730: Pessoa desaparecida – Parte 2 730: Pessoa desaparecida – Parte 2 Embora Penny e Damien tivessem completado a missão na terra de Mythweald, os problemas que haviam se intensificado antes de partirem só tinham aumentado. As pessoas na mansão Quinn estavam preocupadas pelo fato de que a filha mais nova de Quinn não tinha retornado para casa há quase três dias agora.

Penny não esperava que estariam retornando à mansão com a notícia do desaparecimento de Grace.

“Eu te disse, ela deve estar em algum tipo de problema! Por que os oficiais não estão fazendo nada?” perguntou Senhora Fleurance ao marido.

Gerald tentou acalmar sua esposa quando respondeu, “O assunto foi informado ao conselho e pedi a eles que emitissem uma ordem sobre ela estar desaparecida e para informar as pessoas caso a vissem.”

A vampira balançou a cabeça, “Já se passaram dois dias e não houve nenhum relatório. Nada!”

Damien, que estava sentado no quarto junto com o resto dos membros da família perguntou, “Que horas ela saiu? Ela pegou a carruagem?”

Senhora Fleurance por uma vez decidiu colaborar com Damien já que o assunto se referia à sua filha, “Ela saiu há três dias. Era cedo na manhã quando você e seu pai saíram para trabalhar. Nós mulheres estávamos conversando…e ela saiu com raiva.”

Ele estreitou os olhos para ela quando perguntou, “Sobre o que era a conversa?”

Penny foi quem respondeu a sua pergunta já que ela não sabia o quanto mais Senhora Fleurance tentaria distorcer suas palavras, “Era o tópico sobre se casar com uma pessoa de status inferior. Tivemos algumas discordâncias sobre isso.”

Damien virou-se para olhar para o servo que os atendia naquela hora, “Vá buscar o cocheiro. Todos eles e traga-os aqui,” a serva inclinou a cabeça e rapidamente saiu do quarto enquanto a tensão no quarto só aumentava a cada minuto.

Sua meia-irmã era uma vampira ingênua e mimada. Não importava quantos chiliqués ela desse a todos, ele tinha certeza que Grace tinha algum senso quando se tratava de não preocupar sua família. Os olhos de Fleurance ficaram vermelhos pois ela não estava dormindo e continuava esperando por sua filha retornar para casa.

As brigas entre elas eram muito comuns, portanto, ele não se importava com o assunto. Era uma rotina diária sob a casa dos Quinn, onde eles continuavam atacando um ao outro. Quando os três cocheiros chegaram com a serva, eles se alinharam com as cabeças abaixadas.

“Quem levou Grace para fora há três dias?” Damien perguntou olhando para os homens que eram todos humanos. Ele ouviu o que estava à direita engolir, que levantou a cabeça para dizer,
“Eu a levei para fora, Mestre Damien.”

“Diga-me o que aconteceu?” Damien sabia que sua família provavelmente já tinha investigado isso, mas ele queria fazer isso novamente.

“Lady Grace, ela queria ir perto da cidade de Vale da Ilha naquele dia, mas quando chegamos a duas cidades antes de chegar, ela mandou eu parar,” disse o cocheiro.

“Por quê? Ela disse alguma coisa sobre por que estava parando?”

O homem balançou a cabeça, “Não. Ela não disse nada. Ela me pediu para parar na vila e então disse para voltar para a mansão, pois não precisaria mais da carona.”

Seria correto fazer o que a dama pediu do que questionar o porquê e o que, “Eu voltei para a mansão depois de deixá-la.”

“Você foi checar na cidade onde ela desceu se alguém sabe sobre seu paradeiro?” Desta vez, Damien olhou para seu pai e para a vampira que estava sentada ao lado dele.

Gerald respondeu para ele, “Fizemos. Mandamos fazer os cartazes e os colocamos em todos as cidades e vilas, mas não recebemos nenhuma notícia de ninguém sobre ela. Perguntamos às pessoas com quem ela costuma conversar, mas também não encontramos nada com elas.”

“Você pode ir,” Damien acenou com a mão para o cocheiro que deixou o quarto, “Não acho que o cocheiro tenha algo a ver com o desaparecimento.”

“Não, nós também não pensamos,” Maggie respondeu a isso antes de dizer, “Eu perguntei a eles antes e também aos servos. Ele estava fora por apenas vinte minutos. Fizemos uma verificação de antecedentes com as pessoas que ele conhece e com quem ele conversa, mas ele está limpo.”

Damien encostou-se na cadeira em que estava sentado, “Você acha que ela foi para uma viagem?”

Senhora Fleurance teria lançado um olhar severo se as circunstâncias não fossem sérias, mas ela precisava trazer sua filha de volta para casa. Algo lhe dizia que sua filha estava em grave perigo, “Ela não iria sem suas roupas ou sapatos. Tudo está intocado. Eu olhei o dinheiro e ela também não levou.”

Após discutirem, Penny e Damien se recostaram no quarto quando ele viu seu pai tirando sua esposa do quarto. Senhora Maggie se desculpou também e Damien perguntou,
“Algum dos membros do conselho visitou nos últimos três dias?”

“Nenhum,” Caitlin respondeu a ele, pois era ela quem estava morando aqui.

“Você acha que foi um conselheiro quem levou Grace embora?” Penny perguntou a ele.

Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo, “É bom não excluí-los. Não ficaria surpreso se um deles a seduziu com palavras doces e pediu para ela se rebelar contra a família. As pessoas podem ser condescendentes e vingativas ao fazer membros da família se voltarem uns contra os outros, mas duvido que Grace faria algo tão infantil.”

Penny se perguntava para onde Grace foi sem avisar onde estaria. A família Quinn estava preocupada com seu paradeiro. Três dias era muito e só podia-se pensar que algo ruim havia acontecido.

Embora Damien e Maggie brigassem com a meia-irmã, ela podia ver que eles estavam preocupados com ela. Suas discussões eram algo muito comum, ela se perguntava se a garota tinha levado as palavras de Maggie ou de Penny em raiva que a fez sair de casa.

“Nós vamos encontrá-la. Se ela fugiu da mansão, ela vai voltar. Os cartazes são geralmente eficazes e encontrar pessoas se torna menos difícil,” falou Damien, levantando-se da cadeira, ele deixou o quarto para poder encontrar seus pais enquanto deixava as duas senhoras sozinhas no quarto.

“Como você está se sentido, Penelope? ” Caitlin perguntou, notando os leves hematomas em um lado do rosto de Penny. Elas não tinham conseguido conversar uma com a outra por causa do desaparecimento de Grace, que Penny e Damien descobriram há duas horas.

“Estou bem,” ela acenou com a cabeça, “Desculpa por deixá-la sozinha aqui,” ela se desculpou, pois havia desaparecido da mansão com poucas ou nenhumas palavras.

“Não se preocupe com isso. Eu sei que havia coisas importantes para fazer. Bom te ver de volta em casa,” Caitlin falou suavemente para sua sobrinha. Se tanto Damien quanto Penny não estivessem correndo para o conselho e estivessem aqui, isso significava que tudo estava bem e sua mente estava em paz com isso. Mas ao mesmo tempo, as pessoas nesta casa estavam ansiosas, “Vamos esperar que alguém venha aqui com informações sobre Grace.”

“Sim,” Penny respirou as palavras.