MAGO Supremo - Capítulo 107
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107: Monstro do Lith 107: Monstro do Lith Solus não tinha ideia do que Lith tinha feito, para ser exato, nenhum deles tinha. A criatura à frente deles não estava morta nem viva, o senso de mana dela nunca havia percebido algo assim.
Um núcleo normal era uma massa de mana pura, que podia ser usada para interagir com a energia do mundo para dar vida aos feitiços. Os seres Despertados pareciam ser os únicos capazes de usar a mana pura para obter vários efeitos, como Invigoração ou magia do espírito.
O núcleo negro de uma Abominação, por outro lado, era uma forma mais forte, porém corrompida, de mana, que constantemente exigia enormes quantidades de energia mundial para não se dissipar. Para fazer isso, as Abominações ganhavam poderes únicos.
O Definhar que enfrentaram no passado, tinha a habilidade de drenar a força vital mesmo de uma distância. A coisa planta poderia dividir sua consciência para dominar e consumir a vegetação circundante enquanto procurava por presas animais.
Isso tinha um preço, no entanto. Ambos provaram ter um conjunto de habilidades limitado, mas mortal, a ponto de terem perdido a capacidade de usar magia em todas as suas formas.
O núcleo de sangue que Lith criou acidentalmente estava completamente fora de sua experiência. Era uma massa composta por sangue e magia das trevas, com os restos do núcleo de mana de Raghul de alguma forma mantendo tudo unido.
Com base no que Solus podia ver, tinha tanto uma natureza física quanto mágica. O núcleo de sangue estava completamente bagunçado, sem equilíbrio interno ou estrutura adequada. Ele se expandia e encolhia continuamente, mudando de esférico para elipsoidal, às vezes nem tinha forma alguma.
Era uma criatura do caos e, como tal, não estava destinada a durar. A cada segundo, realocaria o corpo do seu hospedeiro e a si mesmo, causando enormes tensões no cadáver de Raghul.
Quando estava vivo, ele era um homem bem-feito de altura média, com cabelos curtos e pretos e um cavanhaque bem aparado da mesma cor, que ajudava a suavizar suas características quadradas.
Agora seu semblante estava deformado em um grito perpétuo de dor, o nariz afiado afundou em seu rosto até que apenas as narinas restaram. A pele apodrecia, ficava verde e descascava, revelando o tecido muscular por baixo, antes de regenerar e começar de novo.
O corpo inchou rasgando as roupas encantadas, seus braços ficaram mais compridos e deformados, suficientes para tocar o chão, as pernas dobraram para trás com um ângulo antinatural.
– “Isso definitivamente não é um vampiro. O que diabos eu fiz?” –
O jovem Byk fugiu sem pensar duas vezes, sentindo o perigo iminente.
A criatura começou a sibilar, olhando para Lith com olhos cheios de ódio e desprezo. Ela se movera com incrível velocidade, nem mesmo usando a fusão do ar em seu extremo, Lith conseguira evitar a carga.
Os dedos de Raghul se tornaram garras afiadas de dez centímetros (4 polegadas) de comprimento, que facilmente superavam o protetor de coração de ferro de Lith e a fusão da terra.
As garras em forma de gancho cortaram verticalmente, cavando profundamente em seu peito. Pedaços de carne do tamanho de um dedo caíram no chão, enquanto o sangue jorrava por toda parte. Tudo aconteceu tão rápido que Lith só sentiu dor quando já estava se movendo para evitar um segundo golpe.
O choque foi tão intenso que em outra situação poderia tê-lo feito desmaiar, mas com sua vida em jogo, a força de vontade e instinto de sobrevivência permitiram que ele aguentasse, mesmo que por pouco.
Lith podia sentir o sangramento rítmico no peito a cada batida de seu coração em pânico, encharcando suas roupas. Era como ter uma chapa de ferro incandescente espalhando sua carne, enquanto agulhas de gelo picavam a pele ao redor, dando-lhe uma sensação de dormência que estava se espalhando lentamente.
Ele conseguiu evitar o segundo golpe, mas apenas porque de repente a criatura se distraiu, tornando o movimento descuidado e previsível. Ele aproveitou a abertura para se afastar e curar suas feridas.
Para sua surpresa, as marcas das garras estavam transbordando com a magia das trevas, tornando o feitiço de recuperação muito mais lento e menos eficaz que o normal. A criatura, por outro lado, pegou os pedaços de carne, brincando com eles entusiasticamente.
Ela inclinou a cabeça para o lado, fazendo com que a maior parte dos cabelos de Raghul caíssem como folhas de outono no vento, parecendo ter percebido algo importante. Então, levou-os à boca, devorando-os vorazmente.
– “A boa notícia é que, seja lá o que for, não é um vampiro. A má notícia é que não faço ideia de como derrotá-lo.” Lith usou a fusão da luz, tentando neutralizar a energia das trevas infectando a ferida.
“Você pode fugir ou ganhar tempo. Ele não pode viver por muito tempo.” Solus apontou. –
Ela podia ver claramente o núcleo de sangue se desfazendo, a força que percorria o monstro era demais para o corpo dele, apesar de todas as mudanças pelas quais passara. Cada movimento, cada ataque, o machucaria tanto quanto fizera a Lith.
Talvez fosse porque a criação do núcleo de sangue fora puramente acidental, talvez porque a criatura era vulnerável ao sol, mas sendo sem mente, ela não se importava.
Seja qual for o motivo, a ingestão de carne crua apenas retardou seu processo de decomposição.
Após os cabelos, toda a pele foi derramada, deixando os músculos expostos, úmidos e brilhando sob o sol do meio-dia. Todos os dentes foram substituídos por presas, dando-lhe um aspecto alienígena.
A criatura gritou de fúria, percebendo que Lith tinha escapado, forçando-a a decidir se caçaria o criador pelo qual sentia um ódio profundo, ou o indefeso Rodimas. O doce cheiro de sangue escorrendo e o delicioso sabor da carne selaram o acordo.
Enquanto Lith e Solus ainda conversavam, menos de dois segundos após o primeiro sangue, o pesadelo começou.