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Ligada a um Inimigo - Capítulo 776

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Capítulo 776: Eu Sei Como É

Já fazia semanas desde que Sadie começara a chamar Peter e Myka de seus pais quando Estefan convocou sua reunião. Foi lá, na frente de todos, que Peter soube pela primeira vez que Sadie se sentia como se sentia. Enquanto Estefan tentava fazer os outros entenderem que ele era responsável por seus próprios ferimentos, Sadie se manifestou.

“Não foi culpa da Ashleigh que me machuquei,” Sadie disse, sua voz suave um pouco mais alta que o normal.

“Tudo bem, Sadie,” Axel disse docemente, virando-se para a menina. “Ninguém está tentando dizer que Ashleigh queria que qualquer um de vocês se machucasse.”

Sadie balançou a cabeça.

“Não,” ela disse. “Estefan está certo. Nós fizemos nossas próprias escolhas. Eu corri em direção à árvore, sozinha.”

“Não tinha como você saber sobre o ente, Sadie,” Corrine respondeu gentilmente.

“Não,” Sadie respondeu, “mas eu sei que não devo avançar sozinha em um lugar desconhecido.”

Sadie olhou para Myka.

“Meu pai sempre foi muito claro sobre isso. Conhecer os arredores é uma das primeiras regras de sobrevivência.”

Myka sorriu e assentiu.

Sadie mordeu o lábio inferior e então respirou fundo antes de continuar.

“Eu sabia que não deveria, mas quando vi o limão-berry… Eu não me importei. Ignorei a segurança e corri para pegá-lo.”

Myka inclinou-se e beijou o topo da cabeça de Sadie.

“Como eu disse,” Corrine respondeu gentilmente, “você não tinha como saber sobre o ente.”

“Você não entende,” Sadie suspirou em frustração. “Eu teria ido mesmo que soubesse!”

Sentado do outro lado dela, os olhos de Peter se arregalaram.

“Por que você pensaria isso?” ele perguntou, inclinando a cabeça para encontrar os olhos de Sadie.

Sadie lambeu os lábios. Ela abaixou os olhos.

“Eu arriscaria qualquer coisa para conseguir um limão-berry,” ela disse em voz baixa.

Peter sentiu uma dolorosa pontada no peito ao pensar que ela colocaria sua vida em risco por uma fruta. Ele estendeu a mão e levantou seu queixo até que seus olhares se encontraram novamente.

“Por quê?” ele perguntou.

Os olhos de Sadie estavam cheios de lágrimas não derramadas, e um sentimento doloroso cresceu no peito de Peter novamente. Ele podia ver que ela estava sofrendo, que segurava algo que a consumia por dentro. Ele tocou suas bochechas, limpou suas lágrimas com os polegares e deu-lhe um sorriso gentil.

“Você pode me contar qualquer coisa,” ele sussurrou. “Você sabe disso, certo?”

Sadie engoliu e assentiu.

“Então me diga,” ele sorriu calorosamente, “por que você estaria disposta a arriscar sua vida por um pedaço de fruta?”

Sadie respirou fundo, trêmula.

“Porque,” ela sussurrou. “Sua avó e sua mãe ambas encontraram isso… e eu pensei… se eu também encontrasse… se eu o trouxesse de volta para você… você talvez… realmente quisesse ser meu pai.”

O peito de Peter doeu com as palavras. Com um suspiro dolorido, ele a puxou para seus braços e a segurou firme.

Ele sabia que construir sua família havia sido uma luta. Cada um deles veio com seus próprios traumas, perdas e dores. Myka e Peter ainda estavam encontrando seu lugar juntos quando abriram suas casas e corações para Sadie e Estefan.

Não houve sequer um momento de arrependimento. Peter soube desde o primeiro dia em que conheceu Sadie que queria mantê-la segura, ele teve um sentimento semelhante com Estefan. Ele nunca tentou forçá-los demasiado nem rápido demais. Sabia que eles precisavam aceitá-lo no seu próprio tempo e modo.

Mas ele nunca esperou que Sadie estivesse lutando com esse tipo de medo.

Peter sempre teve dificuldades em expressar-se para os outros. A maioria das pessoas que eram próximas a ele entendiam isso, e sabiam o que ele queria dizer quando brincava com elas. Mesmo Myka sabia que toda vez que Peter o chamava de idiota, ele estava lhe dizendo, à sua maneira, que o amava.

Mas Sadie e Estefan não sabiam. Como poderiam? Eram crianças, e precisavam de segurança e honestidade.

Lágrimas corriam pelo rosto de Peter enquanto ele beijava a cabeça de Sadie.

