MAGO Supremo - Capítulo 2500

Capítulo 2500: Segunda Onda (Parte 2)

“Não vejo como tornar monstros selvagens mais inteligentes e poderosos pode ser uma solução.” O Drake contestou acentuadamente.

“Não é.” disse Faluel. “O que minha mãe quer dizer é que eu espero que possamos abrir um diálogo com os monstros nascidos dos experimentos de Glemos e fazê-los nos ajudar contra aqueles em Jiera.

“Afinal, o continente está despovoado e há muito espaço e recursos para que possam viver em paz. Eles podem contribuir para deter seus irmãos em troca da possibilidade de estabelecer sua própria civilização.”

“Esse é um plano ambicioso.” Ajatar ponderou. “Ambos os Conselhos precisam concordar para que dê certo. Além disso, você precisa de uma desculpa plausível para manter os Harmonizadores fora da mesa.”

“Eu sei, mas só posso fazer as coisas passo a passo. Não tenho ideia se os filhos de Glemos podem ser convencidos, nem se eles se desviaram do caminho que ele traçou para eles.

“Se eles se revelarem apenas uma ameaça ao equilíbrio em Garlen, a única solução seria a aniquilação.”

***

Grifo de Cristal, vários dias depois da reunião com Faluel.

Lith estava perdido em pensamentos enquanto Solus explicava à turma seu método pessoal de alcançar a magia do Vazio de primeiro nível usando sinais de mão e palavras mágicas.

Das lições anteriores, eles aprenderam que a melhor abordagem era dar aos alunos todas as informações que pudessem e depois deixá-los determinar qual método preferiam ou se preferiam escolher as partes de cada um que melhor lhes conviessem.

‘Felizmente para mim, Zinya convenceu Kami a me contar sobre seus problemas. Tenho medo de que, quando a gravidez chegar ao fim, sua condição seja ainda pior do que a do Duque. Preciso falar com a Vovó sobre-‘

Um súbito ping e um lampejo da primeira fileira de mesas chamaram sua atenção. Usar amuletos de comunicação enquanto uma aula estava em andamento era proibido em todas as seis grandes academias, mas sempre havia uma exceção quando os Reais estavam envolvidos.

Foi o amuleto do Meron que foi ativado e ninguém se atreveu a contestar o Rei. Especialmente quando ouviram a notícia.

“Vossa Majestade, os guardas da cidade de Ne’sra avistaram vários grupos de monstros e o mesmo ocorreu com os guardas de várias cidades nas regiões de Deirus, Distar e Weghan.”

Geralmente, a aparição de tais criaturas não causaria alarme, mas após as incursões anteriores, as cidades atacadas foram incumbidas de relatar qualquer avistamento para garantir que não fosse apenas o primeiro passo de outro ataque coordenado.

“As cidades são as mesmas da última vez?” O Rei perguntou.

“Não, meu senhor. Ne’sra é a única exceção.” Respondeu o general do exército.

“Deve ser porque o primeiro assalto falhou e eles acham que suas reservas de comida devem estar cheias. Ou é apenas uma distração.” Meron ponderou.

“Quais são suas ordens?” O general concordou com a cabeça.

“Reúna todas as tropas disponíveis e mantenha-as prontas para serem implantadas. No entanto, ordene aos lordes das cidades que respondam ao assalto como de costume e não envie reforços a menos que haja uma confirmação visual de uma horda de monstros.

“A maior parte de nossas forças ainda está ocupada mantendo a paz nas antigas regiões de Thrud e o risco de tumultos é muito grande para deixá-los desprovidos de pessoal com base em mera suspeita.

“No entanto, se essas criaturas forem as mesmas da última vez, elas são inteligentes e não podem ser subestimadas. Toque o alarme e avise o resto das cidades dessas regiões para ficarem em guarda.

“Mesmo que eles não vejam monstros, isso não significa que não haja. Esses ataques podem ser apenas um ardil para nos atrair e implantar nossos melhores elementos contra algumas unidades suicidas antes de dar o golpe real.”

