724: Desvencilhando magia – Parte 2 724: Desvencilhando magia – Parte 2 Enquanto os conselheiros finalmente alcançavam a terra de Mythweald para lidar com as bruxas negras, as bruxas negras, por outro lado, estavam ocupadas colocando as marcações ao redor da igreja abandonada. A garota de olhos azuis ficou olhando para as bruxas e os caçadores de bruxas trabalhando juntos. Seus olhos estavam calmos e sua postura delicada com o vestido fluido que ela usava e que alcançava o chão.

“Não é ótimo, Senhora? A única vez que encontraremos as bruxas e os humanos trabalhando juntos,” a menininha que era pequena perto da altura da outra garota tinha um grande sorriso no rosto. Para um estranho o sorriso pareceria como se a menininha tivesse recebido presentes adiantados, mas na verdade, essa menininha que estava disfarçada de bruxa negra estava ansiosa pelas próximas horas que viriam, “Pena como a maioria deles vai morrer no ritual,” ela riu.

“Você precisa conter seu entusiasmo, Judith,” a garota de olhos azuis respondeu sem olhar para baixo, fazendo Judith imediatamente fechar a boca.

“Perdoe-me, Senhora.”

“Os sacrifícios são para o bem maior. Tenho certeza de que eles poderão entender sem que tenhamos que lhes dizer especificamente,” disse Sabbi quando seus olhos caíram sobre uma parte do chão que havia sido marcada, “Você recebeu alguma informação sobre o status dos caçadores de bruxas que têm guardado as vilas?”

“Eu recebi o relatório ontem de manhã, mas ainda estou esperando receber depois disso. Os caçadores de bruxas recém-recrutados parecem ser inúteis.”

“A maioria é inútil e é por isso que precisamos fazer uso deles,” ela respondeu à menininha que sorriu novamente.

“É bom que não tenhamos dado muita informação a eles, seria problemático se fossem pegos, não que seremos pegos, já que esta é a terra dos humanos que fica longe das bruxas ou dos vampiros.”

A garota mais velha não respondeu às palavras tagarelas da menininha. Sabbi encarou a igreja abandonada que ela havia visitado quatro décadas atrás. Mas tinha sido mais de quatro décadas desde que ela começou a reunir pessoas, recrutando-as para o ritual de hoje que finalmente desencadearia a magia negra que legitimamente pertencia às bruxas negras e ela mal podia esperar por isso. Muitos anos haviam passado solitários. Aguardando este dia chegar e ela tinha certeza de planejar bem para que não falhasse e não falharia.

Pela dor que havia sofrido e o que sua família passou, ela não descansaria até destruir o conselho e a raça dos humanos, assim como dos vampiros. Embora fosse jovem, ela ainda podia ouvir sua pobre mãe chorando e gritando com o homem que a assaltou e matou na sua frente.

A dor se transformou em vingança e era isso que ela queria. Aniquilar era desnecessário quando as criaturas poderiam ser transformadas em escravos.

“Senhora, você viu o homem antes?” perguntou a menininha a ela.

Sabbi se virou para olhar para Judith, seus olhos ainda como água que não havia sido movida, “O que estava na carruagem?”

“Eu continuo tendo a sensação de que já vi ele antes. Será que é por causa do rosto bonito dele,” Judith colocou o dedo indicador na bochecha, “Mas eu não me lembro exatamente onde.”

“Você pode pensar sobre o humano em outro momento e eu preferiria que você se concentrasse no que estamos fazendo hoje. Não gostaria que você atrapalhasse o que temos trabalhado por anos agora,” disse Sabbi, sem ser leniente, “Levou tempo para quebrarmos os cento e três rituais para ser capazes de alcançar a magia negra.”

“Sim, Senhora,” a menininha abaixou a cabeça e deu-lhe um sorriso largo sem mostrar os dentes, “O que vamos fazer sobre o livro? Os caçadores de bruxas disseram que não conseguiram rastrear o livro e também Laurae desapareceu. Embora eu tenha ouvido dizer que ela deixou um rastro de corpos mortos antes de desaparecer.”

O livro tinha os feitiços e informações sobre como trancar a magia branca junto com a magia negra. Depois de desvincular a magia hoje, ela queria trancar a magia da bruxa branca junto com os outros poderes que existiam para diferentes criaturas. O livro do Alho. Era o livro que ela estava procurando e a bruxa estúpida o havia perdido.

Sua mão se fechou com força em raiva e seu rosto não mostrava expressão. Estava tudo bem, no entanto, pois Sabbi acreditava que eles haviam quebrado com sucesso o alinhamento das estrelas. Eles estavam mortos e nenhum destino poderia consertar isso, pois ela havia mudado o destino.

Mas a bruxa negra nunca conseguiu descobrir quem eram as verdadeiras estrelas por causa disso, ela não sabia que todas elas estavam muito vivas. Uma que estava na terra de Bonelake, outra que havia sido movida para o mundo alternativo enquanto a terceira não estava muito longe da igreja abandonada onde ela estava.

“Se ela tem matado pessoas, só é questão de tempo até os membros do conselho a pegarem e matarem. Vamos deixar que eles façam o trabalho. Uma vez feito isso, precisaremos descobrir onde está o livro.”

“Sim, Senhora!”

Quando chegou a hora do entardecer, onde o sol começou a se pôr, as bruxas negras começaram a se reunir nas ruínas da igreja junto com muitos outros que cercavam a área para garantir que ninguém viesse perturbar o ritual que fariam.

No centro do ritual, onde as marcações tinham sido feitas, colocaram uma pilha de madeira que foi acesa com fogo, e ao lado dela estava uma jovem que estava amarrada a um poste que havia sido fixado com força suficiente para que ela não pudesse se mover.

Lágrimas caíram dos olhos da garota e em suas bochechas. Ela olhou para as bruxas que haviam mudado de forma e algumas que ainda pareciam humanas sem atender a nenhum dos seus apelos.

“Que pena a virgem não ter sido tocada,” um dos bruxos que estava perto dela fez um comentário.

“Por favor, me deixem ir! Eu não fiz nada! Por favor!” ela chorava repetidamente. Depois de vinte minutos ela finalmente parou, percebendo que ninguém ali iria ajudá-la e ela seria sacrificada naquela noite.

Do outro lado das marcações, uma bruxa preparava algo escuro na panela que deveria ser bebido por todos que estavam dentro das marcações.

Sabbi ficou fora das marcações, observando as pessoas trabalharem. Havia mais pessoas no círculo e elas estavam posicionadas não para entoar os feitiços, mas para sacrificar a si mesmas, coisa que elas desconheciam.

Logo o ritual começou e as bruxas começaram a entoar os feitiços ao redor do fogo ardente. Os caçadores de bruxas que ficaram distantes e que se espalharam ao redor da igreja na floresta ouviram um som de assobio quando uma faca passou repentinamente pela cabeça do caçador de bruxas.