MAGO Supremo - Capítulo 2267

Capítulo 2267: O Resultado Final (Parte 1)

‘Na verdade não.’ Solus respondeu. ‘Aquele Dragão não tinha ideia de que você está usando uma torre de mago cheia dos feitiços vindos do Coração prontos para serem usados. Considere que se eu não usasse a matriz do Corpo Imortal em você logo após o impacto, você teria virado uma grande bagunça.’

‘Verdade. Sem a massa e o poder da torre, matar um Fenrir também não teria sido tão fácil.’ Lith fez sua armadura de pedra desaparecer antes que drenasse muita energia e comprometesse a integridade da torre.

“Thrud Griffon, me enfrente se tiver coragem!” O Tiamat rugiu enquanto uma explosão de Chamas do Vazio de sua boca e outra de Chamas do Flagelo de suas asas cortavam as tropas correndo para defender Bima do invasor.

Cada golpe de sua lâmina gerava pressão suficiente para fazer casas tremerem e cortar quem estivesse muito perto, não importando se soldado ou civil.

Os Esquecidos de Thrud não se renderam e os Demônios de Lith não pararam até que o último inimigo fosse morto alguns minutos depois.

***

Na Sala do Trono no Grifo Dourado, Thrud estalou a língua em irritação antes de convocar seus Generais para decidir o próximo curso de ação. Phloria se sentou à sua direita enquanto Hystar estava à sua esquerda enquanto ela explicava sua estratégia.

Todos ficaram impressionados com sua calma. A perda de três cidades no espaço de algumas horas parecia não ser importante para ela.

“Tem certeza de que não quer que nós recapturamos as cidades imediatamente?” Iata a Sekhmet perguntou. “Com esse tipo de dano, as defesas deles estarão baixas e com tantas baixas, teremos o apoio dos cidadãos.”

“Tenho certeza.” Thrud assentiu. “Deixe-os cavar suas próprias covas. Esperaremos as reparações estarem quase terminadas e o descontentamento das pessoas antes de tomar uma atitude. Não se preocupe, não é tão ruim quanto parece.

“Às vezes, é preciso dar um passo atrás antes de dar dez adiante. Essa situação pode se tornar uma oportunidade para começar a fase final do meu plano, se jogarmos nossas cartas corretamente e os oponentes não conseguirem ler nossos movimentos.”

***

“Como assim, eu tenho que parar?” Lith rosnou para o General Berion através de seu amuleto de comunicação. “Isso foi apenas o ataque matinal. Ainda tenho mais cidades para tomar até o pôr do sol.”

Ele estava prestes a sair de Bima e se dirigir ao gêiser de mana mais próximo para recarregar quando recebeu a ordem de parar o avanço.

“Mais?” Berion ficou pálido de terror, com a garganta muito seca para emitir uma palavra.

“Mova-se, seu idiota.” O holograma de Orion substituiu o do General.

Ele parecia tão irritado quanto o Lith, mas também estava abatido e resignado.

“Por mais que eu gostasse de soltar você até cortar as regiões de Thrud, você tem que parar. Nossas forças estão estiradas ao limite nos territórios ocupados. Precisamos fortalecer nossas posições, garantir nossas rotas de abastecimento e reparar os danos.

“Caso contrário, tudo o que você conseguiu hoje desaparecerá amanhã a essa hora. Qualquer avanço adicional é impossível. Mesmo que tivéssemos as tropas, o que não temos, Bima não tem Portal de Dobra. Conseguir materiais de reparo e reforços levará tempo. Você terminou por hoje. Vá para casa.”

“E quanto ao Grifo Dourado? E Phloria?” Lith perguntou indignado.

“Como pai, você tem minha gratidão e sua fúria é a minha. Obrigado pelo que você fez por minha Pequena Flor, Lith. Eu nunca esquecerei isso enquanto eu viver. Como General do Exército, no entanto, não posso te apoiar.

