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  3. Capítulo 638 - Capítulo 638: Encontre Seu Caminho
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Capítulo 638: Encontre Seu Caminho

Ashleigh encarou a porta se fechando. Ela cerrou o maxilar enquanto as lágrimas quentes voltavam a se acumular. Finalmente, ela se encostou na parede e abraçou os joelhos contra o peito.

“Por favor…” ela sussurrou, fechando os olhos. “Por favor…”

Ashleigh desacelerou a respiração. Focando em cada inspiração e expiração. Ela ouviu o som do ar passando por seu nariz e sentiu seus pulmões se expandirem.

O calor familiar se espalhou por sua pele. Ela alcançou a cama abaixo dela, amassando o cobertor com os dedos. Inspirando profundamente, ela inalou o cheiro de sua casa.

Ashleigh abriu os olhos, e a casa na árvore tomou forma ao seu redor. A grande janela aberta, a cozinha escondida, a área de estar.

Ela sentou na cama deles, virando-se para o lugar dele. Ashleigh pegou o travesseiro dele e o apertou contra o peito. O cheiro dele ainda permanecia ali.

“Caleb…” ela sussurrou com saudades.

Seus olhos se moveram para o ponto no chão onde ela esperava ver algum movimento. A escotilha que servia como entrada deles. Tudo o que ela queria era vê-lo, saber que de alguma forma, de algum jeito, ele ainda poderia sentir o vínculo deles. Que ainda poderiam se alcançar.

Não importava se não poderiam se encontrar fisicamente. Ou se levaria anos para ficarem juntos novamente. Tudo o que ela precisava era saber que ele ainda estava lá.

Ela esperou pelo que parecia uma eternidade. Lágrimas caíram, e gritos ecoaram de seus lábios. Ela implorou, suplicou e até ameaçou. Mas a escotilha nunca se moveu.

A casa na árvore desapareceu, e Ashleigh ficou sozinha em seu quarto de hospital.

Sua mãe visitou.

Bell visitou.

Galen e Fiona visitaram.

Todos tentaram confortá-la. Ajudá-la a processar o que havia acontecido. Cada um prometeu que a busca ainda estava em andamento. Cada um disse que não desistiria da esperança. Mas cada um também disse “até lá”.

Cada pessoa que veio para confortá-la e apoiá-la, cada uma que afirmou amar e sentir saudades de Caleb. Eles alegavam ainda acreditar que ele retornaria, mas todos tinham uma data de validade marcada em sua esperança, em sua lealdade.

Ashleigh foi autorizada a deixar o hospital após alguns dias. Ela passou a morar em uma das casas vazias dentro da Zona Segura, uma mais próxima da montanha. Todos os dias ela ia ao local do portão.

Ela fechava os olhos, tentando senti-lo, a linha ley, qualquer coisa que pudesse ajudar. Todos os dias, ela voltava para casa decepcionada.

Quando Fiona contou a Ashleigh que ela e Galen retornariam para Verão com o restante dos lobos, Ashleigh não disse nada. Fazia duas semanas desde que a guerra havia terminado. Ela sabia que eles precisavam retornar para Verão. Não era justo mantê-los ali por mais tempo. Famílias aguardavam para se reunir, e reparos precisavam ser feitos.

Ainda assim, ela não pôde deixar de sentir raiva pela decisão deles.

Fiona tentou convencê-la a voltar para casa com eles. Mas Ashleigh não ia partir. O lado da montanha era sua única conexão com Caleb. Eles podem ter desistido dele, mas ela nunca desistiria.

Enquanto Fiona se preparava para sair do quarto, Ashleigh disse uma última coisa.

“Não o inclua na pira,” ela sussurrou.

Fiona parou. Ela olhou pelo ombro com confusão.

“O quê?”

“Não façam uma pira para Caleb,” Ashleigh disse. “Eu sei que vocês vão lamentar os que foram perdidos na guerra. Mas Caleb não é um deles.”

“Ashleigh, eu entendo de onde você está vindo,” Fiona suspirou. “Mas o povo dele vai querer honrá-lo. É o direito deles lamentar.”

“Não!” Ashleigh gritou com raiva, apertando o maxilar de forma dolorosa. “Ele não está morto! Não há razão para lamentá-lo! Eu não vou desistir dele!”

Fiona respirou fundo. Ela se virou para encarar Ashleigh.

“Por favor,” ela sussurrou. “Tente entender. Não é que estamos desistindo, apenas—”

“Eu disse não!” Ashleigh rosnou. “Eu sou Luna, e eu sou sua esposa!”

Fiona apertou o maxilar, mas não disse nada.

“Caleb não está morto. Portanto, não haverá lamentação,” ela continuou.

Fiona desviou o olhar, respirou fundo e então virou-se novamente para Ashleigh. Ela deu dois passos à frente e fixou os olhos na jovem.

“Você vai retornar para Verão, minha Luna?” Fiona perguntou, levando o punho ao coração e abaixando a cabeça enquanto mantinha o contato visual.

Era claro que Fiona estava irritada, mas foi sua voz calma e tom formal que fez Ashleigh engolir em seco nervosamente.

“Não,” Ashleigh respondeu, sua voz mais suave do que ela gostaria. Mas, ela acrescentou, “eu vou manter meu foco onde deve estar, em trazer Caleb para casa.”

Fiona acenou com a cabeça e se ergueu.

“Não incluiremos Caleb na pira pelos perdidos na guerra,” ela disse.

“Bom,” Ashleigh respondeu com um suspiro de alívio.

“Seis meses,” Fiona disse.

Ashleigh sentiu um peso súbito no estômago enquanto Fiona dava mais um passo em sua direção.

“O quê?” ela perguntou.

“Se você não o encontrar ou se ele não retornar nesse tempo,” Fiona pausou, abaixando os olhos e engolindo. Ela levou um momento antes de olhar de volta para Ashleigh e continuar. “Nós faremos sua vigília. Nós lamentaremos por ele. Nós seguiremos em frente.”

Ashleigh sentiu uma onda de pânico tomando conta dela.

“Você não pode fazer isso!” ela gritou. “Eu sou Luna de Verão. Eu—”

“Não,” Fiona interrompeu. “Você é a companheira de Caleb, sua esposa. Eu te disse há muito tempo que, se você pensar apenas nele, só poderá ser sua companheira.”

Ashleigh engoliu em seco. A raiva e a dor cresceram dentro dela.

“Eu continuarei a servir como Luna de Verão por enquanto,” Fiona disse calmamente. “Mas se você encontrar o caminho de volta para ser ela novamente, eu felizmente deixarei o cargo.”

Fiona não disse mais nada. Em vez disso, ela se virou e deixou a casa.

Ashleigh caiu no sofá com um soluço. Mais uma vez, as lágrimas, a raiva e a dor a consumiram.

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