733: Pessoa desaparecida – Parte 5 733: Pessoa desaparecida – Parte 5 Com o restante da família, Penny esperava por notícias sobre Grace, que ainda não havia retornado para casa. Mais um dia se passou e ela chegou à conclusão de que algo aconteceu com a jovem vampira, mas a questão era quem ou o que aconteceu.

O conselho fez o seu melhor ao espalhar a notícia do desaparecimento de Grace, chegando até mesmo a oferecer dinheiro para garantir que as pessoas se manifestassem, afinal, ninguém se importava se não recebesse algo em troca. Era assim que o mundo funcionava. E mesmo com a foto da garota cobrindo a maior parte de Bonelake, ninguém havia aparecido para lhes trazer notícias.

Penny, que vinha observando a família, frequentemente encontrava a Senhora Fleurance perdida em pensamentos, o que a fazia se perguntar se havia algo mais por trás do caso do desaparecimento de Grace. As pessoas frequentemente se perdiam nas terras de Bonelake. Na maioria das vezes, elas eram sequestradas e enviadas ao estabelecimento de escravos, que já tinha sido inspecionado, e às vezes elas eram mortas. Não querendo tirar conclusões precipitadas, quando a Senhora Fleurance estava no jardim para respirar um pouco de ar, Penny foi falar com ela.

“Senhora Fleurance,” ela se aproximou da vampira, cujos olhos se moveram para o canto, mas voltaram a olhar para a frente do jardim sem dizer uma palavra, “Antes de Grace deixar a mansão. Quais foram as últimas palavras que vocês duas trocaram?” ela perguntou à mulher.

A mulher não se deu ao trabalho de responder e a ignorou. Afinal, aos olhos da vampira, Penny não era nada além de um ser humano de aparência inútil que só estava tentando se comportar como se estivesse preocupada.

“Se você pudesse me informar, eu poderia tentar procurá-la-”
“Não será necessário,” a Senhora Fleurance a interrompeu, não querendo ouvir o que ela dizia. Se não fosse por essa garota, sua filha Grace não teria ficado tão irritada e nem Maggi teria respondido a ela, “Fique quieta e embeleze-se para sentar ao lado de Damien. Isso é o máximo que você pode fazer agora.”

Penny realmente queria ajudar a encontrar a garota e a atitude que a Senhora Fleurance estava lançando sobre ela agora não a estava ajudando. Ela sabia que a mulher estava perturbada, pois era a mãe de Grace, mas Penny estava apenas tentando oferecer sua ajuda.

“Pare de me incomodar e faça algo que não me irrite agora,” a Senhora Fleurance disse antes de se afastar dela, sem querer ouvir o que ela tinha a dizer.

Penny apertou os lábios e percebeu que era como falar com uma mula e tentar fazê-la ouvir para seu próprio benefício. Suspirando, ela se virou e entrou na mansão. As coisas na Mansão Quinn estavam tensas, já que a família se tornara silenciosa com o caso de Grace, que não havia sido encontrada.

Tanto Damien quanto seu pai haviam saído, tentando descobrir com os amigos de Grace com quem ela havia estado falando.

Damien havia ido a cada amigo ou conhecido com quem Grace se associara, mas não haviam encontrado nada lá. Era um beco sem saída que dificultava saber onde ela estava.

Quando voltaram para casa, Penny perguntou a Damien, “Você descobriu alguma coisa?” ela sabia que Grace não gostava dela e Penny também não gostava da vampira, mas isso não significava que ela não entendia que a jovem vampira mimada era parte da família Quinn.

“Eles não sabem,” ele respondeu, entregando seu casaco para o servo e caminhando junto com ela. Eles subiram para o quarto, “As pessoas com quem ela costumava tomar chá, disseram-nos que ela não tem estado muito com eles nas últimas três semanas. Ela tem recusado seus convites.”

“Mas Grace saiu e voltou para casa tarde,” Penny apontou para ver Damien concordar.

“Sim, estou ciente disso. Maggie me disse que Grace tem saído continuamente e voltado para casa tarde. Mas nós descobrimos algo mais.”

Os olhos de Penny se fixaram nele e ela perguntou, “O que é?”

“Havia um cocheiro local que viaja entre as quatro cidades. Ele disse que a viu. Foi porque ela teve uma discussão com ele por não levá-la onde queria ir. Mas o problema é que ele não sabe para onde ela queria ir. Como ele é um cocheiro local, eles não mudam de rotas, portanto ele nunca ouviu para onde ela queria ir.”

“Ela deve ter pegado outra carruagem então,” Penny afirmou, “Podemos reunir todos os cocheiros em um lugar para que possam responder quem foi o que levou Grace com eles.”

Elá viu Damien balançar a cabeça, “Não. Qualquer que seja o cocheiro que levou Penny, ele não retornou para casa.”

“Ele também está desaparecido?” Penny franziu a testa. Mas quem ousaria sequestrar um membro da família Quinn? A maioria das pessoas sabia quem era Damien Quinn, junto com seu caráter excêntrico.

“No momento só podemos pensar que alguém sequestrou os dois, ou os matou em busca de vingança,” sua voz era grave e sua expressão imóvel enquanto dizia isso, “Será difícil descobrir qual dos meus inimigos fez isso.”

Penny poderia ter apontado seu dedo para as bruxas negras que haviam encontrado, mas não havia como elas terem sequestrado Grace quando estavam na terra de Mythweald. Seu ritual havia falhado depois que Grace desapareceu, o que significava que as pessoas envolvidas no ritual não estariam envolvidas nisso.

“Francamente, se ela estiver morta, eu não ficaria surpreso,” as palavras dele surpreenderam Penny, “Ela frequentemente faz coisas que não deveria fazer. Seu hábito de esgueirar-se e tentar colocar outros em apuros…” ele parou com um suspiro. Penny se perguntava até que ponto era verdade que Damien sentia assim.

Os três filhos da família Quinn cresceram juntos e, mesmo que jogassem lama um no outro, ainda haveria um apego ali, afinal eles ainda eram uma família. Damien estava procurando por ela ou pelo bem de sua família.