“Eu já fiz isso, meu Rei.” Disse o general. “No entanto, temo que não seja suficiente. Se você estiver certo e isso for apenas o primeiro passo de um plano elaborado, há muitos alvos possíveis e poucas tropas disponíveis.

“Pedimos ajuda aos nossos aliados do Conselho, mas eles responderam que não se moverão até que haja uma emergência real.”

Assim como Ajatar havia previsto, os Despertados eram uma sociedade mágica. Muitos deles realizariam experimentos longos e complicados e viajariam em busca de ingredientes ou iluminação.

Eles não largariam tudo a qualquer momento sem um bom motivo, especialmente porque não havia recompensa envolvida.

“Não se preocupe, podemos comprar todo o tempo que precisamos para que esses preguiçosos acelerem o passo. Tenho uma sala cheia de Arquimagos à sua disposição, General Asai.”  Meron acenou com a mão para as fileiras de mesas ao seu redor, onde os magos mais poderosos do Reino estavam sentados.

“Senhoras e senhores, a aula está suspensa por motivos de segurança nacional. Com exceção dos alunos do quarto ano, espero que todos colaborem.” Ele disse, recebendo acenos em resposta. “Vamos nos dividir em grupos e nos mover para um Portal diferente cada.

“Dessa forma, podemos ser implantados onde quer que seja necessário com o mínimo atraso.” Os Diretores e Professores retornaram às suas respectivas academias, enquanto os Arquimagos se teleportaram para os ramos da Associação localizados nas regiões atacadas.

“Não você, Mago Verhen.” Sylpha parou Lith quando ele estava prestes a passar pelo Portal e alcançar o Grifo Branco. “Gostaríamos que você viesse conosco para Valeron.”

“Claro.” Lith amaldiçoou interiormente, mas nada transpareceu em seu rosto inexpressivo. “Posso perguntar por quê?”

“Vantagem tática.” A Rainha respondeu. “Vamos te colocar em um gêiser de mana para que você possa começar a conjurar seus Demônios. Você é uma Fera Divina com um exército à sua disposição.

“Vamos te enviar para o campo de batalha mais crítico para surpreender nossos oponentes.”

Agora que tinha certeza de que os Reais não o manteriam longe da luta, Lith suspirou aliviado e ajustou seus planos de acordo.

“Gostaria de levar Solus comigo. Nós fazemos uma ótima equipe.” Ele pediu.

“Concedido.” Sylpha teria preferido que o Cavaleiro Dourado e o Tiamat lutassem em campos de batalha diferentes, mas ela não tinha motivo válido para recusar o pedido de Lith.

‘A Senhora Verhen tem apenas um núcleo azul e, sem seu corcel Raiju, não há muito o que ela possa fazer.’ Ela pensou.

‘Por que você pediu minha presença?’ Solus agarrou seu braço, conjurando uma ligação mental invisível para a Visão de Vida da Real. ‘Teríamos mais chances se nos dividíssemos.’

‘Discordo.’ Lith respondeu. ‘Se você lutar sozinha, desperdiçará sua energia e estará ocupada demais mantendo sua cobertura para perseguir nossos inimigos. Se lutarmos juntos, em vez disso, você pode preservar seu mana e explorar o caos da batalha para pular em um monstro no momento em que recuarem.

‘Diferentemente dos meus Demônios, você pode sobreviver mesmo longe de mim e, quando alcançar a base deles, pode simplesmente nos chamar e nos dar as coordenadas.’

‘Pensamento excelente.’ Solus assentiu.

O exército deveria ter alertado também os Ernas, mas Lith ligou para todos para garantir que estava precavido.

Ajatar e Faluel estavam entre os poucos Despertados que prontamente atenderam ao chamado e estavam prontos para a batalha.

“Solus e eu lutaremos juntos.” Lith disse. “Lembre-se de que a segurança dos cidadãos vem em primeiro lugar. Não persiga a menos que as autoridades locais o aliviem de seu dever.”