“Eu quis ser seu pai desde que nos conhecemos,” ele sussurrou. “Você nunca precisou fazer nada ou ser alguém além de você mesma. Eu te amo, Sadie.”

Sadie soltou um soluço, abraçando Peter com força enquanto chorava contra seu peito.

Peter levantou a cabeça e virou-se para olhar para Estefan.

“O mesmo vale para você,” ele afirmou. “Eu te amo, Estefan, do jeito que você é.”

Estefan engoliu em seco e assentiu.

“Eu sei,” ele sorriu fracamente antes de olhar de volta para Sadie.

Myka queria confortar sua família, abraçá-los todos e garantir-lhes que tudo ficaria bem.

Mas agora, eles não estavam sozinhos. Ele se sentou para frente no sofá, bloqueando Peter e Sadie da vista enquanto limpava a garganta e olhava para Estefan.

“O que você estava dizendo?” ele sorriu.

Peter respirou fundo enquanto a memória se desvanecia, e ele voltava à mesa de jantar, sentado ao lado de Ashleigh.

Ele se acomodou e então virou-se para olhá-la.

“Não tenho escolha a não ser te perdoar,” ele disse, “A culpa é uma fera gulosa com um estômago sem fim, e não tenho interesse em ser consumido por ela.”

Ashleigh franziu a testa, e Peter sorriu.

“Se eu a culpar pelos ferimentos, então tenho que me culpar também,” ele disse. “Se eu tivesse prestado mais atenção aos sentimentos de Sadie, ela não teria se sentido tão desesperada para encontrar aquela fruta. Ela teria sido mais cuidadosa, e Estefan não teria tido que assistir a ela ser arrastada e se colocar em risco para salvá-la mais tarde.”

Ashleigh balançou a cabeça.

“Você não poderia saber que ela estaria em perigo. Você nem estava lá,” ela disse.

“Talvez eu devesse estar,” Peter disse. “Eu sabia que você não estava bem. Todos nós sabíamos. Todos vimos os sinais de alerta. Eu não queria que Myka ou as crianças fossem. Eu estava com medo. Mas eu não os impedi, e não fui com eles.”

Peter lambeu os lábios e abaixou os olhos.

“Minha filha estava se sentindo indesejada e não amada, e eu não fazia ideia,” ele suspirou.

Ele fechou os olhos brevemente e lentamente respirou fundo, soltando-o pelo nariz.

“Como posso te culpar por não ver todo o perigo quando nem eu pude ver isso?” ele perguntou.

Ashleigh só pôde estender a mão e segurar a mão de Peter. Ela não sabia o que dizer.

“Todos estávamos passando por algo naquela época,” Peter disse, e então com um leve riso, acrescentou, “Você era só a mais vocal sobre isso.”

Ashleigh sorriu.

Depois de um momento de silêncio, Peter virou-se para olhar para Ashleigh. Ele levantou a mão e tocou sua bochecha.

“Myka e eu não culpamos você, e nossos filhos não culpam você. Eles nunca culparam,” Peter continuou. “Então, talvez agora seja a hora de parar de se culpar?”

Ele sorriu para ela.

“Caleb está de volta,” ele continuou. “O impossível aconteceu, e você recebeu uma segunda chance.”

Peter virou-se para olhar para Myka do outro lado da sala. Seu sorriso brilhante enquanto ria de algo que Caleb disse. Peter não pôde deixar de sentir o calor em seu peito.

“Eu sei como é,” ele sussurrou.

Peter virou-se de volta para Ashleigh, um sorriso terno no rosto.

“Você já experimentou uma vida sem ele,” ele disse suavemente. “Não desperdice mais do tempo que lhe resta juntos em arrependimentos.”

Ashleigh respirou fundo enquanto as lágrimas caíam de seus olhos novamente. Seu peito estava apertado, mas era bom. Era uma dor de gratidão, de descrença em quão sortuda ela era.

Peter respirou fundo e se afastou dela.

“Basta,” ele suspirou. “Estou cansado, e aquele idiota vai continuar falando a noite toda se eu não o parar.”

Peter se levantou da cadeira, alisou o camisa e virou-se para ir embora. Mas Ashleigh estendeu a mão e agarrou sua mão. Ele virou-se para olhar para ela. Ela já estava em pé e se dirigiu até ele. Ashleigh envolveu os braços em volta dele e o abraçou com força, arrancando um suspiro surpreso dos lábios de Peter.

“Obrigada,” Ashleigh sussurrou. “Eu entenderia se você nunca me perdoasse, e você não precisava me contar nada disso… então obrigada.”

Peter suspirou com um sorriso caloroso e retribuiu o abraço.

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