MAGO Supremo - Capítulo 2202

Capítulo 2202: Duas Torres (Parte 2)

“Por que você está me olhando assim?” Inxialot se voltou para sua plateia. “Todos nós estávamos pensando isso. Eu sei porque você me disse pela ligação mental. Além disso, é bastante claro quem usa as calças na casa deles.”

Os presentes levaram as mãos ao rosto e a resposta inaudível de Lith o deixou preocupado.

“Não é uma armadilha, eu prometo! Você não vai se arrepender de vir! É outra promessa. Se eu lembrar de ter feito, é claro.” Inxialot se sentiu aliviado ao ver Lith lhe dando um joinha enquanto Tyris o levava para o Portal.

Na verdade, era o dedo do meio, mas o Rei Lich não era o tipo de pessoa que se preocupava com detalhes insignificantes como esse.

Do outro lado do corredor dimensional, Kamila não conseguia parar de olhar para os lados, atordoada.

Ela esperava se encontrar em uma caverna subterrânea, não em um aconchegante chalé de madeira.

“Bem-vindos de volta. Espero que tudo tenha corrido bem.” Baba Yaga estava esperando por eles em sua Forma da Mãe.

Estava ansiosa para falar com Elfin, pois não havia tido tempo antes.

Também estava animada com a ideia de conhecer Kamila e o bebê. A Jovem despertava pouco respeito, enquanto a Velha era diretamente assustadora, tornando a Mãe a forma a procurar quando ela queria causar uma boa primeira impressão.

“Foi ótimo, Mãe. Obrigado pela sua ajuda.” Vladion se jogou em um dos sofás. Fisicamente ele estava em ótimas condições, mas sua mente ainda não se havia recuperado da montanha-russa de emoções.

A Vermelha e a Grande Mãe apenas trocaram um aceno educado de cabeça enquanto conjuravam uma cama para Lith descansar.

“Não querendo ser rude, mas quem é você e onde estamos?” Kamila disse depois que ninguém se incomodou em apresentá-la à anfitriã.

“Deuses, onde estão meus modos?” Kalla disse. “Kamila, esta é Baba Yaga, a Mãe dos mortos-vivos. Ela está muito interessada no seu bebê. Baba Yaga, esta é Kamila Yehval, esposa do Lith. Quanto ao onde, eu não faço ideia.”

“O que?” Com Tyris ao seu lado, Kamila não sentia medo, mas o choque a fez se sentar também.

“Sim.” O Espectro assentiu. “Esta é a lendária torre dela, então é possível que estejamos no Reino, no Império, ou mesmo no fundo do oceano, onde a luz do sol nunca brilha.”

Kamila ficou pálida, forçando Solus a sair do seu anel.

“Bondosos deuses, Kalla, cala a boca! Você está tornando isso o mais assustador possível.” Solus fechou a bocarra do Espectro antes de fazer uma apresentação adequada. “Kami, Baba Yaga é na verdade minha amiga Malyshka que eu te falei.

“Ela conhecia minha Mãe e, apesar de todas as coisas ruins que você pode ter ouvido sobre ela, Malyshka tem sido nada menos que uma boa amiga para Lith e para mim.” Ela usou uma rápida ligação mental para lembrar Kamila de Baba Yaga ajudando Lith com seus avanços e participando da festa de aniversário de Solus após a separação.

“Sim, é claro que me lembro dela.” O constrangimento corou suas bochechas, devolvendo-lhes a cor. “Sinto muito pela minha rudez, mas tudo está acontecendo tão rápido e ninguém me explicou nada.”

“Não se preocupe, querida, você está entre amigos. Eu sou a que deveria pedir desculpas por emboscar você dessa maneira, mas como você disse, as coisas estão se movendo rapidamente e eu precisava falar com as três de vocês.”

“Espere, como minha mãe pode conhecer a sua? Existe mais alguém capaz de criar Cavaleiros que eu não conheço?” Vladion estava completamente confuso desde que Hystar havia exposto a natureza de Solus, mas agora ele finalmente podia expressar sua preocupação.

“Espere, ele não sabe sobre você?” Ao ver Solus assumir sua forma humana, Kamila presumiu que o Primogênito estava ciente de sua história.

