La Esposa del Demonio - Capítulo 711
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711: Construindo Raiva-III 711: Construindo Raiva-III Beelzebub sentiu algo dentro dele se quebrando e tremendo. Eram suas mãos, mas também algo mais intangível para ele. A casa estava silenciosa e o fato de ele ter dormido sem perceber que alguém a atacou só podia significar que a outra pessoa tinha assumido o controle de quase todo o lugar.
Seu instinto dizia para ele correr. Beelzebub não seguiu seu instinto, pois sabia que se corresse agora, se arrependeria desse momento pelo resto de sua vida.
Seu primeiro pensamento foi visitar o quarto de seus pais, pois eles eram as duas pessoas responsáveis por organizar a casa e protegê-los.
Suas pequenas pernas o levaram até a escada, onde ele notou sangue pelo caminho. Curiosamente, não havia corpo algum que ele pudesse encontrar, apesar da quantidade de sangue que via colorindo os azulejos ao seu redor.
A respiração de Beelzebub ficou ofegante. Sua cabeça também estava tonta, e ele tentou se concentrar enquanto sentia seu sangue esfriar. Correu o mais rápido que pôde escada acima, encontrando o cheiro de sangue cada vez mais forte.
Quando ele se apressou e bateu na porta do quarto dos pais, o que ele viu primeiro foi o sangue que molhava suas meias.
“Você sempre foi perspicaz demais. Deveria estar dormindo agora”, disse a pessoa cujo rosto estava coberto pela sombra.
Mesmo no estado em que estava, Beelzebub pôde reconhecer de quem era a voz que havia falado com ele. Ele não precisava de luz, mas a pessoa trouxe um fogo para acender uma vela, iluminando o quarto, dando luz também à pessoa que tinha sombra cobrindo-o.
“Tio”, Beelzebub sussurrou. Demorou um segundo antes de seus olhos se tornarem mortais. A raiva o imergiu e ele não hesitou em correr com o punhal mais próximo que viu no chão para esfaquear seu tio.
Mas, infelizmente, ele ainda era jovem. Ele não conseguiu fazer nada diante de seu tio, que era mais velho e poderoso em comparação a ele. Seu tio segurou seus ombros, imobilizando-o de uma vez
“Heh, tanta raiva em você, meu sobrinho.” A voz de seu tio era zombeteira, cheia de satisfação, o que apenas enfureceu Beelzebub ainda mais.
“Você! Por quê?” Beelzebub sabia que matar não significava nada para os demônios ou para seu tio, que era um alto demônio. Para eles, tirar uma vida não era diferente de arrancar flores no jardim — tudo por um único capricho.
Seu tio olhou para ele com pura raiva. “Seu pai era muito mais jovem do que eu. Éramos irmãos de sangue, mas toda vez seu avô sempre o colocava antes de tudo. Antes de mim! Eu sou o mais velho e ainda assim ele roubou tudo de mim!”
Os olhos de Beelzebub tremeram enquanto ele olhava para a esquerda, vendo o corpo de seu pai entre o sangue enquanto abraçava apertadamente sua mãe. Seus olhos estavam sem vida. A maneira como eles olhavam para ele de forma vaga pesava em seus ombros com uma forte onda de culpa.
Ele podia ouvir seu tio gritando com ele. O demônio diante dele culpava seu pai pelo que havia perdido, culpava-o por atrair a atenção de seu avô, e pela chance de se tornar o chefe da família quando ele claramente não era apto para ser um.
“Um dia seu pai desapareceu da casa e você sabe o que isso me causou?” Embora já fizessem cinco minutos desde que Beelzebub encontrou o corpo sem vida dos pais e confrontou seu tio, o demônio não parava de expressar seu profundo ódio pelo pai.
Beelzebub observou o homem puxar seu cabelo, mostrando uma grande cicatriz que cruzava a lateral de sua testa.
“Foi decisão dele deixar a casa sem qualquer aviso e ainda assim a pessoa que foi punida por isso fui eu. Por quê? Simplesmente porque eu era o mais velho!”
Beelzebub não pôde deixar de rir, “Se você é incapaz de proteger uma pessoa, isso mostra o quanto você vale para se tornar o chefe desta família, não é mesmo?”
Os olhos de seu tio se inflamaram de raiva, pois parecia que suas palavras haviam tocado seu ponto fraco. O homem cruzou a mão nas bochechas de Beelzebub, fazendo-o cair para a frente.
Mas aproveitando o momento, Beelzebub segurou a faca que caiu no chão e a segurou firme para enfiar a lâmina no peito de seu tio.
O demônio não esperava tal movimento de seu sobrinho e rapidamente levantou a mão para se proteger. Ele conseguiu impedir que a lâmina perfurasse qualquer área vital ao redor de seu corpo superior, mas ao mesmo tempo custou sua mão.
Sangue escorria pelo rosto de Beelzebub. Seu sorriso infantil e seu olhar atrevido haviam desaparecido, deixando apenas o olhar de desespero e ira. Seu tio gritava, tentando empurrá-lo junto com o punhal, mas Beelzebub era teimoso.
Ele não permitiria que seu tio ganhasse sem perder nada naquele momento.
