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Capítulo 518: Refém.
Ryan parou no meio do passo, e suas sobrancelhas se franziram. “O que você está fazendo aqui?”
Mas, em vez de respondê-lo, o olhar de Delyth estava fixo em Zenith, encarando-a como se a mera visão dela fosse uma afronta.
Zenith se mexeu ligeiramente, sentindo-se desconfortável sob seu olhar, mas manteve a compostura, oferecendo um sorriso educado. “Srta. Ember,” cumprimentou em um tom calmo e profissional, como sempre faria.
Ela não sabia muito sobre Delyth, mas sabia uma coisa —Ryan se importava com ela mais do que com qualquer outra mulher. Isso por si só era o suficiente para fazer Zenith tratá-la com cortesia. Não porque quisesse, mas porque sua posição exigia isso.
Delyth não devolveu o cumprimento. Seus olhos permaneceram frios, como se ela guardasse um rancor profundo e ardente.
“Delyth!”
Ryan chamou seu nome novamente, claramente não gostando da maneira como ela olhava para Zenith. Ele se colocou entre elas, bloqueando sua linha de visão. “Eu perguntei —por que você está aqui?”
“Por que eu não posso estar aqui, Ryan?” ela finalmente estourou, sua voz impregnada de culpa e amargura. “Faz uma semana que fui transferida para este hospital. Mas parece que você esqueceu… assim como você esqueceu de mim.”
“Eu não esqueci de nada, Delyth,” Ryan respondeu, o maxilar apertado. “Seu médico me mantém informado sobre sua recuperação. Eu sei que você está quase curada das consequências da cirurgia.”
“Você sabe?” Delyth riu vazia, o som agudo e zombeteiro. “Do jeito que você tem estado ausente, quase acreditei que tinha parado de se importar. Achei que você tinha deixado completamente de lado a promessa ao meu irmão.”
Zeke ainda era seu ponto sensível. E a menção de seu nome era suficiente para lembrá-lo de tudo —a promessa que ele havia feito e tudo o que havia perdido por causa daquela única promessa.
“Tenho estado ocupado com o trabalho, Delyth,” disse ele entre os dentes cerrados. “E apesar disso, me certifiquei de que todas as suas necessidades fossem atendidas. Você será liberada em breve, e seus documentos de viagem foram organizados. Você pode se preparar para deixar o país conforme planejado.”
Suas palavras também foram um lembrete —para Delyth. Um lembrete de algo do qual ele não iria ceder, e um arranjo do qual ele não permitiria que ela se afastasse.
Os dedos de Delyth se curvaram firmemente em suas palmas, mas ela forçou um sorriso, que não disfarçou completamente o sinal de desagrado em seus olhos. “Sim, eu sei.”
Sem dizer mais nada, ela se virou e foi embora.
Ryan observou suas costas em retirada em silêncio antes de finalmente se virar para Zenith, sua expressão suavizando, sutilmente. “Não se preocupe com ela,” disse gentilmente. “Ela não viria mais para incomodá-la. Você descanse e recupere-se logo.”
Zenith piscou.
Ele estava… protegendo-a de Delyth?
Ela não tinha certeza. Mas suas palavras pareciam um escudo —como uma silenciosa garantia.
Ela assentiu. “Certo, senhor. Por favor, siga em frente. Não quero incomodá-lo mais.”
Ele deu uma última olhada antes de finalmente deixar o quarto.
Zenith observou-o sair. Ela teve um sentimento misto naquele momento —por tudo. Ela quase pensou que havia perdido seu emprego, mas não só não perdeu, como a atitude de seu chefe a confundiu.
Ryan não era uma pessoa arrogante —ela sabia. Mas ele também não era uma pessoa que pediria desculpas a qualquer um.
E foi por isso que, quando ele se desculpou com ela pela noite anterior, ela ficou perplexa. Ela não sabia como reagir. Envergonhá-lo mais definitivamente não estava em seus pensamentos, então quando ele ofereceu a ela a escolha de voltar ou não, ela concordou.
***
Enquanto isso, na Residência Winslow —
Arwen tinha acabado de sair do banheiro depois de se refrescar, o vapor ainda se enrolando ligeiramente no ar. Enquanto estendia a mão para a toalha, seu telefone vibrou no aparador.
Ela pensou que poderia ser Aiden, mas quando foi olhar —não era ele.
Era Gianna.
Seus lábios se curvaram em um sorriso suave e afetuoso enquanto pegava a chamada. “Olá, Anna! Como estão as coisas em casa? Você está aproveitando seu tempo aí?”
Ela esperava as reclamações habituais —algo sobre sua mãe matriculando-a em mais uma aula de culinária.
Mas em vez disso, tudo o que ouviu foi seu choro através da linha.
“Wenna…!”
Arwen congelou, instantaneamente alarmada. “Anna? O que há de errado? Você está chorando? Aconteceu alguma coisa? Você discutiu com sua mãe novamente? Não me diga —”
“Que discussão, Wenna?” Gianna chorou, sua voz tremendo. “Eu tive um acidente! Um acidente terrível e horrível.”
Acidente terrível e horrível?
Arwen fez uma pausa, cética por apenas um segundo. Se fosse verdadeiramente terrível, Gianna não estaria em condições de fazer essa chamada.
Tentando manter a calma diante do que provavelmente eram mais uma das dramatizações de Gianna, ela perguntou, “Que tipo de acidente, Anna? Você está machucada? Está no hospital? Quem está com você e você ligou para seus pais?”
“Eu não posso ligar para eles,” Gianna soluçou. “Eles não conseguiriam vir de qualquer forma.”
“Por que não?”
“Porque eu já voltei para Cralens. Eles teriam que reservar um voo para chegar aqui.”
Arwen piscou, confusa. “Você está de volta?” perguntou, antes de adicionar, “Não faz nem uma semana desde que você saiu. Por que voltou tão de repente?”
“Minhas pernas!” Gianna chorou de dor, ignorando a pergunta. “Elas estão arruinadas, Wenna! Não acho que poderei andar novamente!”
Isso foi o suficiente para fazer o coração de Arwen afundar. Mas o puro drama na voz de Gianna a fez parar. Se ela estava chorando tão alto e ainda falando frases completas, provavelmente não era algo que ameaçasse a vida.
Ainda assim, o pânico começava a se espalhar. “Do que você está falando, Anna? Você ainda está falando com tanta energia, não pode ser tão terrível.”
“Wenna, eu —”
Antes que Gianna pudesse continuar, Arwen interrompeu, seu tom ficando agudo com urgência. “Me diga, onde você está agora? Eu irei até você. Qual hospital é?”
Houve uma pausa na linha…
Assim que Arwen abriu a boca para perguntar novamente, ela finalmente ouviu Gianna sussurrar —
“Eu não estou em um hospital, Wenna.”
Arwen franziu a testa. “Não está no hospital? Então onde você está?”
“Eu… eu não sei. Em algum lugar…” A voz de Gianna tremeu, mas foi só por um momento. Logo, sua voz voltou ao original, e ela acrescentou. “A pessoa que me atingiu… eles me mantiveram como refém.”