MAGO Supremo - Capítulo 2285

Capítulo 2285: Cavaleiro Dragão (Parte 1)

O sequestro de Zinya teria tirado Vastor do jogo, o que a Realeza não podia se dar ao luxo. Ele era o único Mestre Supremo deles e o golpe mais forte que o Reino possuía além do Corpo da Rainha.

Berion estava responsável pelo detalhe da família de Lith. Sequestrá-lo significava jogar no lixo inúmeras armadilhas e preparações. Quanto a Faluel, ninguém sabia por quê, mas Lith exigiu um detalhe para ela e as forças aliadas foram forçadas a cumprir.

Seu acordo ainda lhe dava controle absoluto sobre os exércitos conjuntos e Lith não podia arriscar Thrud ganhar controle sobre a Hidra e com ela as Mãos de Menadion.

“Neste ponto, Thrud deve ter terminado de instruir Phloria e aprendido com ela tudo relevante para seus objetivos.” Lith ponderou na torre com seu próprio Conselho de Guerra. “No entanto, não há sinal dela nem do Grifo Dourado. Por quê?”

“Mais sequestros?” Perguntou Friya com um encolher de ombros.

“Não, não há nada mais que ela possa obter de nós. Phloria forneceu nossos segredos e Iata ensinou suas tropas a Dominarem a Luz. De que precisa Thrud de outro prisioneiro?” Respondeu Quylla. “Eles já teriam levado Zinya se pudessem e duvido que Thrud queira enfrentar Tezka novamente.”

Eles não tinham vídeo da batalha, mas os relatos das testemunhas falavam de um massacre unilateral. Isso e as crianças voltando para casa a tempo apesar do sequestro, provavam que a equipe de Bestas Divinas emboscando-os falhou até mesmo em retardá-los.

“Não tenho ideia do que Thrud está aprontando, mas aposto que vai ser horrível.” Disse Faluel. “Sempre esteja alerta e preparado para o pior. Talvez a Rainha Louca realmente não precise de mais reféns, mas talvez ela vá usar Phloria como isca.”

“Concordo.” Solus concordou com a cabeça. “Phloria é nosso ponto fraco, já que queremos que ela continue viva, enquanto a matriz de escravos fará com que ela mate. Thrud pode explorar nosso vínculo para nos capturar ou matar um a um.”

“Seja lá o que fizerem, por favor, vamos evitar outro Yurial.” Quylla apertou o punho, seu rosto ficando pálido enquanto se lembrava vividamente da sensação da faca cortando a garganta de sua amiga. “Se Phloria matar um de nós, ela nunca se perdoará.”

***

Grão-Ducado de Deirus, o dia seguinte.

Quando os membros do grupo de Lith ouviram a notícia, ninguém disse nada, mas todos pensaram que haviam amaldiçoado a guerra ao falar sobre seu falecido amigo.

O exército de Thrud havia reaparecido nas fronteiras do antigo Grão-Ducado onde Yurial havia vivido. Após a morte de Velan, não houve tempo para encontrar um substituto adequado e o segundo nobre mais competente da região tornou-se governante ad interim.

Infelizmente, Deirus já havia começado a dividir os territórios antes de sua morte e aqueles que os receberam não gostaram de perder sua autoridade recém-conquistada tão rápido. Foi o presente de despedida de Night e Velan Deirus.

O Grão-Ducado estava internamente dividido e sua força militar enfraquecida. Nem mesmo a guerra fez os vários nobres verem razão. As linhas de frente estavam longe o suficiente para fazer os nobres considerarem que todos os assuntos relacionados à guerra eram um problema alheio.

Ou pelo menos foi o que eles pensaram até encontrarem seus próprios centros principais sitiados.

O exército de Thrud havia cortado a região de Remana na fronteira como uma faca quente na manteiga, chegando a Deirus no espaço de uma única noite.

“Idiotas.” Disse Thrud com um sorriso em seu Trono. “Terminei com a estratégia de desgaste. Esse nunca foi meu objetivo real. Foi apenas o meio para ganhar tempo enquanto eu concluía meus preparativos.

