MAGO Supremo - Capítulo 2310

Capítulo 2310: Colocando em Dia (Parte 2)

“Nós poderíamos usar um aliado e estou ansiosa para conhecer Elfin.” Fyrwal disse.

“Espera, você sabia?” Faluel ficou pasmo.

“Não sou nenhuma tola, querida. Eu vi os vídeos de Verhen como todo mundo e estou bastante certa de que, apesar das poucas mudanças que passou, o Cavaleiro Dourado que lutou ao lado dele estava empunhando a Fúria de Menadion.” Fyrwal respondeu.

“Eu tinha minhas suspeitas desde que você pediu minha ajuda com as Mãos e se recusou a me apresentar ao seu menino prodígio. Naquele momento, muitas coisas não se encaixavam. Como Verhen pode ser uma mestre de Forja tão genial apesar de não ter legado de linhagem ou como ele usa géiseres de mana como ninguém mais.

“Melhor dizendo, como se ele tivesse uma torre?” Faluel, ficando pálido com a alegação, respondeu à sua pergunta, embora a Hidra permanecesse em silêncio.

“Prometam-me que nenhuma de vocês tentará algo engraçado.” Faluel disse.

“Prometo.” Ambas as mulheres disseram.

Faluel foi até a porta da frente, batendo educadamente.

“De volta tão cedo? Achei que você estivesse ocupada com os deveres do Conselho. Está tudo bem?” Elina perguntou.

Ela poderia jurar que conhecia uma das convidadas de Faluel, enquanto a outra apenas lhe causava arrepios. A mulher de cabelos verdes era linda, mas não havia calor nela. Elina sentiu como se estivesse olhando para um predador majestoso, porém mortal.

“Estou bem, obrigada. Espero que você se lembre da minha mãe, Fyrwal.” A Hidra acenou para a outra mulher com sete mechas coloridas em meio aos cabelos.

“Mas é claro! Por favor, entrem. É tão bom ver você de novo, Senhora Fyrwal.” Elina conheceu a Hidra Velha durante a cerimônia de ascensão de Lith a Mago.

Embora Fyrwal naquela época tenha agido um pouco fria, Elina não tinha motivo para suspeitar de nenhuma Hidra sobre um jogo sujo.

“Por favor, apenas Fyrwal. Eu desisti de títulos pretensiosos há muito tempo.” Seu aperto de mão foi firme e delicado quando ela apertou a mão de Elina.

“Quem é esta encantadora senhora? Uma parente sua?”

“De certa forma.” Faluel se tensionou. “Elina, permita-me apresentar a você a quarta fundadora do Reino do Grifo. Senhora Tessa Titânia Sempre Erebia.”

“A Demônio Sedutora?” Elina ficou paralisada.

Todos no Reino sabiam quem Tessa era.

Ela tinha muitos apelidos nada lisonjeiros como a Página Mais Sombria da História, Veneno de Valeron ou Coveira. Após a unificação do Reino, os nobres tentaram esquecer a Titânia, enquanto os plebeus a temiam.

“Isso também.” Faluel suspirou. “Por favor, não use esse nome. Apenas os inimigos e os críticos da Tia Tessa a chamam assim.”

“Me desculpe, Senhora Tessa, eu não sabia disso.” Elina fez uma reverência profunda, tremendo como uma folha.

“Não há necessidade de desculpas, Senhora Verhen. Os relatórios históricos sobre minhas ações não são lisonjeiros, mas precisos. Não posso culpá-la por usar um apelido que mereci. Por favor, me chame de Tessa.” A Titânia fez uma reverência profunda à sua anfitriã.

Ela achou os modos desajeitados de Elina adoráveis.

“Está tudo bem, mãe?” Solus ouviu a voz de Faluel e veio cumprimentar sua mentora quando notou o sofrimento de Elina.

“Epphy!” Fyrwal a envolveu em um abraço e ergueu Solus sem esforço. “Graças aos deuses você está bem. Você me deixou preocupada doente por mais de 700 anos. Por que não veio me procurar?”

“Eu peço desculpas?” Solus perguntou confusa.