Segurando a lâmina, Beelzebub a puxou para cima com toda sua força. Sangue escorria de suas mãos pelo quanto ele havia apertado o punhal.
Sua lâmina conseguiu cortar as mãos de seu tio pela metade, e a ponta da lâmina foi ainda mais alta para cortar um de seus olhos vermelhos e gananciosos que Beelzebub sempre odiou.
Seu tio gritou, sua voz feia soando penetrante nos ouvidos de Beelzebub, mas ele não estava satisfeito.
Ele precisa matar esse homem. A pessoa que havia matado seus pais!
“MORRA!” Beelzebub balançou seu punhal quando seu tio o chutou pelo chão, lançando-o contra a parede.
Beelzebub cuspiu sangue quando tentou se levantar. Mesmo com quão machucado estava, não importava como suas costelas estivessem quebradas, e o quão triste estava, Beelzebub continuou avançando com a única intenção de matar atravessando sua mente.
Mas de repente, alguém o puxou para longe ao mesmo tempo em que fumaça enchia todo o quarto. Beelzebub lutou furiosamente com a pessoa que o arrastava, pensando que era um dos homens de seu tio quando sentiu o cheiro facilmente reconhecível.
Ele virou a cabeça quando encontrou os olhos castanhos da pessoa que ele adivinhou ser a responsável por levá-lo embora.
“Welyn!”
“Shh!” Welyn tampou sua boca e rapidamente se encostou na parede.
“O que aconteceu. Por que você está aqui?!” Beelzebub não esperava que Welyn estivesse ali, pois pensava… como ele pensava que a mulher teria ido embora assim que notasse a perturbação dentro da casa.
“Por que estou aqui? É porque não posso ver você morrendo”, respondeu Welyn, suas sobrancelhas franzidas enquanto ela o observava. “Você parece estar bem sem perder um único membro. Não temos tempo. É sua vez de partir.”
“Partir?” Beelzebub a olhou com os olhos cheios de confusão. “O que você quer dizer? E como você… como você entrou na casa?”
“Pela porta?” Welyn levantou uma sobrancelha em questionamento.
“NÃO! Você está mentindo! A casa rejeita estranhos. Nunca permitiria a entrada de pessoas que não são conhecidas pela casa.”
“Mas aquele homem conseguiu entrar na casa”, respondeu Welyn, dando um passo para trás enquanto respondia às palavras dele.
Beelzebub segurou a cabeça que doía. Na verdade, seu corpo inteiro doía a ponto de ele não saber qual parte dele estava machucada.
“Ele não deveria conseguir fazer isso. Não há como a casa aceitá-lo. Deve haver uma magia que ele usou para entrar na casa. Mas eu não sei que magia ele usou.”
“Pare de pensar já. Você precisa partir”, advertiu Welyn, que o puxou pelo ombro. Eu vou enviar você para longe. Parta e recomponha-se. Se você ainda estiver vivo haverá uma segunda chance para você, mas não haverá mais segundas chances se você morrer.”
“Não. E quanto a você?” Beelzebub questionou, pois pelo tom que Welyn usou, parecia que ela não voltaria mais.
“Eu… ficarei bem. Você deve partir e eu ficarei bem.”
“Não, o que você quer dizer?” Beelzebub balançou a cabeça. Ele estava ao mesmo tempo surpreso e desconcertado pela decisão que Welyn escolheu. “Você ainda tem um filho que quer trazer de volta à vida. Você disse que queria—”
“Ele nunca poderá ser trazido de volta à vida”, interrompeu Welyn. “A chave, o livro e qualquer coisa infernal que os rumores disseram que poderia trazer as pessoas de volta à vida através da reencarnação eram besteiras.”
“Você está dizendo que, o livro não era real?”
“Não, de fato havia um livro. O livro que explicava os pecados dos humanos. Era o livro que se tornava a chave para decidir se essa pessoa deveria ir para o Inferno ou para o Céu.”
O que também significa… que o livro era inútil.
Beelzebub podia ver e imaginar a decepção que Welyn deve ter sentido quando percebeu quão inútil era o livro em que ela havia apostado sua vida.
“Então, por que você roubou a chave? Você poderia ter ido embora e se escondido. Os anjos da morte ainda tentariam te perseguir, mas eles não tentariam com tanto empenho como quando você roubou a chave”, explicou Beelzebub, ainda confuso.
“Eu estava rancorosa. Com deus, os anjos da morte e aqueles que criaram os boatos falsos”, respondeu Welyn com um sorriso. “Eu sei que você está com raiva e posso ver isso, mas você deve partir agora caso queira vingar seus pais.”
Lembrando de seus pais, Beelzebub apertou os olhos. “Mesmo assim, não posso deixar você aqui. Venha comigo.”
“Vir com você? Vejo como você se tornou sensível, Beelzebub. Que você queria trazer a mulher que causou metade das mortes de seus pais com você”, veio a voz no espaço deles.
A raiva de Beelzebub percorreu sua pele quando viu seu tio aparecer. Seu olho estava apertado com sangue escorrendo pelo rosto, mas Beelzebub estava em choque.
Ele olhou para Welyn lentamente, “O que você quer dizer?”