“Eu precisava terminar de transformar meus Generais em Bestas Divinas e então precisava que eles dominassem seus novos corpos em combate real. Não importa o quanto eu os treinasse, eles ainda eram novatos e acostumados a lutar como meras Feras Imperador.

“Eu os fiz explorar a imortalidade concedida pela array da Lealdade Inabalável para praticar contra oponentes de dificuldade crescente enquanto aqueles com Olhos de Dragão “roubavam” feitiços e estratégias.

“Isso nunca foi uma guerra tanto se tratava de um campo de treinamento. Agora que meus seguidores e eu aprendemos tudo o que precisávamos sobre nós mesmos e nossos inimigos, é hora de descobrir esta farsa.”

“Eu já tenho uma força superior. Meu exército imortal de Despertados e minhas Bestas Divinas me colocam acima do Conselho e dos Reais. Eu só tenho dois obstáculos finais, as academias e as relíquias deixadas por Valeron, o Primeiro.

“Hoje, vamos cuidar dessas malditas academias”.

Enquanto isso, na linha de frente, Phloria cavalgava o Dragão de Sete Cabeças Ufyl. Ela usava um novo uniforme de Adamant e Ufyl até transformou sua armadura para dar a ela uma sela.

Foi um pouco humilhante para ele, mas o exército de Thrud precisava de suas próprias lendas para manter o moral elevado. Se o Reino tinha o Mago Supremo e o Cavaleiro Dourado, a Rainha Verdadeira agora tinha Phloria, a Cavaleira Dragão.

Uma ligação mental os tornava em uma só mente e um corpo. Ou melhor, oito mentes, um corpo e Devastador.

Cada uma das sete cabeças da Besta Divina tinha Olhos de Dragão e todos compartilhavam e analisavam as informações adquiridas com Phloria. Sua lâmina permitia que ela armazenasse dois minutos de feitiços de qualquer nível, exceto os Feitiços do Espírito.

Juntos, eles eram um único exército de Cavaleiro Dragão. Os Olhos de Dragão examinavam as formações defensivas, identificando seus pontos fracos, que os feitiços de Phloria e as Chamas Originais de Ufyl visavam com precisão cirúrgica.

Não era necessário um cerco para derrubar cidades.

O exército de Thrud esperava confortavelmente à distância segura até que eles quebrassem o alvo atual como uma noz. Assim que as matrizes defensivas eram enfraquecidas, Phloria usava seu feitiço de Camada de Lâmina, Omnislash, para abrir os portões da cidade.

Nesse ponto, o exército ainda fresco e descansado entrava. Muros e proteções eram inúteis e as matrizes de selamento elemental não perturbavam a Magia do Espírito dos Esquecidos. Phloria e Ufyl haviam aberto o caminho para Deirus em uma única noite dessa forma.

As tropas de Thrud pareciam ser infinitas, garantindo as cidades recém-conquistadas enquanto a Cavaleira Dragão avançava.

“Idiotas.” Thrud riu alto, seus olhos não chorando pela primeira vez desde a morte de Jormun. “Os Reais não tiveram nenhum problema em tomar minhas terras no norte porque eu permiti. No momento em que entendi que não conseguia parar Verhen, decidi explorá-lo como uma cobertura.

“Em vez de desperdiçar minhas forças em uma batalha perdida, eu as tinha realocado e prontas para a próxima fase do meu plano. Essas regiões nunca tiveram qualquer importância real. Enquanto os Reais desperdiçam tempo e mão de obra para mantê-las seguras, eu vou golpear o coração deles.”

“A palavra brilhante não é suficiente para descrever seu gênio, Vossa Majestade.” Iata, os Generais e o finalmente curado Hystar a aplaudiram.

Thrud não poderia se dar ao luxo de ter o Diretor ferido quando ela mais precisava do Grifo Dourado.

“Nós sofremos muito, mas o fim da guerra agora está à vista. Valeu a pena.” Disse a Sekhmet.

“Ainda assim, não consigo acreditar que uma única pessoa pudesse fazer tanta diferença.” Linnea apontou para o holograma da Cavaleira Dragão.

“Sério?” Respondeu Thrud com sarcasmo. “Por que você acha que eu investi tanto em sequestrar ela e Vastor?”