MAGO Supremo - Capítulo 2388
Capítulo 2388: Promessas (Parte 2)
“A Rainha foi muito legal comigo, Mãe. Ela até me ensinou a dançar.” Leria estava nas nuvens desde que os Reais a deixaram pisar nos pés deles para mostrar os movimentos básicos.
“Você merece isso, querida.” Rena bagunçou o cabelo de Leria.
“Agora nossa família tem um Mago e dois Grandes Magos. Famílias antigas com dezenas de membros não podem dizer o mesmo. Os Verhens agora são oficialmente uma linhagem mágica.”
“E eu ainda sou um extra cujo sobrenome nem vale a pena lembrar.” Senton estufou o peito com orgulho fingido. “O quê? Estamos em casa agora. Eu posso reclamar.”
Rena ficou encarando ele, provocando sua defesa e começando uma discussão que rapidamente os forçou a entrar no quarto dela para não estragar a noite de todos.
“Não se preocupe Leria. Mesmo que você seja apenas um membro da família secundária da Casa Verhen, você sempre será minha sobrinha favorita.” Aran usou um tom grave para brincar sobre pertencer à linhagem principal.
“Por favor, você é mais novo que eu. Você não é meu tio, é mais como um irmãozinho bobo.” Leria explorou sua senioridade e a altura para dar tapinhas na cabeça dele como um cachorro e olhar para baixo.
“Mãe, a Leria está sendo má de novo!”
“Mãe, o Aran está falando besteira sobre o Pai de novo!”
“Deuses, quanto tempo para aquele leite?” Elina perguntou. “E se eles continuarem assim a noite toda?”
“Improável.” Raaz riu enquanto apontava para trás dela.
As crianças sentaram-se em um sofá para descansar os pés e adormeceram instantaneamente. Eles não estavam acostumados a ficar acordados até tarde e as muitas emoções da noite os dominaram no momento em que se permitiram relaxar.
“Eu não acho que você planeja acordá-los, então para quem é esse leite?” Elina perguntou.
“Para mim, querida. Acho que não vou conseguir dormir de outra forma. Deuses, estou tão orgulhoso de nossos filhos e neta que minhas mãos ainda estão tremendo.” Raaz mostrou seus dedos para ela, mas estavam firmes como uma pedra.
Além disso, ele bocejava enquanto se movia pela cozinha. A gala durou tempo suficiente para Raaz digerir as notícias e as interações sociais desgastaram seus nervos ainda em recuperação.
Elina sabia que ele estava prestes a desabar a qualquer momento, então correu para colocar Aran na cama com o terno e os sapatos ainda. Eles faziam parte de sua própria armadura Scalewalker e ela não conseguiu fazê-lo se metamorfosear.
“Eu senti sua falta, Aran.” Onyx esfregou o focinho no rosto dele, fazendo-o abraçá-la e transformar as roupas em pijamas enquanto dormia.
“Awn, eles são tão fofos, querido.” Elina disse, mas apenas bolhas e roncos responderam.
O leite agora fervia e Raaz adormeceu em uma cadeira também.
“Droga! Eu fui muito lenta. Tista, seja uma querida e me ajude a levar seu pai para o nosso quarto.”
“E o Lith?” Tista perguntou e Elina apontou para a porta já fechada do quarto principal.
“Seu irmão também deve estar morto de cansaço e tem uma esposa grávida para cuidar. Dê um desconto a ele e ajude sua pobre mãe grávida.” Elina fez um gesto dramático que fez Tista rir enquanto levava o pai para a cama no colo de princesa.
Enquanto isso, no quarto de Lith, ele suspirava aliviado enquanto escovava os dentes com o dedo e os limpava com magia das trevas de resíduos de comida, placa e tártaro. O feitiço de nível zero também purificava seu hálito de qualquer cheiro restante.
“Por que corremos para cá?” Kamila riu atrás da porta do banheiro fechada.
“Porque eu posso prever como será. Aran e Leria irão discutir, deixando todos loucos até adormecerem. Então os adultos começarão a se parabenizar, um tomar uma bebida ou um copo de leite quente no caso da mamãe, e então adormecerão sem nem perceber.”
Do lado de fora, Solus cuidou do leite e agora estava roncando no sofá. Ninguém era forte o suficiente para levantá-la, então a cobriram com sua robe mágica verde profundo e vários cobertores.
“Eu passaria as próximas horas levando-os para a cama em turnos e estou cansado demais para isso. Hoje foi um grande dia para mim e a ideia de que Solus pode ir embora amanhã me deixa inquieto. Eu preciso de um pouco de paz e sossego”
Kamila espiou pela porta, descobrindo que a profecia estava sendo lentamente cumprida. A emoção do Gala estava começando a desaparecer e os membros da família bocejavam cada vez mais.
“Seu desejo é uma ordem, mestre.” Ela respondeu fechando e trancando a porta.
“O que você- Pai de Todos os Dragões!” A mandíbula de Lith caiu no chão ao ver a figura que o esperava na frente da cama.
Kamila vestia o uniforme de Donzela Dragão, seu longo cabelo negro solto em uma cascata que chegava à base das costas. Havia um colarinho fino de seda azul em volta do pescoço preso a um cordão de seda da mesma cor que ela colocou nas mãos de Lith depois de se aproximar dele.
Julgando pela forma como o vestido e o corpo dela se moviam, além de uma gota de perfume no cabelo, punho e pescoço, ela não usava mais nada.
“Eu não esqueci minha promessa e estava pensando que talvez pudéssemos misturar história e ficção um pouco. Você sabe, reencenando uma daquelas histórias em que um Dragão mau sequestra uma donzela para fazer seu trabalho sujo, muito sujo.” Ela deu-lhe um beijo longo e profundo que o deixou sem fôlego e um pouco tonto.
“Deixe-me entender bem. Você não quer que eu me transforme em um Dragão, certo?” Lith perguntou enquanto precisava de força de vontade para não ser dominado pela maciez do corpo dela e a paixão de seu toque.
“Não. Isso seria realmente demais para mim. Mas podemos fazer algo divertido.
Por que você não assume apenas algumas características dracônicas como o Leegaain faz? Como os olhos, talvez algumas garras e algumas escamas aqui e ali.”
“Espere, você não quer que eu pareça ele, certo?” Lith recuou, com medo da resposta.
“Não, bobo.” Ela riu. “Eu quero que você pareça você com apenas um pouco de Dragão para tornar as coisas mais ousadas. Sem cauda, porém.”
Em seu entusiasmo, Lith tirou as asas e a cauda do Dragão da Pena do Vazio, que chicoteava o ar com excitação.
“E guarde as asas também. Todas essas penas fazem cócegas.”
“Como ousa me dar ordens, mulher?” Lith puxou-a pela corda, levando-a a um abraço no qual ela opôs uma resistência protocolar antes de arquear as costas de prazer enquanto as mãos dele exploravam as fendas do vestido dela.
“Perdão, mestre. Foi só uma sugestão.” Ela gemeu enquanto ele fazia asas e cauda desaparecer.
“Negado. Você vai aprender- O que é isso?” Outra visão inesperada de seu closet aberto conseguiu interromper a imersão de seu jogo de papéis.
“Um autêntico uniforme da academia Grifo Branco.” Kamila ofegava, ansiosa para retomar a conversa. “Notei que você ainda tem seu robe de professor e estou planejando ser uma aluna bem travessa.”