Liberar-me, Amar de Novo-O Casamento Relâmpago com o Sr. CEO - Capítulo 662
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Capítulo 662: Uma última chance.
Ryan olhou para ela, um traço de confusão se instalando em suas feições. Ele não entendia por que ela estava mencionando isso agora.
“Nossas mães sempre foram amigas. Nós fomos apresentados quando éramos bem jovens, e você estava —”
“Ryan!” Arwen interrompeu firmemente. “Eu mal tinha três anos na época. Eu não me lembraria de você daquela época. Não é disso que estou perguntando. Estou falando sobre o tempo em que ambos éramos velhos o bastante para lembrar das pessoas que conhecemos.”
Ela pausou um pouco, seu olhar incansável, antes de repetir sua pergunta novamente. “Você ainda se lembra daquele tempo?”
Ryan franziu as sobrancelhas, pensando. Ele assentiu, um pouco hesitante. “Nós nos encontramos depois… no hospital.” Sua voz suavizou enquanto ele buscava o rosto dela apenas para saber se era daquele tempo que ela estava falando. “Você tinha acabado de acordar depois que a anestesia tinha passado. Tia Catrin nos apresentou naquela ocasião.”
Arwen assentiu, confirmando. “Sim. Era desse tempo que estou me referindo. Mas Ryan… você também lembra o que ela disse quando te apresentou?”
“Ela —” Ele abriu a boca para responder, mas parou no meio do caminho, percebendo algo. “Ela —” ele hesitou novamente.
O olhar dela segurou o dele firmemente, esperando que ele completasse. Mas ela sabia que ele não conseguiria fazer isso. Então, quando ele não conseguiu, ela o ajudou a terminar.
“Ela te apresentou para mim, dizendo que você me salvou. Você foi quem me trouxe para o hospital. Que se não fosse por você… eu não teria sobrevivido.”
A expressão de Ryan mudou, os lábios se separando levemente ao ouvir Arwen repetir as palavras exatas de Catrin —as mesmas palavras que moldaram uma parte dela como… sua vida.
Ela o olhou antes de repetir mais uma vez. “Você realmente foi quem me levou ao hospital naquele dia?” seu tom quieto, quase tranquilo demais.
“Eu —” Ryan começou, mas naquele momento, uma batida na porta o interrompeu.
Ele virou a cabeça no momento em que a porta deslizou e se abriu.
“Senhora, seu pedido está pronto,” o garçom anunciou. No aceno de Arwen, ele entrou, empurrando os pratos cobertos.
Após arrumar tudo na mesa, ele fez uma reverência cortês. “Por favor, aproveitem sua refeição. Estarei bem do lado de fora se precisarem de algo.” Então ele saiu silenciosamente, fechando a porta atrás dele.
O silêncio voltou.
Arwen virou-se de volta para Ryan, sua expressão indecifrável. “Parece que você finalmente se lembrou disso.”
“A-Arwen, eu estava lá com você, e Tia Catrin achou—”
“Eu não quero saber o que a Senhora Quinn pensou, Ryan,” ela o cortou. Sua voz estava composta, mas o peso por trás de suas palavras era afiado. Ela o olhou brevemente, então começou a se servir lentamente, cada movimento preciso. “Eu só quero que você confirme novamente… Você foi mesmo quem me salvou?”
O rosto de Ryan ficou levemente pálido de culpa. Seus dedos se fecharam em um punho ansioso sobre a mesa.
Arwen percebeu, mas ela não pressionou. Ela simplesmente esperou… por ele confessar.
Ela sabia que ele faria isso. Ela estava dando a ele a chance e o espaço para fazê-lo… voluntariamente.
Uma última chance.
Enquanto ela cortava seu bife, Ryan finalmente fechou os olhos, como se se preparasse para dizer o que deveria ter sido dito há muito tempo.
“Não fui eu.” Sua voz era baixa, tingida de culpa. “Eu não fui quem te salvou. Eu não te levei para o hospital naquele dia.”
Os dedos de Arwen se apertaram em volta da faca e do garfo. Seu movimento parou por um momento, mas ela não reagiu externamente. Ela permaneceu calma.
“Não foi você,” ela disse, voz baixa. “Mesmo assim você aceitou o crédito por isso. Por que? O que te fez tão desesperado por isso?”
Ryan balançou a cabeça rapidamente. “Não, não é assim,” ele disse desesperadamente. “Eu nunca tive a intenção de aceitar o crédito. Eu só… não percebi o que Tia Catrin estava dizendo na época. Eu estava distraído, e mais tarde —
“Sério?” Arwen perguntou friamente. “É assim que você se convenceu todo esse tempo?”
“Não, Arwen. Eu juro, eu não queria aceitar isso. Eu só não a ouvi claramente naquela época.”
“Não foi apenas uma vez que ela disse isso,” Arwen respondeu severamente. “Ela continuava repetindo —de novo e de novo —até se tornar a única coisa que eu lembrava. Então não me diga que você nunca teve a chance de esclarecer isso.”
“Eu —”
“Ryan,” ela disse rispidamente, largando a faca e o garfo com um som agudo. “Admita. Você teve a chance de dizer a verdade. Você simplesmente escolheu não fazer isso. Não apenas uma vez, mas todas as vezes desde então.”
Ryan abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. Lá no fundo, ele sabia que ela estava certa. Houve momentos —muitos deles —onde ele poderia ter contado a verdade. Mas ele não contou.
“Você gostava de ser o salvador aos meus olhos,” ela disse amargamente. “Você gostava de ver eu confiar em você, gostar de você, acreditar em algo que nunca foi seu para começar. Você me deixou colocá-lo em um pedestal construído sobre o feito de outra pessoa.”
Ryan engoliu em seco, incapaz de encontrar o olhar dela.
“Você não apenas ficou em silêncio, Ryan,” Arwen disse, sua voz firme e cortante. “Você foi cúmplice. Em cada palavra que eu disse, em cada gratidão que eu mostrei a você, você estava lá —deixando acontecer. Até nosso noivado.”
Se não fosse por dever a ele naquela única vez, Arwen nunca teria concordado com o chamado arranjo cuidadoso de Catrin. Toda a base disso era sobre esse único incidente.
Foi assim que sua mãe a fez concordar —fez ela fazer tudo que Arwen não teria feito se não fosse por aquele único incidente.
Ryan se sentiu culpado. Mas agora, não parecia haver uma maneira de corrigir as coisas. Não foi ele quem confessou tudo… voluntariamente.
“Arwen, eu sinto muito. Eu —”
“Não se desculpe,” Arwen levantou um dedo para detê-lo. “Pois você não sabe o dano que causou por não dizer a verdade. Eu não quero seu pedido de desculpas, pois não mudará nada agora.”
Ela soltou um suspiro —suave, mas exausto. “Apenas… apenas me diga o que aconteceu naquele dia, eu quero saber.”