La Esposa del Demonio - Capítulo 137
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- Capítulo 137 - 137 Início da Trinca-I 137 Início da Trinca-I Ian caminhou
137: Início da Trinca-I 137: Início da Trinca-I Ian caminhou até o seu escritório onde Austin e Cynthia o aguardavam. Atravessando a porta, dirigiu-se para sentar perto dela, mantendo seus olhos na lareira de onde saíam faíscas.
Pouco depois de se sentar, bateram na porta e Maroon entrou, fechando-a em seguida. Caminhou até a mesa, colocando uma boneca feita grotescamente de palhas. Pegando-a em suas mãos, Ian passou o dedo pela boneca, observando o corte feito na perna da boneca de palha e nas costas, nos mesmos lugares onde a Lady Elise havia sido ferida.
A magia do Vodu é conhecida por ser vil. Era usada como um método dissimulado para amaldiçoar uma pessoa através de uma boneca de palha. Se uma parte da boneca de palha fosse cortada, a pessoa amaldiçoada receberia um ferimento na mesma parte correspondente.
“Traços de magia negra estão aqui,” Ian declarou calmamente, mas seus olhos tinham se tornado intimidadores. “Um feiticeiro das trevas está rondando meu castelo, tentando prejudicar Elise.”
“Não acredito que seja coincidência escolherem atacar Elise,” disse Cynthia, aproximando-se para olhar melhor a boneca de palha. “A empregada não era uma feiticeira das trevas, mas ela os ajudou.”
Austin, que se encostou no ombro à parede, então falou, “Minha suspeita é que a empregada poderia ter ódio contra Elise. Em vez de ajudar o feiticeiro das trevas, poderíamos dizer que foi ela quem usou a ajuda deles.”
Ian sorriu para colocar a boneca de palha na mesa, para que seus auxiliares pudessem ver melhor, “Elise disse que falou com a empregada por menos de alguns segundos; elas nunca brigaram e Elise não era de começar uma briga. Maroon,” Ian chamou e a cor opaca dos olhos do mordomo se viraram para ele, “Diga-me onde e como você encontrou a boneca de palha.”
“No quarto da Tracey, o nome da falecida empregada. O lugar dela é partilhado com outras duas empregadas, mas no momento em que Tracey infligiu dor à boneca de palha, elas não presenciaram pois estavam profundamente adormecidas,” explicou Maroon, “Conversei com as duas e elas não mentiram.”
Austin desencostou-se da parede e caminhou franzindo o cenho, “As empregadas que trabalham aqui deveriam ter um entendimento claro da situação. Nenhuma delas deveria estar associada a feiticeiros das trevas.”
“Austin, deixarei com você descobrir sobre os passados das empregadas, todas as vezes que ela tirou licença da Mansão Branca, descubra o que ela estava fazendo e com quem se encontrava, anote também a aldeia e cidade,” instruiu Ian, seus olhos vermelhos movendo-se para o corvo que descansava em sua mesa, permanecendo imóvel antes de virar-se para a única mulher na sala, “Cynthia, eu quero que você descubra mais sobre o passado de Elise, encontre a aldeia onde mora sua tia e se houve eventos estranhos e bizarros na cidade onde os Scott vivem.”
“A cidade anterior? Mas ninguém sobreviveu.” Cynthia se perguntou se algo aconteceu na cidade anterior de Elise para Ian lhes instruir isso?
“Pergunte à aldeia próxima a cidade, deve haver uma, se estiverem bem conectados, os rumores deveriam chegar lá,” respondeu Ian, pela primeira vez não usou seu sarcasmo nem seu sorriso para se divertir, mas para ter uma conversa clara. “Vocês estão dispensados.”
Austin olhou para Ian mais uma vez antes de sair com Cynthia, deixando Ian com Maroon. “Eu enterrei o corpo no quintal, milorde.”
“E o pintinho?” perguntou Ian e Maroon levantou sua mão, pegando Hallow cuja boca estava amarrada com um tecido, impedindo-o de fazer qualquer som.
Hallow estava confuso. O que diabos estava acontecendo! Ele estava dormindo pacificamente para ser sequestrado, ou melhor, pintinhoquestrado pelo mordomo. Seus olhos verdes encararam Maroon antes de se encontrarem com os olhos vermelhos intimidadores de Ian.
“Talvez tenha sido tolice da minha parte deixá-lo entrar neste castelo. Como você não percebeu que Elise havia saído do quarto?” Ian ergueu uma sobrancelha para Hallow. O ceifador pode não estar errado, mas deveria ter notado isso.
Quando a amarra foi removida, Hallow falou, “Não é minha culpa! Em minha defesa, eu estava acordado o tempo todo, mas vi Elise dormindo no quarto! Num instante, como um piscar de olhos, encontrei ela desaparecida do castelo. Eu também não sei o que aconteceu.” Havia desespero na voz de Hallow. Ele não estava errado, mas era visto como se fosse a fonte dos problemas no castelo.