“Vamos atualizá-los, querida, ou isso vai nos tomar o dia todo.” Baba Yaga usou uma ligação mental para explicar tudo para Vladion enquanto Solus compartilhava com Kamila os eventos do Grifo Dourado.

“Seu traíra!” O Primogênito sentiu toda a camaradagem e respeito que haviam construído até aquele momento se desmoronarem sob o peso da inveja que ardia em suas veias. “Foi por isso que você queria que eu jurasse pelo meu filho!

“Você está de posse da lendária torre de Menadion e aquela mulher é sua filha!”

“Culpado como acusado.” Entre os tônicos e a abundante energia mundial na torre, Lith estava se recuperando rapidamente. “Portanto, seu juramento te obriga a silêncio e não-agressão.”

“Como deveria ser.” Baba Yaga lançou um olhar para Vladion de uma forma que fez suas reclamações entrarem pela boca e saírem pelo rabo. “Ela é minha amiga. Faça-a infeliz e eu estarei infeliz com você. Está claro?”

“Cristalino.” Ele engoliu várias vezes, embora não tivesse uma necessidade física disso.

“Sinto muito pela sua perda, querido.” Kamila ignorou os outros e abraçou Lith, com os olhos marejados depois de testemunhar os últimos momentos de Jormun.

“Vamos falar sobre isso mais tarde.” Ele a apertou forte, aliviado ao sentir que ela não estava incomodada com seu toque. “O que podemos fazer por você, Senhora Yaga?”

“Baba Yaga ou Nana servem. Não somos próximos o suficiente para você me chamar de Malyshka.” Ela respondeu.

“Baba Yaga será então.” Para Lith, sempre haveria apenas uma pessoa a quem ele se referiria como Nana.

“Mais como o que eu posso fazer por você. Solus, Silverwing me pediu para convidá-la para sua casa. Ela quer verificar sua recuperação e estou disposta a ir com você, se isso te der segurança.”

“Seria perfeito.” Solus suspirou. “Nós passamos por muita coisa e eu poderia usar um pouco de descanso. Além disso, tia Loka prometeu me mostrar os quadros do Papai que ela tem. Eu teria entrado em contato com ela antes se nosso relacionamento não estivesse tão complicado. Eu aceito sua oferta, Malyshka.”

Silverwing já tinha desistido de separar Lith e Solus, reconhecendo que ele não a havia tornado escrava. No entanto, Solus não confiava o suficiente na Primeira Maga para passar tempo com ela sem uma acompanhante de confiança.

“E você, Lith, tem alguma coisa que você precisa?” Baba Yaga perguntou.

“Sim. Davros, cristais brancos e aulas de Magia da Criação.” Ele respondeu.

“Que garoto atrevido!” Ela disse com um grunhido. “A torre deve te fornecer muitos materiais e Salaark com conhecimento. Eu quis dizer se você precisa de ajuda com sua criança.”

“Acho que tenho isso sob controle.” Lith apontou para Tyris que continuava ali parada, plácida como um lago e tão perigosa quanto um meteoro do tamanho de uma cidade.

“Verdade, mas enquanto os Guardiões só garantirão sua proteção física, estou disposta a ajudar sua filha a aprender como fundir suas linhagens, caso a necessidade surja.” Baba Yaga disse.

“Deixe-me adivinhar, em troca você usará o que apreender das forças de vida dela para aprimorar seus filhos e os híbridos mortos-vivos como Radusk.” Lith respondeu.

“Culpada como acusada.” Ela deu de ombros. “Deixe-me te perguntar uma coisa. Você está mais preocupado sobre o que eu possa fazer com esse conhecimento ou com o bem-estar da sua filha?”

Lith olhou para Kamila por um segundo antes de responderem em uníssono.

“Nossa filha.”

“Ótimo. Então espero que você não se importe, querida.” Baba Yaga aproximou a mão do ventre de Kamila, esperando sua permissão antes de tocá-la.

Como havia feito anteriormente com Lith, a Mãe Vermelha levou o tempo necessário para examinar a força vital do bebê, usando o Sol e a Lua para examinar cada canto e recanto de seus três componentes.