Capítulo 478: Sua filha? Arwen.

Catrin ainda se lembra —a cada decisão de Brenda, sempre havia uma pessoa que se opunha.

Não porque sempre havia outra melhor decisão em contraste a ela…

Mas sim porque Andrew Adkins simplesmente achava divertido se opor a Brenda Davies.

Ele simplesmente não queria dar um caminho fácil.

Como se estivesse lá apenas para tornar as coisas difíceis para ela.

Então, Catrin tinha muita certeza de que esta vez não seria diferente. Enquanto ela der a ele uma razão para se opor, ele fará tudo de bom grado.

“Sr. Adkins, você já deve saber que esta noite não é apenas a celebração do sucesso da empresa,” Catrin disse, seu tom ficando sério de forma tão natural. “Minha mãe está planejando passar a liderança da empresa para alguém que nem é merecedor. Sendo um dos stakeholders, você vai apenas assistir?”

Andrew arqueou as sobrancelhas. “Alguém não merecedor?” perguntou, segurando a haste de sua taça enquanto girava a bebida de maneira descontraída. “Isso não poderia estar acontecendo. Você não conhece sua mãe melhor do que eu, Catrin?”

Claro que ela conhecia.

Mas ela também acreditava que para derrotá-la, sua mãe iria a qualquer extremo. E é exatamente isso que ela estava fazendo —escolhendo outra pessoa para passar a autoridade e responsabilidade.

“Eu a conheço, e é por isso que sei que o que ela está fazendo não é certo,” disse, seu olhar reluzindo com hostilidade, olhando para o horizonte. Mas então, piscando, ela olhou de volta para o homem e continuou, “Sr. Adkins, Davies Internacional tem um significado que eu não consigo expressar. É muito importante para mim, mais do que qualquer um poderia, e é por isso que preciso da sua ajuda. Porque eu sei que ambos compartilhamos um sentimento mútuo pela empresa. Nenhum de nós quer vê-la passar para as mãos erradas.”

Ela disse e esperou que Andrew concordasse em cooperar com ela. Ela estava tão confiante que seus olhos já estavam brilhando.

Andrew Adkins a viu assim e não pôde deixar de sorrir. Seu olhar envelhecido era profundo, como se ele estivesse pensando em algo próprio, sorrindo sobre isso.

Era confuso, mas como ele era a única esperança restante para ela, Catrin estava pronta para ser o mais paciente possível.

Ela esperou… e esperou…

Até Andrew finalmente falar, “De fato, não vou ficar parado e ver Davies Internacional cair nas mãos erradas.”

Catrin sabia disso. Ela estava prestes a pular de empolgação, pronta para discutir o plano ou como poderiam prosseguir, mas suas ideias e palavras foram suspensas quando Andrew a interrompeu com um—

“Mas…” Andrew interrompeu.

“Mas?”

“Mas eu não acho que está sendo passado para mãos erradas,” disse ele, suas palavras tingidas com uma forte convicção.

Quando Catrin o ouviu, ela não conseguiu evitar franzir a testa. “O que você quer dizer, Sr. Adkins?” perguntou.

Andrew sorriu e tomou um gole despreocupado de seu champanhe. “Eu quis dizer exatamente o que disse. Pela primeira vez na história, eu não tenho motivo para me opor à sua mãe. Eu concordo com ela na decisão dela.” Ele fez uma pausa antes de continuar com um sorriso, “E como concordo com a decisão dela, não vejo motivo para me opor.”

“Como você pode concordar com uma decisão tão incompetente dela?” Ela não podia mais se conter. Era frustrante. Ela achou que seria fácil fazê-los ver seu ponto de vista. Mas só agora percebeu que eles estavam tão certos de tudo que ela susteve a questão de falar.

Era como se nos olhos deles, eles já tivessem aceitado.

Como sua mãe poderia fazer todos aceitarem alguém assim?

E, Margaret realmente era tão capaz que todos estavam prontos para depositar sua fé nela? O que ela fez para merecer isso?

Seus registros não têm nada que valha tanto…

As sobrancelhas de Andrew franziram enquanto ele observava Catrin. “De todos, Catrin, eu não esperava que você duvidasse da decisão da sua mãe. Afinal, melhor que ela, você deve conhecer a capacidade que sua filha tem.”

Catrin foi pega de surpresa. Ela pausou, sem entender o que ele quis dizer com aquilo.

Sua filha? Arwen.

O que isso tem a ver com ela?

Antes que pudesse perguntar a ele, uma comoção repentina irrompeu na entrada.

Conversas se acalmaram enquanto todos se viravam em direção à porta, curiosos para ver quem havia chegado.

Mas quando após alguns momentos ninguém entrou, alguém murmurou, “Parece que eles foram parados pelos repórteres lá fora.”

“Mas quem é?” outra pessoa perguntou com curiosidade na voz.

“É o Vice-Presidente da Davies Internacional, parece,” um convidado ofereceu, “Enquanto eu vinha mais cedo, ouvi alguém cochichando.”

“O Vice-Presidente” outra voz interveio, surpresa. “Não é que essa posição sempre esteve envolta em mistério?”

“As pessoas conhecem o título, mas não a pessoa,” alguém concordou. “Ele sempre trabalhou nas sombras, sem vir à luz.”

“É dito que apenas alguns executivos de topo o viram,” outro convidado acrescentou. “Mesmo os principais acionistas não o viram. Mas como a empresa nunca sofreu, ninguém se preocupou em investigar quem trabalhou por trás do sucesso.”

“Na indústria, ele já está sendo tratado como uma jóia misteriosa. Muitos tentaram atraí-lo, mas ninguém teve sucesso.” Alguém revelou, fazendo todos pensarem mais profundamente. Afinal, lealdade vem com uma razão.

“Para alguém assim finalmente fazer uma aparição pública hoje… poderia haver uma razão?” outro convidado finalmente expressou a pergunta na mente de todos.

Sussurros e especulações preenchiam a sala, zumbindo como estática.

Catrin ouviu tudo, sua expressão se obscurecendo. Seus olhos fixos na porta, tensão fervendo sob sua pele.

Mesmo ela não pôde evitar sua curiosidade. Quem era essa pessoa que Brenda havia ocultado tão completamente —mas agora revelou?

Enquanto isso lá fora —

Neil parou o carro suavemente em frente à grande entrada.

“Chegamos, senhor,” ele anunciou.

Aiden se virou para olhar para Arwen, seus olhos suaves mas firmes. “Você está pronta?”

Arwen não respondeu imediatamente. Ela pausou por alguns segundos antes de respirar profundamente.

Então ela se virou para ele e deu um aceno tranquilo e confiante. “Estou.”