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MAGO Supremo - Capítulo 2326

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Capítulo 2326: Palavras Não Ditas (Parte 2)

“Vou ensinar à Phloria como uma mulher casada pode equilibrar a família e a carreira. Vou ensiná-la como se comunicar com o marido para que as brigas não se prolonguem ao longo do tempo.

“Vou compartilhar com ela todos os truques que aprendi para continuar trabalhando durante a gravidez e como lidar com os bebês. Deus, temos tanto a conversar.” Jirni fungou, seus olhos embaçados pelas lágrimas.

“Não há pressa.” Orion apertou o ombro de Jirni. “Você pode levar o seu tempo e lamentar a perda dela. Nossa Pequena Flor pode esperar enquanto você precisa descansar urgentemente.”

A voz dele estava mais fria do que ele queria, mas se Orion deixasse sequer uma gota de emoção escapar, sabia que seu coração explodiria. Ele não poderia deixar seu afeto transparecer sem que a dor viesse a reboque.

Orion não podia expressar seu amor pela esposa sem a dor da perda da filha atropelar tudo mais.

“Você está enganado, querido. Eu não tenho tempo e nem você.” Jirni balançou a cabeça, sua voz firme. “Se não dissermos à Phloria tudo que guardamos para nós durante todos esses anos, se não compartilharmos com ela todo o amor que sentimos por ela, nunca poderemos nos despedir dela.

“Eu preciso cumprir todas as promessas que fiz à minha Pequena Flor quando ela ainda era um bebê antes de poder começar a lamentar a perda dela. Caso contrário, ela estará sempre viva em meu coração e a dor nunca cessará.”

A voz de Jirni falhou e lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. A família Ernas continuaria, mas ela nunca mais poderia segurar sua filha nos braços, e nem teria a alegria de ter os filhos de Phloria em seu colo.

“Você está certa.” Orion concordou, trazendo-a para dentro antes que ela desmoronasse. “Por favor, nos dê licença.”

A porta dupla da mansão Ernas foi fechada na frente de Lith sem malícia. Ele era um bom amigo da família, mas a dor deles era privada e eles queriam compartilhá-la apenas entre eles mesmos.

Lith ficou lá por um tempo com Solus segurando sua mão e fazendo o melhor para ser forte por ele. Contudo, ela e Tista não conseguiram parar de soluçar, seus joelhos tremendo enquanto a compreensão da morte de Phloria afundava através de sua negação.

“Vamos te levar para casa, garoto.” Tessa disse, sua voz firme apesar das lágrimas. “Você passou por muito também. Você sofreu muito e precisa da sua família.”

Lith assentiu e se virou quando reconheceu o latido de Lucky vindo de dentro da porta. O felpudo Ry estava recebendo sua mãe de volta com alegria até que o cheiro de morte atingiu seu nariz.

Lucky era uma besta mágica e como tal, sabia como falar. Ele optou por uivar mesmo assim, para expressar sua dor da maneira mais primordial e honesta que podia.

Lith caiu de joelhos, a dor de Ry ecoando através de seus ossos além do que ele conseguia suportar.

Ele respondeu com rugido que alarmou os guardas e fez Lucky uivar ainda mais alto até Fyrwal conjurar uma Matriz de Distorção e levá-lo embora.

***

Mansão Ernas, alguns dias depois.

Talvez tenha sido porque a morte de tantas Bestas Divinas forçou Thrud a recuar e aguardar sua ressurreição. Ou talvez tenha sido porque a Rainha Louca queria que seus inimigos saboreassem totalmente a dor antes do próximo golpe chegar.

Qualquer que fosse a resposta, o Grifo Dourado estava em lugar nenhum para ser visto.

Lith e sua família foram devastados pela morte de Phloria.

Para Elina e Raaz, Phloria foi a primeira namorada de Lith e a única outra mulher com quem eles já sonharam que seu filho pudesse se casar. Eles a conheciam há quase 8 anos e sempre a consideraram um membro da família.

Os pais de Lith estavam arrasados e de coração partido. Raaz se sentia impotente e seu trauma regrediu, mas ele tentou agir forte por seu filho. Elina fez o possível para manter contato com Jirni, porém nenhuma de suas ligações foi atendida.

Elina conhecia a dor de perder um filho.

Primeiro Meln e depois Trion. Em seu caso, pelo menos Meln se revelou um monstro enquanto Trion retornou como um Demônio. Jirni não teria nenhum desses consolos e Elina sabia disso.

Aran e Leria não conseguiam parar de chorar com a ideia de que uma de suas tias nunca mais os visitaria. Era a primeira morte que os afetava pessoalmente e eles não sabiam como lidar com isso.

Nem com a constatação súbita de que Lith não era um deus.

Em tempos de guerra, os funerais não eram longos nem pomposos, independente de quão nobre ou amado o falecido fosse. A cerimônia de Phloria foi sincera, porém simples. Seu corpo foi exposto em um caixão aberto, diante do qual sua família e amigos se aproximaram para dizer algumas palavras sobre ela.

Marth e Vastor vieram com suas respectivas esposas. O Professor Thorman, professor de especialização em Cavaleiro Mago de Phloria, veio também para prestar homenagem a uma de suas alunas mais talentosas.

A Realeza veio pessoalmente, apesar de sua agenda cheia e da ameaça iminente de Thrud, sentindo-se de certa forma responsáveis pelo que aconteceu. Além disso, era melhor não enfurecer os quatro pilares fundamentais do Reino ao mesmo tempo.

Os Ernas e os Myrok estavam enlutados, assim como a família Nyxdra e Tessa. O funeral de Phloria teve um valor político monumental, já que um passo em falso poderia enfurecer os campeões mais valorosos do Reino e aliená-los.

Morok e Nalrond estavam lá também, embora não disseram nada. Eles nunca passaram muito tempo com Phloria, então conheciam pouco dela. Mas, eles podiam ver quão profunda era a dor de suas respectivas namoradas.

Em momentos como esse, não havia palavras mágicas que pudessem fazê-las se sentirem melhor. Não havia nada que os dois homens pudessem fazer para aliviar as irmãs de Phloria de sua dor além de estar lá por elas.

Morok estava adequadamente vestido, agiu com perfeita etiqueta, e só falou quando lhe dirigiram a palavra, limitando-se a poucas palavras cada vez.

Lith queria fazer um elogio fúnebre para Phloria, mas não conseguiu reunir a força necessária.

Ele ainda podia ver a boca dela borbulhando sangue, sentir a vida escorrendo de seu corpo. Não importava quantas vezes ele tivesse tomado banho, seu braço direito continuava brilhando com sangue cujo cheiro enchia seu nariz.

Lith pensou mais de uma vez em amputar e regenerar o braço, mas sabia que o problema não estava no membro, mas nele mesmo.

‘Phloria pode ter me perdoado e Jirni pode não me ressentir, mas até que eu ache uma maneira de me perdoar, nada disso importa.’ Ele pensou enquanto olhava para a armadura de Phloria, na qual ele ainda podia ver o buraco enorme mesmo que tivesse sido fechado com necromancia.

Ela estava prestes a ser enterrada com a mais recente armadura Desbravadora de Penas de Orion e uma réplica do Devastador.

Lith queria falar, contar a todos a história de como eles se conheceram durante o exame simulado do primeiro trimestre no Grifo Branco e como ela o convidou para sair depois do segundo exame.

Ele queria compartilhar com eles o quão luminosa tinha sido a alma de Phloria e o quão felizes eles tinham sido juntos na vida cotidiana.

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