La Esposa del Demonio - Capítulo 109
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109: Sonâmbulo-I 109: Sonâmbulo-I As velas colocadas fora da galeria vacilaram ao perder o brilho quando nenhum vento soprava. Mas no próximo momento, um vento forte escapou da parede de pedras que estava colocada no fim do corredor, soprando a chama até virar fumaça cinza que se desvaneceu no ar.
Dentro da galeria, Ian deslizava o dedo em movimentos circulares na superfície da xícara que era dourada. O chá vermelho perdeu suas cores assim que seus olhos vermelhos se refletiram no líquido. “Eu a contei sobre seres imortais”; quando ele pronunciou as últimas duas palavras, Ian sorriu com um ar de malícia para Maroon.
O mordomo olhou para cima quando viu Ian se levantar da cadeira acolchoada. Maroon mudou a expressão de seu rosto passivo quando ele mencionou as duas palavras. Diferente de todas as pessoas no castelo de Warine, somente Maroon conhecia a verdadeira origem de Ian White. O mordomo sabia quem ele era e o que o fez ser quem é agora. O cruel Senhor da Preocupação tinha sua história que havia sido enterrada com o passar do tempo e poucos sabiam dela, ele incluído, enquanto o resto já havia falecido.
Maroon havia passado séculos com Ian. O laço que compartilhavam era de uma relação de mestre e servo, mas Maroon pensava no Senhor mais do que apenas seu mestre. Ele o considerava como amigo, e às vezes, parceiros que tinham de sofrer com a dor. Os olhos cinzentos de Maroon estavam nele enquanto ele perguntava, “Você explicou a ela?”
“Ainda não.” Ian murmurou e tocou a parede onde pinturas estavam penduradas para correr seus dedos na grade. “Eu apenas dei a ela as pistas de que precisava. Ela está ficando curiosa e lentamente vai querer saber mais. Sua mente deve estar repleta de mim nesse momento.” ele riu, a diversão enrugando seus olhos vermelhos. “Quantos seres imortais existem neste mundo, Maroon?” ele perguntou.
“Só conheço três, meu senhor. Deus, Anjos e Demônios.” Respondeu Maroon e ele viu Ian parar na pintura com a qual ele havia falado com Lady Elise à tarde. A pintura que ela escolhera era brilhante. Lady Elise foi criada em uma vida cheia de infortúnios, crescendo ela só enfrentou mais disso, ainda assim a garota era brilhante. Como a escolha de pintura que fizera, ela era uma garota brilhante de coração puro.
Tão puro que o Demônio nele queria manchá-lo com sua própria cor mais sombria.
“Dos três, apenas um é o mais malvisto. Embora ninguém saiba o que é preciso para ser um Demônio,” ele riu, seus olhos fitando a pintura de uma pessoa com asas emplumadas tanto pretas quanto brancas mergulhando em um lago. Maroon só podia acolher suas palavras em silêncio. Ele sabe o que é preciso para ser um Demônio porque havia visto Ian. O humano que havia caído para um Demônio e o processo era mais do que infernal e torturante.
“Você ainda se lembra do passado, meu senhor?” perguntou Maroon. Ao contrário do dia, quando ele falava apenas frases curtas, ele era falante quando se dirigia a Ian.
“É preciso tempo para esquecer e meu tempo chegou. Eu esqueci tudo sobre isso. Como a água lava a areia, todas as memórias do passado em minha mente estão quase que completamente apagadas.” Seu sorriso vacilou em uma fração de segundo antes de reaparecer. “Mas descobri que alguns sons nunca desaparecem. Talvez o tempo não fosse o único inimigo que forçava as memórias para fora de minha mente. Eu simplesmente me acostumei à tristeza e à dor que lentamente me privaram dos sentimentos.” Ele encerrou a conversa ali e questionou o mordomo, “E você, ainda se lembra de tudo?”
“Minhas memórias antes de conhecer o senhor, milorde, não são nada que eu possa recordar.” respondeu o mordomo com uma reverência de seu corpo. Suas palavras eram curtas, mas expressavam a lealdade que ele tinha por ele.
