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Capítulo 459: Você quer a verdade?
Arwen não estava chateada com Aiden por ter partido sem esperá-la — qualquer um teria feito isso.
Ela estava chateada porque havia prometido buscá-lo, e ainda assim ele esperou tanto tempo que eventualmente teve que ir embora, cansado de ficar ali sem sinal dela.
Sentindo-se decepcionada consigo mesma, ela se virou para ir embora quando a voz de Aiden a interrompeu.
— Lua! —
Ela congelou, por um momento não acreditando ser verdade. Mas então ela se virou para conferir e seus olhos brilharam de alegria ao encontrá-lo ali —parado com um sorriso que ela conhecia muito bem. Um sorriso que era destinado a ela. Reservado só para ela.
Antes que percebesse o que estava fazendo, ela já havia corrido para seus braços, envolvendo os braços em volta do pescoço dele —tudo tão intimamente.
Aiden sorriu antes de levantá-la no ar, segurando-a perto dele —exatamente onde ela sempre pertencia.
Ambos não sabiam o quanto precisavam desse abraço até agora.
Os segundos passaram, mas Arwen ainda não conseguia se soltar. Ela não sentia que era o suficiente. Sabia que sentia saudades dele todas as semanas em que ele estava fora, mas quanto exatamente —só percebeu agora.
Foi apenas quando sentiu os braços dele em volta da sua cintura e a respiração perto do seu ouvido que ela percebeu o quanto sentia falta da proximidade que sempre compartilhavam quando ele estava por perto —a mesma proximidade que sempre a deixava constrangida.
— Parece que sentiu mais saudades de mim do que se atreveu a admitir, — A voz de Aiden veio suave, mas fez o coração de Arwen bater forte no peito.
Isso a deixou nervosa, mas nos braços dele, ela queria ser ousada. Seus lábios se curvaram em um sorriso que demonstrava uma mistura de timidez e confiança.
— Eu senti sua falta, — admitiu. — Muito. —
Os olhos de Aiden se arregalaram ligeiramente. Ele estava brincando com ela, mas não esperava que ela admitisse isso tão rapidamente.
Ele tentou afastá-la, mas Arwen não afrouxou o abraço.
— Lua—? —
— Só mais alguns segundos, por favor. —
O apelo dela foi suave, mas fez com que Aiden a apertasse ainda mais nos braços.
— O tempo que quiser, — ele disse. Ele ficaria mais do que feliz em mantê-la em seus braços por dez vidas, se fosse isso que ela quisesse.
Arwen sabia que ele não a recusaria, mas ainda assim, de alguma forma, isso fez seu coração disparar. Ela respirou seu perfume enquanto deixava seu coração se acalmar. Desde a noite passada, no momento em que ele disse que estava voltando, ela ansiava por sentir isso … sentir ele —e mesmo agora, não havia sido o suficiente.
Quando foi que ela se tornou assim?
A última coisa que lembrava era que nunca se apegava a ninguém assim. Nem mesmo aos seus pais quando era jovem.
Mas ali estava ela, segurando-o como se simplesmente não pudesse soltá-lo.
O burburinho ao redor do aeroporto se misturou enquanto ela permanecia em seus braços. Ela não sentiu o tempo passar, mas muito tempo deve ter se passado porque finalmente ouviu Aiden murmurar em seu ouvido.
— Lua, — ele começou suavemente. — Eu posso te segurar assim por uma eternidade, mas temo que sua cintura vá doer depois se eu continuar te segurando tão firme. Então … podemos escolher uma posição e lugar mais confortáveis? —
Arwen se afastou um pouco para olhar o rosto dele, seus olhos a encarando afetuosamente —como se, se ela pedisse o mundo, ele felizmente daria a ela.
— Minha cintura? — ela perguntou, sem entender por que ele disse aquilo.
Aiden a olhou e fez um gesto para que ela olhasse para baixo.
Ela seguiu o gesto e só então percebeu —
Ele a estava segurando no ar todo esse tempo. Seus pés não estavam no chão; ao invés disso, ela estava nos braços dele, suas cabeças quase na mesma altura.
Ele tinha um metro e oitenta e três e ela apenas um metro e sessenta e cinco —claro, para igualar a altura dele assim, ele deve ter a levantado nos braços.
Isso significa que ele a segurou assim o tempo todo?
Os braços dele …
Ela rapidamente deu um tapinha nos ombros dele, pedindo para que a colocasse no chão.
— Você deveria ter me dito antes, — ela disse, soando constrangida. — Está doendo? —
Ela estendeu a mão para tocar os braços dele, já pressionando os músculos suavemente.
Aiden olhou para baixo, seus lábios se curvando diante do comportamento preocupado dela.
— Não dói, — ele respondeu. — Você não pesa muito. —
Arwen olhou para ele, franzindo a testa.
— Como 58 quilos não pesam nada? Pode me dizer a verdade, Aiden? Se eu te machuquei, diga que te machuquei. Não deixe passar sem que eu perceba meus erros. —
Embora as palavras dele soassem doces —fazendo seu coração acelerar —ela não queria isso o tempo todo.
Ela queria tratá-lo da mesma forma que ele a tratava —com todas as melhores coisas.
Como poderia aceitar seus cuidados tão livremente, quando nem percebia que poderia tê-lo machucado?
— Você teve um voo longo, — Arwen disse, lembrando que ainda estavam no aeroporto. — Você deve estar cansado. Não apenas cheguei tarde, mas também subi em seus braços. Deve estar doendo, não é? — ela perguntou, sentindo-se genuinamente mal.
Ela estava pressionando os músculos dele, tentando aliviar a dor que poderia ter causado sem querer.
Aiden a olhava, absorvendo sua preocupação. Embora não aguentasse vê-la triste, vê-la tão preocupada e atenciosa com ele, fazia seu coração se sentir profundamente satisfeito.
Ele a deixou pressionar um pouco mais, aproveitando os toques suaves e gentis dela. Mas quando percebeu que ela estava se culpando internamente, ele estendeu a mão e colocou-a sobre a dela, interrompendo seus movimentos.
Ela olhou para ele e seus olhos se encontraram.
— Quer a verdade? — ele perguntou, olhando direto nas pérolas azul-cinzentadas dela.
Arwen engoliu em seco antes de concordar, — Sim, quero a verdade. A verdadeira verdade. Não quero que esconda a sua dor, só porque isso pode me machucar. Quero saber de tudo. Quero conhecer você. —