Mana Infinita no Apocalipse - Capítulo 44

44: Reverência 44: Reverência Eu flutuava no meio do muro quebrado que levava aos Barrens desolados que os monstros continuavam a invadir. [Purga Infernal] e [Impermanência Frígida] continuavam a cair sobre eles, mas nenhum se virou para me enfrentar enquanto fugiam com todas as suas forças.

As coisas começaram a se acalmar até que apenas um ou dois podiam ser observados correndo de um lado para o outro, com a maioria já aprofundada nos Barrens. Eu não podia deixar a cidade agora, pois não sabia o que mais poderia ocorrer, e ainda havia masmorras categoria B que estavam vermelhas e se aproximando de outra quebra de masmorra.

Movimentos podiam ser ouvidos atrás de mim enquanto caçadores começaram a aparecer, a primeira sendo Elizabeth. Ela estava em seu águia ferida que lambia as feridas por todo o seu corpo enquanto me olhava com uma expressão complicada.

Elizabeth se aproximou por trás enquanto dizia, “A cidade está gradativamente sendo estabilizada, com algumas equipes já limpando as masmorras na categoria de alto risco que ainda não tiveram uma quebra de masmorra.”

Ela estava me olhando de maneira diferente e falando com um tom muito mais reservado do que o habitual. Eu assenti enquanto ela continuava, “Estamos tentando entrar em contato com outras cidades do império, mas não temos uma estimativa das mortes e quais cidades ainda estão de pé.” Ela segurava a dor enquanto dizia isso, e eu pensei sobre seu novo tom comigo e os olhares que eu tinha recebido.

Desde que eu começara a me movimentar pela cidade destruindo os monstros implacavelmente, as pessoas começaram a me olhar de maneira diferente. Isso era ainda mais para os caçadores categoria A e os superiores que viram meu poder de primeira mão quando eu lidei com o TITÃ e seus asseclas da quebra de masmorra categoria A.

Eu aceitei a mudança com uma mente calma, pois havia muitas coisas em que pensar para me preocupar com o que outras pessoas estavam pensando. Esperamos na parte do muro destruído até que mais caçadores chegaram e foram postados para reconstruir e proteger o buraco que levava para fora dos Barrens, e voltamos para a cidade.

No setor militar, houve danos significativos em muitas áreas, mas ainda havia funcionalidade enquanto pessoas em suas respectivas posições faziam as coisas funcionarem novamente. Eu não sabia nada além de ser um caçador, então continuei a voar sobre a cidade enquanto usava [Olhos de Águia] para captar qualquer coisa que eu tivesse perdido.

Quatro monólitos de masmorras categoria B agora estavam na cidade, com dois na categoria de alto risco brilhando em vermelho e dois brilhando em laranja. Já havia equipes montadas e limpando os dois que estavam em alto risco, mas eles ainda estavam vermelhos. Pensei um pouco e escolhi limpar rapidamente algumas vezes para que outra quebra de masmorra não ocorresse se a taxa de limpeza fosse muito lenta.

Nas próximas duas horas, mergulhei em cada uma das duas masmorras de categoria de alto risco três vezes antes que sua cor mudasse para laranja claro, ganhando mais [Núcleos] e [Habilidades]. Nada desastroso havia acontecido enquanto eu entrava e saía da masmorra.

Uma vez que não havia masmorras que teriam quebras imediatas, voltei para o setor militar onde haveria um briefing. Ignorei os olhares gratos e reverentes dos soldados e caçadores que eu havia curado ou salvado e entrei em uma enorme sala de conferência, encontrando o único lugar disponível na frente e no centro da sala, com todos os outros esperando.

Eu suspirei e me sentei enquanto o briefing começava. A discussão dessa vez foi sombria. Havíamos perdido muito das conexões com as cidades vizinhas e não conseguíamos entrar em contato nem mesmo com a Cidade Abençoada.