Ela se lembrava da Hidra Velha durante a cerimônia de Magus, mas só isso. No passado, Faluel mencionou que Fyrwal foi aprendiz de Menadion, mas ouvir ela usar o antigo nome de Solus ainda soava estranho.

“Ela está te perguntando onde você desapareceu até agora, idiota. Estou mais interessada em saber por que você chama a Senhora Verhen de ‘mãe’. Você já esqueceu sua verdadeira mãe?

“A pobre Ripha te deu a vida enquanto você tirou a dela!” Tessa disse com um rosnado, emitindo uma explosão de aura violeta brilhante.

Solus ficou tão chocada com a acusação que ficou pálida. Ela se sentia responsável pela morte de sua mãe, o que, junto com a intenção assassina da Titânia, a fez ficar em silêncio.

“Viu? Ela não está respondendo porque sabe que eu estou certa!” Tessa interpretou mal o silêncio de Solus como uma admissão de culpa. “Eu sabia que ninguém poderia matar Ripha dentro de sua torre a menos que tivesse a ajuda de Elfin.

“Só me diga isso. Você atraiu Ripha para fora da torre de propósito ou foi enganada como a idiota que é? Ripha morreu pelas suas mãos ou por causa de sua estupidez?”

Como Solus continuava sem se mover ou responder, Tessa avançou e a levantou pela gola de sua camisa. A Titânia olhou Solus nos olhos com um ódio violento como só os inimigos de Lith já tinham visto antes.

“Ei, você!” Raaz se colocou entre eles, dando um tapa na mão de Tessa.

Seu poder era insignificante, o que fez o choque de sua afronta ser grande o suficiente para fazer a Titânia perder o aperto.

“Não me importo com quem você é. Trate minha filha desse jeito na minha casa e você e eu teremos um problema.” Raaz estava fraco e assustado, mas não hesitou em seus olhos.

Ele estava realmente pronto para lutar. Não importavam as chances, Raaz não deixaria ninguém machucar sua família sem lutar. Nunca mais.

Tessa deu um passo para trás, lembrando-se de onde estava e por que vieram até ali.

“E se você encostar um dedo no meu pai, você e eu teremos um problemão.” Lith abriu seus sete olhos, cada um transbordando de mana de uma cor elemental diferente, enquanto chamas negras irrompiam de sua boca.

“E se algo que você fizer assusta minha neta, vou te matar. Eu vou te levar para longe daqui para poder fazer isso o mais devagar e dolorosamente possível.” Leegaain encerrou o assunto para todos.

O Guardião estava na cozinha, vestido como um mordomo como sempre. Ele estava preparando o jantar junto com vários doces deliciosos de alto teor nutritivo e baixo teor de gordura para Kamila. A receita era um de seus segredos mais cobiçados.

Avental, as roupas e a colher de pau na mão, no entanto, não o tornavam menos aterrorizante. Seus olhos eram negros como piche e assim era a aura que ele emitia, ameaçando engolir Tessa inteira.

Tessa ergueu as mãos enquanto dava alguns passos para trás, com as palmas erguidas em rendição.

“Obrigada, Vovô, mas acho que, em vez de matar aliados preciosos, seria melhor desescalar a situação.” Kamila disse. “Você pode chamar Tyris, por favor?”

“Claro que posso, querida.” Ele disse enquanto falava com o ventre dela e, em seguida, repetia tudo em Língua dos Dragões. “Quem é a garotinha genial do vovô? É você.”

Uma rápida ligação mental e outro Guardião apareceu na cozinha dos Verhens.

“Realmente esperava que não nos encontrássemos de novo assim, Tessa.” Tyris disse com um suspiro.

“Ai deuses, Saefel!” A Titânia e a Hidra Velha se esqueceram completamente de Elfin e correram até o Guardião, envolvendo-a em um abraço apertado. “Senti sua falta.”

“Você sabe onde eu moro.” Tyris disse enquanto retribuía o abraço e derramava uma lágrima. “Você poderia ter me visitado a qualquer momento e eu teria te recebido de braços abertos.”

“Você está brincando?” Fyrwal fungou. “Eu não conseguia suportar ver você chorar. Não suportaria a ideia de que minha presença agitaria a memória de Valeron e causaria ainda mais sofrimento do que você já estava passando.”