Ian olhou para o mordomo de cabelos vermelhos, ao contrário da cor de cabelo de Lady Elise, o dele era opaco e empoeirado. Isso o fez lembrar do dia em que ainda era um menino. “Você deveria ter ressentimento de mim. Nenhum humano quer andar pelo caminho do Inferno, ainda aqui está você jurando sua lealdade a um Demônio.”
Pela primeira vez, Maroon finalmente mostrou sua expressão mais humana, que continha alguma tristeza e um sorriso, “Como eu poderia ressentir a pessoa que salvou minha vida? Tornei-me o que sou agora por minha escolha e segui o senhor por minha escolha. Eu sei, milorde, o senhor não é o que parece ser.”
“Você quer dizer que sou bondoso?” Ian riu com um traço de sarcasmo, mas o mordomo assentiu concordando com suas palavras.
No momento seguinte, os dois chegaram ao cavalete de madeira, o mesmo onde Lady Elise havia esbarrado, criando uma confusão que levou a uma punição que ainda não havia sido definida em que tipo. Mas certamente, seria tortuosa, pensou Ian com um sorriso maligno.
Maroon, por outro lado, notou como o cavalete estava vazio de tela, mesmo lembrando que recentemente Ian havia se trancado na galeria para pintar um único retrato de uma garota. Incapaz de conter sua curiosidade, o mordomo perguntou, “Milorde, permita-me perguntar, onde está a pintura?”
Ian desviou o olhar de seu mordomo para o cavalete de madeira, “Aquilo? Eu a entreguei à verdadeira dona. Infelizmente ela não foi capaz de ver o próprio rosto porque uma poça de tinta verde cobriu seu rosto, mas me pergunto quando ela perceberá a cor do cabelo?” Ele perguntou, se divertindo, seus lábios alargando.
“O senhor deu a ela a pintura…inacabada?” perguntou Maroon, isso era raro, especialmente para Ian White, o Senhor. Para o Senhor dar um presente a outrem já era surpreendente, mas o que ele achou mais surpreendente é que Ian, que nunca daria qualquer coisa que fosse incompleta, havia deixado a pintura nas mãos da garota.
Ian não precisava se virar para saber que tipo de expressão ou pensamentos o mordomo tinha em mente e ele explicou, “Estava terminada, mas ela cometeu o erro. É por isso que na próxima vez, estou planejando que ela me ajude. Para aquela que arruinou a pintura, ela deve ser quem acertará sua punição.” murmurou Ian, com alegria de ver quando a punição seria imposta.
Ele havia prometido a ela uma punição e não a desapontaria. Lady Elise… pensou Ian para si mesmo. Ela não sabia que encanto tinha em seu próprio corpo. Seu belo rosto de olhos puros incitava o instinto dos homens a desejá-la e possuí-la, mas isso não era tudo, ela tinha as curvas e tudo o que as mulheres invejam. Mas a garota não percebia isso em si mesma. Quanto mais ele pensava nela, mais seu desejo crescia, seu sorriso a coroar seu rosto se alargava.
“Já notificou Vervor sobre o convite para a Mansão Branca?” perguntou Ian, caminhando até o vaso onde a maioria das rosas tinha murchado. Ele pegou uma do vaso, usando o mesmo truque, ela se tornou bela e vermelha na cor.
“Sim, eu notifiquei, milorde. As notícias dizem que o Sr. Vervor está muito satisfeito e ansioso para vir.” Maroon viu como o Senhor que estava brincando com a rosa agora havia trocado o sorriso por algo mais sinistro.
“Isso é ótimo. Devemos preparar um inferno para ele.” Ao ouvir suas palavras, a rosa que ele brincava caiu no chão. A rosa viva se tornou marrom e mais escura até ficar preta e quando atingiu o chão, havia se tornado pó consumido. Os pós também não ficaram por muito tempo, pois em um segundo, o vento veio e os soprou.
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