O consenso era que isso ocorreu pelo mundo todo, e ainda não sabíamos a extensão dos danos. Mas uma coisa estava clara, agora havia muitos mais monstros vagando pelos Barrens desolados.

Seria muito mais perigoso passar de uma cidade para outra, com pouca esperança para as pessoas posicionadas nos postos de guarda ao longo das estradas que levavam às cidades e delas.

O próximo passo era o que faríamos a partir daqui. Quando chegamos a esse ponto, a sala se aquietou e muitas pessoas se voltaram na minha direção. Era isso que eu estava pensando em como lidar antes de vir para cá. Nas cidades, aqueles que detinham mais poder seriam os que ocupam posições elevadas e teriam uma grande influência na direção e nas vidas de todas as pessoas que moram nelas. Atualmente, eles tinham visto com seus próprios olhos que eu era o mais forte, e com uma grande margem nisso, então mais influência foi empurrada para mim.

Eu conhecia meus pontos fortes e fracos, no entanto, e liderar pessoas não era algo em que eu tinha confiança. Pensei por um momento e disse, “Tudo que posso fazer é caçar as feras, então vou confiar na ajuda e ideias de todos os outros em assuntos nos quais não sou conhecedor.”

Os caçadores na sala de conferência assentiram enquanto esperavam minha opinião sobre o que faríamos a partir de agora. Eu continuei, “A primeira coisa é informação. Precisamos descobrir quais cidades ainda estão conosco e quais cidades ainda precisam de uma mão amiga que não foram já sobrecarregadas.”

Os oficiais na sala assentiram enquanto começavam a se movimentar atarefadamente, As questões depois disso eram sobre logística sobre a cidade, seu povo, comida e água, e muitas outras coisas que eu não sabia ou não tinha um pingo de conhecimento que deixei para os departamentos relevantes cuidarem.

Após a direção ser decidida e os oficiais começarem a agir, fui em direção à melancólica Elizabeth que estava de pé no canto da sala de conferência. Eu olhei para a visão dessa pessoa sobre a qual não sabia como me sentir e disse, “Você está bem?”

Ela olhou para mim e colocou um sorriso no rosto enquanto respondia, “Sim. Eu só pensei que estávamos perto de terminar, mas parece que as coisas estão apenas começando”
Eu olhei para a mulher cansada que parecia estar fazendo o seu melhor. Ela havia perdido outro amigo hoje, alguém que ela conhecia há muito mais tempo do que eu. O rosto de Magnar passou por meus pensamentos enquanto eu observava a expressão triste em seu rosto e respondi, “Descanse um pouco, será um novo dia amanhã.”

Ela assentiu com a cabeça enquanto olhava ao redor da sala e ia em direção aos quartos de dormir. Nenhum outro pensamento passou pela minha mente enquanto eu saía do prédio e voava pelos céus da cidade mais uma vez. Eu olhava para os prédios destruídos e as pessoas que se moviam e lamentavam pelas perdas daqueles que conheciam. Meus pensamentos se voltaram para algo que não queria imaginar agora, que eram as pessoas de Outer Bank X. Com o caçador mais alto lá sendo categoria B… Eu estremeci enquanto pensava na possível quantidade de mortes que haviam ocorrido lá e em outras cidades similares.

Continuei a voar cada vez mais alto até que os prédios parecessem minúsculos e o contorno da cidade pudesse ser totalmente visto por mim. Eu esperaria pelas informações saírem depois que o que resta do setor militar agisse para mover seus drones e outras coisas para obter informações, mas eu ainda poderia me mover e estar pronto para o que quer que ocorresse.

O entorno imediato das muralhas da cidade estava claro, e eu não conseguia ver muito mais na escuridão lá em cima mesmo com [Olhos de Águia]. Mas eu sentia instintivamente que havia algo naquela escuridão. Eu permaneci no ar, observando e esperando pela aurora para ver o que estava nos esperando naquela escuridão.