La Esposa del Demonio - Capítulo 73

73: Market-I 73: Market-I Assustada, Lady Elise virou os olhos em direção à porta de onde vinha o som. Da mesma forma, Lord Ian olhou para a porta, mas ao contrário de Elise, ele não estava surpreso. O sorriso que ele tinha se transformou em uma linha fina enquanto franzia a testa concentrado.

“Que som é esse?” ela perguntou quando o som de guincho se transformou em batida.

“O pintinho.” respondeu Ian, caminhando até a porta ele puxou a porta para que o pintinho, que estava batendo e talhando a porta com o bico, perdesse o equilíbrio e caísse de cara no chão.

“Droga!” Hallow, o ceifador que agora se transformou em um pintinho, xingou. “Essas perninhas pequenas não conseguem se equilibrar! Como um pintinho pode ter um estômago grande, mas pés tão pequenos?! As proporções são totalmente desequilibradas!” Hallow tentou esfregar o bico, mas não tinha mãos para fazer isso.

“Acalme-se pintinho antes que eu faça uma canja de você.”

Hallow cruzou as asas sobre o que imaginava ser sua cintura e bufou, “Faça canja de mim se quiser e sua informação morre comigo!” virando o rosto para o outro lado, ele então virou levemente para espiar por entre as pálpebras para ver que a expressão de Ian estava séria e acrescentou, “Só para você saber, um pintinho não é delicioso para ser ensopado.” Lady Elise notou que às vezes Hallow parecia ser corajoso, mas então vinha sua razão para que o Mestre Ian não o machucasse.

“Um pintinho não é delicioso para ensopar, filhote?” a pergunta foi dirigida a Elise, e ela pensou duas vezes antes de encontrar os olhos com Hallow, que então lhe deu um olhar como se estivesse implorando. Seus grandes olhos verdes pediam a ela para dizer não e ajudar.

“Eu não acho que nunca vi alguém ensopar um pintinho antes, Mestre Ian. Eles costumam ser mantidos para alimentar e crescer.” respondeu Lady Elise, o que fez Hallow sorrir amplamente com o bico.

“Viu só! Você ouviu isso?! Até a garota humana sabe que eu não sou delicioso.” bufou Hallow.

“Podemos tentar e descobrir então,” sorriu Ian, intimidando o ceifador a engolir seus gritos internamente.

“Enfim, o que ela está fazendo aqui?” Hallow desviou a conversa, suas pernas indo para a direita e esquerda tentando encontrar seu caminho e tentando pular em direção à mesa com grande dificuldade.

“E o que você está fazendo aqui?” Ian questionou, seus olhos sangrentos viam o pintinho como uma inconveniência.

“Eu sinto cheiro de morte, então vim para cá.” respondeu Hallow, seus grandes olhos verdes se voltaram para o lado e ele começou a apontar para Ian. “O fedor está ficando mais forte vindo de você! O que você fez?”

“O cheiro de morte vem do Mestre Ian?” Lady Elise manteve seus olhos azuis arregalados. Não era isso algo perigoso?

“Sim!” Hallow balançou a cabeça para cima e para baixo, “Você vê, normalmente este cheiro de morte permanece ao redor das pessoas que estão indo ou prestes a morrer e eu posso sentir isso de você, mas isso é estranho, antes você não exalava nenhum cheiro e agora você está fedendo!”

Lady Elise olhou para ele, uma preocupação séria marcava seu rosto enquanto Ian mantinha uma expressão inalterada como se estivesse bem com a revelação.

“Você pode ver o tempo de morte do Mestre Ian, Hallow?” perguntou Elise e o pintinho resmungou estranhamente,
“Como você sabe que eu posso ver o tempo de morte, garota humana?” Pelo que ele sabia, os humanos não deveriam saber que os ceifadores eram capazes de ver o tempo de morte em cada alma. Então como ela poderia saber disso?

“Eu li uma vez em um livro que ceifadores manipulam o tempo para ceifar as almas alheias.” e ela ainda se lembrava das palavras escritas naquele livro.

Hallow, por outro lado, abriu o bico surpreso, seus olhos arregalados, “O quê?! Existe um livro assim?! Como os humanos podem saber sobre nós, não tem como!” ele se defendeu. Os ceifadores eram criaturas que os humanos tinham dificuldade de ver, eles são um dos segredos da morte mas havia um livro sobre eles no mundo mortal? Isso era uma blasfêmia! Hallow pensava consigo mesmo.

“Não é necessário,” Lady Elise ouviu Lord Ian falando e seus olhos se voltaram para ele confusos. “Eu não vou morrer.” no primeiro caso, ele não era um ser vivo e o cheiro de morte não poderia afetá-lo. Se tivesse que tirar sua própria conclusão, seria que o cheiro vinha das empregadas que logo morreriam. Claro, pelas mãos dele.

“Mas o cheiro de morte,” Elise respondeu olhando nos olhos calmos dele. Muito mais do que ele, ela estava preocupada com a sua vida.

Lord Ian sorriu amplamente, estendeu um dedo em direção aos lábios e sussurrou, “Shh, você não acredita que eu serei capaz de proteger minha própria vida, filhote?”

“Mas o livro disse que uma vez que uma pessoa tem sua morte marcada, ninguém pode parar sua morte.” disse ela, seus nervos estavam inquietos. Ela olhou para o Senhor cujo rosto estava relaxado, o sorriso que ele tinha não diminuíra e, em vez disso, tornou-se mais forte, e ela se perguntava como ele ainda podia manter o sorriso porque agora ela estava na ponta de um iceberg.

“Estou triste que você escolha acreditar no livro em vez de mim.” mas o sorriso dele não foi afetado.

“Eu confio em você Mestre Ian, mas a morte é-, é assustadora.” a mão dela tremia, ela acreditava em Ian de todo o coração, mas o problema não era confiar ou desconfiar e Lady Elise tinha sua resposta estampada no rosto. Ela tinha visto sua família morrer e não queria ver Ian, o Senhor por quem se apaixonara, enfrentar o mesmo destino que sua família. “Hallow, por favor,” ela implorou ao ceifador no corpo do pintinho.

Hallow, cuja mente estava ocupada em como caçar o livro, virou o rosto para os dois. Quando encontrou o olhar de Ian, ele sentiu um calafrio. A expressão de Ian era clara, ordenando que ele retratasse sua declaração sobre o cheiro da morte e o pintinho rapidamente fingiu uma expressão de surpresa.

“Ai mãe do Inferno!” Lady Elise se assustou com o grito repentino dele e o pintinho virou todo o seu corpo amarelo em direção a ela. “Olha só! Cadê o cheiro de antes? Que estranho, eu podia sentir cheiro de morte vindo dele antes, mas não sinto mais nada dele novamente. Que estranho, que estranho.” Hallow sussurrou.