer consequências. Seria o fim de seus anos de luta, sua constante necessidade de olhar por cima do ombro.
Enquanto ela alcançava seu telefone, preparando-se para fazer os arranjos para seu encontro com o Príncipe Rafe, uma vibração súbita interrompeu seus pensamentos. Seu coração deu um salto. Uma mensagem.
Ela hesitou, seu polegar pairando sobre a tela enquanto a desbloqueava. Seus olhos vasculharam o texto, e o mundo pareceu girar. Era dele. O vazio em seu estômago se aprofundou à medida que lia suas palavras, seu pulso acelerando a cada linha. “Eu a resgatei. O que devo fazer agora?”
Seus dedos apertaram o telefone, seus nós dos dedos brancos de tensão. Qual era o significado disso? Ela havia organizado sua fuga. Ela havia se certificado de que ele deveria estar do outro lado da terra até agora. Por que, então, ele estava com Isidora em um hospital? E o que ele queria dizer enviando esta mensagem para ela? Ele estava tentando chantageá-la?”
Sem pensar, ela discou o número dele, cada toque aumentando sua raiva. Quando ele finalmente atendeu, sua voz era fria, zombeteira, como se ele já tivesse vencido.
“Qual é o significado disso?” ela cuspiu, mal conseguindo conter sua fúria. “Você deveria ter desaparecido. Por que não seguiu o plano?”
“Engraçado, eu ia te perguntar a mesma coisa,” ele respondeu suavemente. “Mas vejo que você ainda está no seu confortável palacete, enquanto eu estou prestes a me tornar um fantasma. Era esse o seu plano o tempo todo, querida parceira? Pegar o dinheiro e continuar a viver sem tensões enquanto eu me torno a pessoa que orquestrou o sequestro, recebeu o dinheiro e desapareceu?”
“Eu fiz tudo de acordo com o plano. Se você tivesse cumprido sua parte, não estaríamos tendo esta conversa. Eu vou embora em breve,” ela respondeu ríspida, sua voz afiada.
“Ah, mas os planos mudam, não é?” Seu tom era doentilmente doce, grating on her nerves. “Veja, a questão é que não quero mais ser seu bode expiatório. E quero mais dinheiro, claro.”
Seu sangue esfriou. Ela sabia que não podia confiar nele, mas agora ele não lhe deixava escolha. Ela não podia se dar ao luxo de deixá-lo voltar-se contra ela, não quando estava tão perto da liberdade. Mas também não podia deixá-lo vencer. Por enquanto, teria que enrolá-lo e fingir concordar com suas exigências.
Ela apertou o maxilar, forçando-se a falar em um tom mais calmo. “Tudo bem. Eu lhe darei mais dinheiro. Mas você precisa cumprir e desaparecer completamente. Não é hora para jogos. E traga Isidora para mim.”
Um momento de silêncio seguiu do outro lado da linha antes que sua voz retornasse, embebida de satisfação. “Assim está melhor. Eu sabia que você seria sensata. Mas é melhor se apressar, porque não vou ficar esperando para sempre. Além disso, já contatei o Príncipe. Então, quem chegar primeiro…”
Ela segurou o telefone firmemente, as palavras queimando em sua garganta. “Me dê tempo e envie-me sua localização. Uma vez que eu veja Isidora, você a passa para mim e eu transfiro o dinheiro para você. Até lá, fique quieto. Sem mais contato. E nem pense em contatar Kael. Eu não deixarei você ir, se fizer isso.”
Uma risada baixa veio através da linha, fazendo seu estômago torcer. “Não se preocupe. Eu estarei esperando… mas não por muito tempo.”