“Um piscar de olhos,” Ian exalou depois de repetir as palavras do pintinho, e então se inclinou na cadeira, “As feridas de Elise são indubitavelmente criadas pela maldição do Vodu, mas quanto ao seu sonambulismo, é diferente.”
“Ela talvez não seja uma doce criança? Seu poder desafia o que todos sabem sobre uma doce criança,” disse Maroon, que havia ido pegar a xícara de chá vazia da mesa de Ian para reabastecer o chá.
“Não, ela é uma. As fadas jamais se enganariam sobre uma doce criança. Elise é simplesmente única. Pode ser pelo sangue de seus antepassados, já que o poder passa de uma geração para outra.” Ian disse, pegando a boneca de palha.
Elise era diferente das demais. Foi-lhe dito que no futuro ela seria sua noiva e a palavra noiva pode significar muitas coisas. Para um Demônio, noivas às vezes são humanas que foram sacrificadas para satisfazer a necessidade do Demônio ou, por vezes, noivas humanas são consideradas perigosas para o Demônio, pois elas podem se tornar uma arma para matá-lo.
Ian, ao saber que Deus lhe havia dado uma noiva, achou estranho para ele em particular receber uma noiva. Conhecendo os muitos significados da palavra noiva, Ian perguntou-se se Elise poderia ser sua noiva no sentido literal ou a noiva que poderia matá-lo. Mas Elise, sua querida menina, pensou Ian consigo mesmo, era alguém que não poderia machucar outro e muito menos matá-lo.
Ele imaginava como seria o futuro de Elise e o dele e se Deus estava zombando dele ou dando sua bênção.
Hallow virou a cabeça cuidadosamente movendo suas pernas para sair sem ser notado quando sentiu seu rabo sendo puxado por trás, “Vou lembrá-lo pela última vez de ficar com ela e me relatar se você encontrar algo estranho. Pode ir,” Ian empurrou-o e no segundo seguinte Hallow se viu no chão do quarto de Elise.
Chegando ao chão, Hallow virou seu corpo de cabeça para baixo, ainda surpreso que seus olhos verdes arregalados olhavam para as pernas grandes da mesa sem se mover. Após algum tempo, ele finalmente levantou-se batendo os pés que faziam muito pouco barulho. Aquele Demônio! Não era sua culpa e ele sabia, mas tinha sido chamado apenas para ser ameaçado. “Devo me colar ainda mais a Elly para que ela chore se eu me for!” Se isso acontecesse, até o Demônio não resistiria às lágrimas dela!
No quarto de Ian, o mordomo finalmente estava sozinho. “Maroon, fique de olho na Elise e nos rumores,” Ian girou a mão e o fogo apareceu em cima da boneca de palha para queimar o resto até virar cinzas. Antes que a cinza pudesse tocar a mesa, ela já havia se desintegrado. “Também fique de olho em todas as empregadas da casa, avise-me se encontrar alguém que esteja agindo fora dos limites.”
“Mestre, devemos cuidar do jardineiro?” perguntou Maroon.
“Jardineiro, oh, lembro-me daquele chamado John que diziam estar doente. Qual é o problema?” Vendo que Maroon perguntou, Ian duvidava que fosse uma doença comum que afligisse o jardineiro.
“À tarde, ele encontrou o corpo enterrado debaixo da terra. Parece que ele estava vasculhando o jardim para achar se havia algo enterrado ali,” respondeu Maroon, o mordomo de cabelos avermelhados opacos lembrou-se de quando observou silenciosamente sem ser percebido pelo jardineiro que estava cavando a terra e quando encontrou corpos, o homem ficou exultante.
“Oh?” Ian expressou entusiasmo, seu sorriso ampliou-se em diversão e travessura. “O que você fez com ele então?”
“Eu o deixei ir para ver se ele estava trabalhando sob ordens de alguém. Depois de tirar seu dia de folga, o homem foi de Warine a Runalia e um dia atrás, segui-o para encontrá-lo prestes a visitar a Casa dos Lipton,” explicou o mordomo. Mesmo que as empregadas nunca o tivessem visto fora do castelo, era uma questão como ele conseguia seguir o jardineiro John sem ser percebido por ninguém. “Atualmente ele está em minhas mãos, amarrado no jardim inconsciente. O que devo fazer com ele, milorde?”
“Traga-o para o calabouço e prepare um aviso de cadafalso,” Ian pensou na Família Lipton que vivia em Runalia e seus lábios torceram-se largamente, “Isso deve ser divertido.”
“Sim, milorde,” obedeceu Maroon antes de sair, ele viu Ian levantar-se para olhar o céu noturno que estava vazio de estrelas, refletindo apenas o seu próprio rosto e seus brilhantes olhos vermelhos onde seu sorriso era largo.
Nota do Autor/Autora: próximo capítulo em breve