“Esta é a melhor maneira de pressionar Thrud. Fazer o contrário significaria apenas um desperdício de tempo e recursos que não temos. Vá para casa. Por favor.”

Lith podia ver que Orion estava dividido por dentro e que lhe faltava força para repetir a ordem pela terceira vez.

“Estou indo para casa. Mago Supremo Verhen, acabou.” Lith deixou a comunicação aberta, dando a Orion tempo para assentir em concordância e a escolha final.

Foi o General do Exército quem encerrou a ligação e reprimiu o Tiamat. Lith levantou voo, indo direto para o gêiser de mana mais próximo. Assim que a torre e Solus recuperassem suas forças, ele voltaria para a Floresta de Trawn e o aconchego de sua casa.

***

Vila de Lutia, casa de Lith, alguns minutos depois.

Para surpresa de Orion, ele chegou ali através do Portal no celeiro primeiro. O exército também não precisava dele, já que fortificar cidades era um trabalho para Guardiões e engenheiros, não para Generais.

Orion havia ido para Lutia ao invés da casa dos Ernas porque sua família estava lá. Jirni era uma Arconte e uma humana comum, não havia lugar para ela no campo de batalha.

Já que não podia lutar por sua filha, Jirni se mudou para a casa dos Verhens para assistir às batalhas com eles. Ela podia apenas torcer, mas ainda era melhor do que nada.

Friya, Quylla, Tulion e Gunyin estavam lá também para apoiar seus pais na hora mais sombria.

“Deus, ainda não consigo acreditar no que acabei de ver.” Quylla ainda estava pálida com a carnificina que testemunhara.

Ela nunca havia ido à guerra e, até aquele momento, a maioria das batalhas envolvia apenas combatentes armados, não civis.

“Eu também. Parar o ataque após apenas meio dia é um absurdo.” Jirni disse com um suspiro. “No entanto, seu pai tomou a decisão certa. Avançar ainda mais teria sido apenas um assassinato sem sentido.”

Elina e Rena estavam no quarto das crianças para ter certeza de que eles não veriam nem ouviriam nada. Raaz, por outro lado, estava na sala de estar com os outros, observando as imagens projetadas ao vivo pelo amuleto de Jirni.

‘Bons deuses, o que eu fiz? Eu vendi a alma do meu filho apenas para recuperar minha vida antiga? Eu nunca vi Lith lutar assim – esqueça isso, eu nunca o vi lutar de verdade. Se eu não soubesse que ele é meu filho, estaria cagando nas calças.’ As mãos de Raaz continuavam a atormentar seu pescoço e barba em frustração.

Ele adoraria se ajoelhar e rezar para a Grande Mãe em busca de orientação, mas Tyris estava bem ali na cozinha preparando o jantar. Em vez de se fazer de ridículo, era melhor apenas ir e falar com ela.

“Não se preocupe, Jirni.” Zinya estava lá também para fazer companhia a Kamila.

“Você viu como Lith é forte. Tenho certeza de que ele trará sua filha para casa são e salvo.”

Durante a ausência de Kamila, a Senhora Ernas protegeu Zinya assim como ela fora o muro de Kamila quando retomou seu trabalho como Policial. Durante os meses passados juntas na Corte Real, Jirni e Zinya se tornaram íntimas o suficiente para abandonar a etiqueta e falar usando o primeiro nome.

“Os deuses sabem se espero que você esteja certa.” Somente quando Orion se sentou ao lado dela e segurou suas mãos entre as suas, Jirni soltou as mãos, revelando suas palmas sangrando.

Seu marido limpou as feridas e as curou até as marcas das unhas sumirem. Devido ao seu trabalho como Arconte, Jirni tinha as mãos bem cuidadas, mas as unhas eram curtas para não incomodá-la e as palmas calejadas pelo treinamento.

Apesar disso, ela conseguiu se machucar por causa do estresse.

Kamila se sentou de lado, sem saber o que dizer.