Liberar-me, Amar de Novo-O Casamento Relâmpago com o Sr. CEO - Capítulo 722

Capítulo 722: Nunca Faltam Maneiras de Fazer Alguém Desaparecer

Arwen veio a conhecer e entender Aiden bem demais. Ela não quer exagerar, mas estava bem ciente de que ele deixaria qualquer coisa passar, menos uma tentativa feita contra ela.

E foi por isso que ela também sabia que, mesmo que ele estivesse sentado —calmo e composto, bem ao lado dela, ainda assim Selene não escaparia de sua ira após o que ela tentou.

De um lado, Arwen não tinha simpatia por Selene. Ela sabia que Selene merecia cada consequência que Aiden estava prestes a impôr sobre ela.

Mas, por outro lado, quando se lembrava de como Selene uma vez ajudou Aiden quando ela não estava ao seu lado, sentia que devia a Selene a última gota de misericórdia —a misericórdia que seria um pouco melhor do que o pior.

Pressionando os lábios em uma linha fina, ela se virou e estendeu a mão para pegar as mãos de Aiden nas suas. “Marido!”, ela chamou suavemente, um tom que já dizia muito sobre sua intenção.

Como Aiden não perceberia?

Suas sobrancelhas se franziram, e ele olhou para ela, pronto para recusar seu pedido.

No entanto, antes que pudesse, Arwen falou urgentemente, tirando sua chance. “Eu não estou pedindo para você relevar. Ouça-me primeiro”, ela disse.

A expressão de Aiden não se suavizou.

Ela tomou seu silêncio como um sinal e continuou, “Selene merece cada punição que você decidiu para ela. Pelo que ela tentou, não podemos perdoá-la. E não estou pedindo para você perdoá-la. Mas não podemos simplesmente esquecer o que ela fez por Mamãe.”

“Ela doou o sangue quando Mamãe mais precisava. E por isso —acho que ela merece um pouco de misericórdia. Não uma chance, mas misericórdia —misericórdia que a salve do pior.”

Os olhos de Aiden permaneceram sombrios. Seu maxilar tenso não se soltou.

Arwen esperou que ele falasse, mas quando não o fez, ela suspirou. “Certo, não vou te forçar a fazer o que você não acha certo. De qualquer forma, ela mereceu cada parte disso. Então, mesmo que ela enfrente sua pior ira, seria tudo por culpa dela. Ela pediu por isso.”

Aiden olhou para ela, e ela acenou com a cabeça.

“Não me olhe assim. Eu nunca fui a favor da Srta. Martin”, Arwen disse, dando de ombros. “Eu só estava dizendo, pensando que ela uma vez mereceu um crédito que não podemos simplesmente ignorar tão facilmente.”

“O mérito dela não lhe fornece a licença para agir contra você.” Seu tom era escuro, e da maneira que ele disse, Arwen não pôde retrucar.

Ela assentiu. “Claro. Não fornece. Eu nunca disse que fornecia.”

“Você nunca disse, e é por isso que estou te dizendo que ela enfrentará tudo o que merece. Ela enfrentará tudo que a fará se arrepender de cada uma de suas ações.” As palavras e a voz de Aiden estavam impregnadas com uma fúria que era suficiente para queimar uma pessoa viva.

Arwen sabia que ele estava se contendo todo esse tempo. Mas a este ponto, ela nunca percebeu.

“Certo, eu entendo. Faça como você pensou. Eu não estou te parando.” Ela disse, dando um tapinha nas costas da mão dele na tentativa de acalmar sua raiva.

Ele a encarou. E quando ela pensou que ele estava se levantando e indo embora, ele, em vez disso, a envolveu em seu abraço —firme e apertado.

Ela não conseguiu reagir a tempo. Sua mão permaneceu no ar até ouvi-lo sussurrar perto de seus ouvidos.

“Eu não vou deixar ninguém ser tão audacioso. Você é meu limite, Lua. Quem tentar te tocar terá que sofrer… sofrer o pior!”

A expressão de Arwen suavizou quando o ouviu. Suas mãos seguraram firmemente, mas tranquilamente suas costas enquanto ela murmurava. “Confio em você. Você não vai deixar ninguém me machucar. E se alguém fizer isso, você —”

“Não,” Aiden a interrompeu bruscamente. Afastando-se, ele balançou a cabeça, seu olhar firme e sério. “Você não vai se machucar.”

Ela sorriu, então acenou com a cabeça. “Eu não vou. Agora, você pode respirar fundo e se acalmar? Você parece pronto para sair para uma guerra.”

Aiden franziu a testa, e quase naturalmente, a mão de Arwen se levantou para esfregar as rugas que se formaram entre suas sobrancelhas.

“Quantas vezes eu disse que você não deveria franzir assim?” ela franziu os lábios. “Se você continuar a franzir a testa assim, vai ter rugas e parecerá mais velho do que já é. E acredite, eu valorizo a aparência. Se amanhã você não estiver bonito, posso ir procurar outra pessoa. Você sabe, nunca falta opção.”

“Se não faltar,” Aiden segurou o queixo dela entre seus dedos. “Então eu vou garantir que falte.”

Arwen arqueou as sobrancelhas, intrigada. “E como você vai fazer isso?”

Aiden simplesmente sorriu. “Você sabe, nunca falta maneiras de fazer as pessoas desaparecerem. E acredite, Lua, eu já as dominei todas.”

Suas pupilas dilataram antes dela estreitá-las para ele. “A sociedade ainda não se tornou tão sem lei, querido marido. Então, em vez de pensar em maneiras de fazer as pessoas desaparecerem…” ela pausou apenas para passar o dedo pelo nariz dele, “eu sugeriria que procurasse uma maneira de se manter à altura. Mesmo que você envelheça, ainda deve ser o suficiente para me manter interessada.”

Foi então que o telefone de Arwen tocou na cama.

Quando ela virou para verificar, era um número desconhecido. Suas sobrancelhas se arquearam ligeiramente enquanto ela o pegava para atender.

Ela olhou para o número por um momento, mas não conseguiu reconhecê-lo. Movendo o ícone, ela atendeu, apenas para ouvir uma voz estrangeira através da linha da chamada.

“Olá!”

“Olá! Estou falando com a Srta. Quinn?”

Arwen olhou para Aiden e então assentiu, respondendo, “Sim. Posso saber quem é?”

“Boa noite, senhora. Eu sou Ivy, assistente do Dr. Calvin e estou ligando de sua mesa. Trata-se do seu agendamento marcado com ele para amanhã. Você pode confirmar se irá nos visitar amanhã ou se devemos remarcar para outro dia?”

Arwen pausou — não porque estava tendo uma segunda opinião. Mas porque Aiden estava sentado na frente dela.

Será que ele ouviu?