MAGO Supremo - Capítulo 2515

Capítulo 2515: Infância Perdida (Parte 1)

“Tudo bem, mas se eu perder eles porque você fez eu perder tempo negociando, vou chutar sua bunda.” Faluel respondeu.

“Você tem um acordo.” No momento em que Laxa deu a ela as coordenadas de um gêiser de mana próximo, Faluel encerrou a ligação, fingindo pressa.

Lith marcou o gêiser, usando o fluxo de energia mundial para abastecer a torre à distância e chamar Solus através do vínculo que compartilhavam com o artefato. A distância ainda era muito grande para que sua ligação mental funcionasse.

No entanto, graças aos efeitos combinados do gêiser de mana abaixo de Lith e o gêiser no local de Solus, a torre tinha energia suficiente para revelar sua localização a ele. Lith agora percebia algo mais do que uma direção geral, ganhando uma visão aproximada de suas coordenadas dimensionais.

Além disso, Solus explorou o fluxo de energia para enviar imagens mentais do caminho voador do Fomor. Lith podia ver uma floresta espessa ficando mais fina, em seguida, uma alta cachoeira formando um lago e, finalmente, um longo poço de mina que levava à profundezas do subterrâneo.

As imagens não deram a ele ideia de quanto tempo a descida demorou, apenas de que o movimento foi vertical.

“Por ali.” Lith apontou para o sudeste e, simultaneamente, projetou hologramas das imagens que havia recebido de Solus. “Antes que pergunte, o rastreador pode escanear o ambiente assim como um amuleto de comunicação, mas de forma dissimulada.

“Não pude fazer isso antes por causa da distância. Só agora que estamos perto é que o sinal é forte o suficiente para me enviar os dados coletados pelo rastreador sem comprometer seu sistema de ocultação.”

“Ou o legado de linhagem das Hidras é incrível e Faluel fala demais, ou você é um maldito gênio, garoto.” Ajatar resmungou. “Eu acharia suas afirmações ridículas se não estivesse testemunhando-as com meus próprios olhos.”

“Obrigado, eu acho.” Lith encolheu os ombros, nem confirmando nem negando nenhuma das hipóteses do Draco. “Vamos nos mexer.”

A presença de uma cachoeira e um lago limitou a busca a apenas um local. Ninguém havia se preocupado em explorar todos os cantos do Reino, mas um mago voador podia mapear dezenas de quilômetros por dia, a uma distância segura.

Coisas como a extensão de uma floresta e marcos notáveis ​​eram todas anotadas nos mapas disponíveis para o público.

O único lugar nas proximidades que correspondia às imagens era o Rio Varda caindo do Penhasco Redrock e formando o Lago Istmar.

Dez minutos e 200 quilômetros depois, o grupo chegou ao seu destino. No entanto, de acordo com as formações de detecção de vida e array, a área estava livre de qualquer coisa além da vida selvagem local.

A Visão de Vida também confirmou que não havia nada de incomum ao redor.

“Isso é estranho.” Faluel disse. “Mesmo que o gêiser de mana esteja disfarçado, ainda deveríamos ser capazes de perceber as matrizes que escondem sua presença. Você tem certeza de que este é o lugar certo?”

Lith fechou os olhos, concentrando-se no vínculo com Solus e confirmando que a Hidra estava certa. Havia algo estranho.

Normalmente, a ligação mental permitia que eles falassem se estivessem dentro de seu alcance ou ficassem em silêncio caso contrário. Agora, porém, Lith podia sentir um ruído estático em sua mente toda vez que tentava contatar Solus.

O canal estava lá, mas estava bloqueado. Os poucos bits de mana que vinham do solo eram muito fragmentados para reter qualquer pensamento coerente.

“Com certeza absoluta. Deve estar tão fundo no subterrâneo que até mesmo os feitiços de detecção não conseguem alcançá-lo. Temos que procurar um ponto de acesso. O Fomor se transformou em Balor depois de sair do gêiser de mana, então ele não pode ter usado magia dimensional para entrar de forma instantânea.

“Os filhos de Glemos devem ter uma maneira de voltar para dentro enquanto estão em seu estado caído e, pelo que eu sei, não há monstro capaz de se mover no subsolo como Nalrond faz.” Lith respondeu.

“É um talento raro de fato.” Ajatar concordou. “O que significa que se este é o lugar certo e há uma passagem escondida, deve haver também algum tipo de armadilha ou alarme. Vamos nos dividir para cobrir mais terreno, mas estejam alertas.

“Um deslize e tudo o que fizemos até agora será em vão.”

“Vou verificar o local óbvio.” Morok disse. “Aposto que há uma caverna bem escondida atrás da cachoeira.”

“Vou mergulhar no chão e verificar uma abertura com a Visão da Terra.” Nalrond estendeu a mão para Friya. “Não sou um Despertado, no entanto, e mesmo com minha percepção de mana aprimorada, posso perder uma armadilha disfarçada.

“Eu poderia usar um segundo par de olhos.”

“Claro.” Ela concordou, usando um sorriso fino no rosto enquanto engolia nervosamente.

‘Nadei através da terra com ele no passado para ajudar Nalrond a aprender a considerar sua metade bestial como normal e se divertir com isso, mas nunca disse a ele que é uma experiência bastante claustrofóbica.

‘Já era ruim sentir-se enterrado sob toneladas de pedra e lama, sem luz ou fonte de ar, exceto pela habilidade de linhagem do Rezar. Agora tenho que enfrentar tudo isso mais o risco de algo explodir na minha cara.’

A ideia de acabar enterrada viva caso se separassem ou fossem emboscados assustava muito Friya, mas ela não deixava que isso a impedisse. Ela sabia o quanto sua confiança significava para ele e que ela não podia pedir para ele se abraçar se ela não pudesse fazer isso também.

O casal foi engolido pelo campo ao redor, enquanto o chão tremia como água à medida que avançavam. As pequenas ondas faziam as lâminas de grama balançar por um segundo antes que tudo voltasse ao normal.

Protetor foi verificar a profundidade do lago, Tista subiu até o topo da cachoeira e o restante do grupo explorou a floresta próxima, procurando por indícios da passagem dos monstros fugitivos e entradas secretas.

Lith usou Invigoração de vez em quando, espalhando seu mana através da vegetação para detectar traços de danos recentes causados ​​por pisadas.

‘Fazer suas pegadas desaparecerem é uma jogada óbvia, mas acho que sou um dos poucos seres vivos paranoicos o suficiente para também restaurar a vegetação em minha esteira.’ Ele pensou. ‘Eu poderia evocar meus Demônios para vistoriar a área, mas se eu os soltar uma vez que terminarem, pode não haver almas suficientes se uma briga acontecer.

‘Se eu mantê-los, eles drenariam minha mana até encontrar uma forma de utilizá-los.’

O plano de Lith funcionou e ele encontrou vários traços escondidos da atividade dos monstros que apenas a vegetação desordenada revelava. A trilha levou-o a uma pequena clareira na floresta, mas o que ele encontrou lá não fazia sentido.

Quem quer que tenha chegado à clareira era inteligente o suficiente para evitar que sua passagem formasse um rastro na grama. Eles restauraram as plantas que dariam a direção de onde vieram, mas não o resto.

‘O padrão das pegadas indica que algo violento aconteceu aqui. As pessoas se moveram furiosamente e rapidamente, pisoteando tudo em frenesi. Será que os monstros estavam treinando em preparação para os ataques?’ Lith ponderou enquanto se ajoelhava no chão para verificar melhor a vegetação.

O uso de armas significava cortar a grama que, mesmo que fosse regenerada, deixaria um rastro para trás.