Liberar-me, Amar de Novo-O Casamento Relâmpago com o Sr. CEO - Capítulo 703
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Capítulo 703: Isso foi por causa dela?
Do outro lado —
Arwen estava no volante, dirigindo o carro ela mesma. Ela não teve tempo de pedir a Alfred para preparar o carro. Simplesmente pegou a chave apressadamente e saiu correndo pela porta.
O motor rugiu enquanto o carro disparava pela rua. Não era tarde, e a cidade ainda estava agitada com pessoas e tráfego. Mas nada disso importava. Sempre que via uma abertura, pressionava mais o acelerador, desviando pelo caminho.
Seu peito estava apertado, sua respiração irregular. Seus olhos ardiam — ainda não de lágrimas, mas de algo mais pesado, algo que ela não podia parar ou controlar. Ela não tinha como se acalmar, pensar ou diminuir a velocidade.
Vermelho.
Amarelo.
Verde.
Não importava. Ela ignorava todos os sinais sem hesitação, ignorando as buzinas estridentes, as luzes piscantes, o chiado dos pneus enquanto os motoristas freavam para evitá-la. Sua mão estava tão apertada no volante que seus nós dos dedos estavam completamente brancos.
Seu telefone tocou no banco ao lado, vibrando insistentemente. Mas ela não se importou em dar sequer uma olhada.
Tudo o que importava era chegar ao seu destino o mais rápido que pudesse. O mais rápido possível.
Seu pé pressionou novamente, levando o Mercedes aos seus limites, como se a velocidade por si só pudesse acalmar o medo que roía dentro dela.
E logo, num piscar de olhos, ela parou em frente a um prédio branco e luminoso.
Hospital da Cidade de Cralens.
Sua respiração prendeu quando seus olhos se fixaram na entrada, preocupação gravada em cada detalhe de seu rosto. Apressadamente, ela desabotoou o cinto de segurança com os dedos trêmulos e empurrou a porta para sair apressada.
Dentro do hospital, o cheiro estéril de desinfetante a atingiu imediatamente, mas ela não parou. Olhou rapidamente ao redor antes de correr para o balcão de recepção.
“Com licença,” ela disse, sua voz tensa enquanto tentava chamar a atenção da enfermeira. “Estou aqui pelo Sr. Idris Quinn. Poderia me informar em qual andar e quarto ele está?”
A enfermeira levantou o olhar, depois assentiu antes de se virar para verificar os registros. “O Sr. Idris Quinn foi trazido primeiro para o pronto-socorro,” ela informou após um momento. “Mas ele está sendo transferido para a UTI. Fica no sétimo andar, à esquerda.”
O coração de Arwen caiu no instante em que ouviu a palavra “UTI”. Sua garganta se sentiu apertada. Ela deu um rápido aceno de agradecimento antes de se virar e correr em direção ao elevador.
A subida parecia excruciantemente lenta. Cada número de andar acendia como um lembrete pesado de quão pouca controle ela tinha sobre as coisas.
O elevador finalmente abriu com um sinal sonoro no sétimo andar, ela saiu, seu pulso martelando em seus ouvidos.
“Srta. Quinn!”
A voz a fez parar no meio do passo. Ela se virou e encontrou Robin, a secretária de seu pai, correndo em sua direção.
Ela se moveu rapidamente em sua direção. “Como ele está agora?” ela perguntou imediatamente, suas sobrancelhas franzidas em preocupação, ignorando todas as formalidades.
A expressão de Robin era sombria. Ele balançou a cabeça. “A situação dele não é muito favorável. Ele acabou de ser transferido para a UTI, e os especialistas estão monitorando-o de perto.” Ele gesticulou em direção ao corredor que leva ao quarto de Idris.
O peito de Arwen se apertou dolorosamente, uma culpa pesada assentando sobre ela como uma sombra.
Foi por causa dela?”
Ela havia dito a si mesma que não se importava mais, que cortar os laços a libertara. Mas no momento em que ouviu que seu pai havia sofrido um ataque cardíaco, ela deixou tudo de lado e correu para cá. E isso tornava a verdade inegável —ela ainda se importava.
“Como tudo aconteceu?” Sua voz tremia, apesar de seu esforço para se manter firme. “Ele não estava bem anteriormente?”
Ela só queria ouvir que não foi por causa dela. Não porque queria evitar a culpa, mas porque não suportava carregá-la.
Robin hesitou, seus olhos piscaram com incerteza. Era como se ele estivesse lutando para decidir se deveria ou não contar tudo a ela.
“Conte-me,” Arwen pressionou, percebendo bem sua hesitação.
Ele exalou lentamente, abaixando o olhar. “O Senhor não está indo bem há muito tempo,” ele admitiu discretamente. “Desde o dia em que você saiu de casa, ele tem estado… lutando. Culpando a si mesmo. Todo dia, todo minuto, todo segundo. Ele tem dependido bastante de medicamentos que enfraqueceram seu corpo. Sua condição piorou ainda mais quando sofreu seu primeiro ataque cardíaco no exterior, há cerca de uma semana.”
Arwen congelou momentaneamente ao se virar para olhar para ele como se para confirmar.
Há uma semana?
Robin assentiu, confirmando sua descrença. “Sim, Senhorita. Hoje não foi a primeira vez. Os médicos no exterior aconselharam-no a descansar, a recuperar-se adequadamente, mas… ele insistiu em uma alta antecipada. Ele queria voltar para casa o mais rápido possível para parar o que quer que estivesse acontecendo, mas…”
O resto, Arwen podia imaginar. Não era difícil.
Ele queria voltar no dia em que teria ficado sabendo de tudo. Mas o primeiro ataque o atingiu, e ele foi adiado. E quando apareceu, não havia mais nada para recuperar.
Tudo isso deve ter só aumentado sua culpa, levando à sua situação de hoje.
“Srta. Quinn, o Senhor tem se culpado bastante nos últimos dias. Ele queria ver você, mas não teve coragem suficiente para enfrentá-la.” Robin hesitou um pouco, mas não conseguiu deixar de contar tudo. “Mesmo hoje, ele queria chamar você. Para pedir desculpas por tudo o que aconteceu na festa. Mas então… ele não conseguiu se decidir. E foi quando ele desabou.”
Os dedos de Arwen se apertaram, e ela não conseguiu conter as lágrimas que estavam presentes o tempo todo.
“Eu chamei você aqui porque pensei que o Senhor gostaria de ver você. Eu sinto muito se ultrapassei limites ou incomodei você.” Robin disse discretamente, seu tom repleto de arrependimento.
Ela o ouviu, mas não respondeu. Em vez disso, ela caminhou em direção à UTI. Seus passos diminuíram enquanto ela chegava às portas de vidro, seu coração batendo dolorosamente contra suas costelas.