744: Reunião de Família – Parte 3 744: Reunião de Família – Parte 3 recomendação musical: Keosz – Be Left to Oneself
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Os cipós em volta de suas pernas e mãos não paravam, mas se apertavam ainda mais, esmagando seus membros e fazendo-a estremecer de dor. Piers viu a bruxa negra saltar pela janela quebrada e rapidamente se dirigiu até a senhora. Colocando a arma no chão, ele sacou a faca que lhe fora dada antes de deixar a mansão e começou a cortar os cipós para libertar Penny.

Penny tirou a faca de dentro do seu sapato e se libertou dos cipós, “Obrigada,” ela disse, olhando para o jovem que lhe acenou com a cabeça.

“Por que ele saiu pela janela?” murmurou Piers, olhando para a janela sem ir verificar para onde o homem tinha ido.

“O que você está fazendo aqui? Você deveria estar procurando o sapo,” disse Penny.

“A casa parece um labirinto por causa da falta de luz. Senhora, está difícil encontrar o sapo.”

Afastando-se dos cipós, eles deixaram o quarto antes que ela lançasse outro feitiço, desta vez não para criar uma bola de luz, mas para iluminar cada lanterna que estava sem uso por muitos anos e que, de fato, nem mesmo Robarte havia usado com seu feitiço de encanto, agora acesas com uma chama em cada uma delas, iluminando toda a mansão. Embora ainda houvesse partes da mansão na escuridão, isso seria suficiente para garantir que eles não caíssem em nenhuma armadilha.

“Melhorou assim?” Penny perguntou, olhando para o homem com os olhos arregalados.

“Deve ser realmente verdade então. Que você é descendente da grande bruxa branca. Infelizmente, os Artemis nunca percorreram o caminho das bruxas brancas,” disse Piers quando descobriu que esta senhora estava relacionada a eles, “Deixe-me tentar encontrar o sapo novamente.”

“Não seja morto. Vou procurar o sapo e a Grace também,” disse Penny e, nesse mesmo instante, ambos ouviram uma série de tiros chover no andar superior. Parecia que Damien havia encontrado ou sua mãe ou seu tio.

Penny e Piers, que iam seguir caminhos diferentes a partir daquele ponto, de repente ouviram um som de rangido além dos tiros, que no início era muito sutil, mas depois aumentou o volume o suficiente e de repente o chão atrás deles começou a se mover, abrindo-se para revelar uma armadilha mortal embaixo. Ela avistou a roda dentada afiada que se movia rapidamente.

“Corra!” Penny disse enquanto começava a correr dali.

Piers estava lento em comparação com Penny, que ainda tentava entender o som zumbindo ao inclinar a cabeça em direção às paredes e, quando finalmente percebeu, notando o chão, começou a correr seguindo Penny.

“Que lugar é esse?” A mansão em que estavam começou a mudar sua arquitetura e decoração, cada canto tinha armadilhas mortais. Em um momento tiveram que desviar de placas metálicas afiadas que se moviam alternadamente, fazendo-os dar um passo de cada vez sem errar o espaço vazio, a menos que quisessem ser mortos por elas.

“Não sei,” disse Penny com o coração batendo no peito, “Acho que o proprietário anterior da casa a projetou e os bruxos negros apenas souberam disso?”

A casa não parecia mais como antes e parecia mais imponente e forte em comparação com a casa anterior que eles haviam visto, que parecia que iria desmoronar com uma forte rajada de vento.

Enquanto Penny e Piers estavam juntos tentando não ser mortos pela casa, Damien estava no andar superior com a mãe de Penny.

“Você se sente estúpida por não ter sido capaz de identificar quem eu era?” perguntou a bruxa negra, um lado de seus lábios erguido em escárnio enquanto ela segurava uma arma própria, “Eu pensei que você seria mais sagaz, mas para um vampiro de sangue puro você é muito lento.”

“Peço desculpas por não atender às suas expectativas, as quais não me importo,” disse Damien, lançando a pequena cápsula em direção a ela que ela pegou e, como se em realização, a jogou fora a tempo da cápsula explodir, “Como foram seus últimos dias?” ele desviou do tiro e respondeu com um dos seus próprios para ver a bruxa negra desaparecer por trás do mobiliário.

“Então foi você quem colocou minhas fotos,” perguntou a bruxa negra, irritação em seu tom ao descobrir quem havia tornado difícil para ela se mover.

“Você gostou?,” Damien perguntou, divertido, “Você estava esperando que a conselheira Ava retirasse a recompensa da sua cabeça? Talvez ela tivesse feito isso se você não tivesse perdido o livro e deixado sua senhora zangada.”

Laurae lançou um olhar fulminante ao mencionar o infortúnio que ocorreu semanas atrás, enquanto ainda tentava decifrar o livro, “Parece que você a encontrou e resolveu o problema com ela, o que só facilita para mim.”

“Ah? Meu mal, mas não as matamos. Elas escaparam dos nossos direitos, então não há como saber quando você será caçada. Ouvi dizer que o livro era muito importante, como você pôde ser tão descuidada, Laurae?” Damien tsked com um olhar de decepção.

Ele podia ver a raiva borbulhando em seus olhos, mas ela não a trouxe a sua língua.

“Você sabe que mesmo que eu não te mate há alguém que quer a sua cabeça. Quão excitante é isso?” ele perguntou à mulher.

Laurae não esperou para ouvir o que mais este vampiro de sangue puro queria dizer e continuou a disparar contra ele sem pausa. O grande quarto em que estavam começou a mudar e
Damien teve que se mover para trás até que o movimento parasse.

“Sabe o que é excitante?” perguntou Laurae com um sorriso no rosto e ela disse, “Matar sua irmã. Ela implorou e chorou para não matá-la. Deveria ter visto o sangue ao redor dela. Foi lindo.”