720: Casal Fugitivo – Parte 3 720: Casal Fugitivo – Parte 3 “Bruxa negra, Circe, não vamos enrolar porque o tempo é escasso e estamos ficando sem ele. O que está acontecendo nesta vila?” perguntou Damien.

A bruxa negra mostrou seus dentes feios que não intimidaram o homem e ele a encarou, “Você precisa escovar esses dentes, madame,” ele brincou, fazendo a criatura se debater novamente em agitação pelo que ele acabara de dizer. Se havia algo sobre o qual as bruxas negras eram sensíveis, era sobre a aparência delas. Quase todas as bruxas negras nasciam com aparências horrendas e era apenas por causa do feitiço que usavam que conseguiam adotar uma aparência humana para atrair seu público ou pessoas nas quais predavam.

“O que há com a vila?” ele perguntou novamente.

“Está sob um feitiço que nossa mestra fez,” disse Circe, seus olhos estreitos olhando para Damien enquanto a língua deslizava para dentro e fora de sua boca, criando um som sibilante.

Penny, querendo saber mais perguntou, “Quem é sua mestra?”

“Criaturas inferiores como nós não pronunciam o nome dela.”

Isso chamou a atenção tanto de Damien quanto de Penelope, eles encararam a bruxa negra que tentava se libertar, “Qual é o nome dela?” Damien a questionou, mas a mulher abriu a boca e nenhuma palavra saiu, “Parece uma poção de verdade restritiva.”

“Acho que ela está sob outro feitiço que não a permite dizer o nome.”

“Quem quer que esteja tentando desfazer a magia deve ser uma bruxa poderosa, não é. Onde está acontecendo o ritual?”

“Não sei.”

“Quais outras vilas ou cidades estão sob o feitiço?” ele perguntou a ela.

A bruxa negra começou a rir antes de responder à sua pergunta, “Mais quatro além desta. Uma em cada canto para criar as linhas. Você não será capaz de fazer nada. Finalmente seremos livres e finalmente reinaremos e teremos esperança de poder jogar vocês, pessoas, onde vocês pertencem por tratarem nossa espécie da maneira que todos fizeram.”

“Vocês fazem as coisas dessa maneira, o que vocês esperam? Um tapinha nas costas?”

Após algum pensamento, Penny disse, “É a forma de estrela,” ela se lembrou de ter lido as imagens em um dos livros da igreja, “É usada para extrair as almas das pessoas como uma oferta. Não apenas a morte. Em algum lugar no livro, falava como sacrifícios de almas poderosos eram. No momento as pessoas não têm o que precisam. Eles não sabem que precisam de outro tipo de bruxa, os signos lunares estão todos errados e o livro que foi dado a minha mãe está de volta nas mãos de alguém. Isso pode ser outra opção,” ela transmitiu a informação a ele.

“Sacrifícios de almas não soam bem,” murmurou Damien e voltou seu olhar para a bruxa, “Quantos de vocês existem? Quantas bruxas e quantos caçadores de bruxas?”

A bruxa negra começou a sorrir novamente, Damien sacou o revólver e o posicionou nas costas da mulher, “Há muitos. Muitos vieram se juntar ao ritual que acreditam nas palavras da mestra.”

“E sobre a igreja abandonada? Onde podemos encontrá-la?” Penny perguntou a ela.

“Viaje duas vilas para o oeste e você encontrará a próxima sendo isolada com ruínas.”

“Obrigado pela informação,” Damien puxou o gatilho no momento seguinte, fazendo o som do tiro ecoar na casa e nas casas próximas. A bruxa negra se transformou em pó, deixando apenas suas roupas para trás, “Agora sabemos para onde ir,” levantando-se e sacudindo as calças, tanto Damien quanto Penny deixaram a vila depois de colocar todas as bruxas negras que haviam matado em uma casa para evitar qualquer suspeita direta.

O meio-dia havia passado e o tempo da tarde estava se aproximando quando Damien e Penny avistaram a igreja abandonada. Antes que pudessem se aproximar do prédio, eles foram se esconder atrás do muro quando viram as vassouras voando junto com as bruxas negras.

“Encontramos um tesouro,” disse Damien em voz baixa.

“O covil da bruxa negra…” Penny sussurrou.

Penny, que espiou por cima do muro enquanto se inclinava para frente, avistou as pessoas que entravam e saíam do prédio. O lugar parecia menos uma igreja e mais um lugar em ruínas onde os prédios estavam quebrados. Era difícil dizer se alguém morava ao redor dessa…terra. A igreja abandonada parecia que a metade superior do prédio estava quebrada e removida, mantendo apenas as paredes no lugar. Havia algumas partes quebradas que permitiam que eles vissem as escadas onde as pessoas estavam sentadas sem fazer nada em particular.

“Encontramos nossa querida caçadora de bruxas,” disse Damien, avistando a mulher com cabelos pretos curtos que estavam cortados de forma a deixar as laterais da frente dos cabelos longos e a parte de trás curta. Ela usava roupas semelhantes às de Penny, só que completamente pretas.

A mulher parecia estar no final dos vinte anos. Uma humana que havia sido criada pelo conselheiro Creed para seu próprio uso. Ele havia acolhido pessoas, abrigado-as para que pudessem ser úteis um dia com seus cérebros sendo lavados por suas palavras, mas seu plano havia falhado e os caçadores de bruxas agora estavam trabalhando para as bruxas negras em vez dele.

“Vamos,” Damien puxou-a, e Penny o seguiu enquanto eles arqueavam as costas, dobrando seus corpos para não serem avistados por ninguém ali.

As pessoas eram misturadas aqui. Humanos, bruxas de ambos os tipos, vampiros, e felizmente não havia vampiros de sangue puro. Eles observavam as pessoas que estavam lá, tentando encontrar a chefe, já que a bruxa negra anterior havia se referido à pessoa como ‘mestra’, mas eles não conseguiram encontrar ninguém que se destacasse aqui como a chefe.

Antes que alguém pudesse vê-los, Damien e Penny se teleportaram dali para voltar à estalagem e também levando o baú que haviam carregado anteriormente com eles.

“A igreja ainda não tem nenhuma marca,” ela disse deixando o baú no chão e dirigindo-se ao jarro de água que estava na mesa. Purificando-a com a mão, ela tomou alguns goles e sentou-se na cadeira.

“Eles ainda têm tempo até amanhã à noite,” Damien rasgou a bolsa de sangue e começou a bebê-la. Tanto Damien quanto Penny tinham visto o design e não levaria muito tempo para eles fazerem as marcações, “Os conselheiros estarão vindo para a terra de Mythweald e há uma grande possibilidade de que eles se espalhem para garantir que não haja outros rituais acontecendo naquele momento,” sorvendo toda a bolsa de sangue que ficou seca, ele a colocou de lado.

Eles ainda estavam conversando quando ouviram alguém bater na porta. Eles trocaram um olhar e Damien pegou o revólver, colocando-o atrás das costas, e Penny rapidamente foi fechar o baú. Chutando a bolsa de sangue para o canto, ela viu Damien girar a maçaneta e abrir a porta para ver que era o proprietário da estalagem.

“Ouvi algo…” disse o homem com um olhar sério. Seus olhos dando uma rápida olhada no quarto.

Damien, com um leve movimento das sobrancelhas em questionamento, “O que foi?”

“Vocês dois…vocês dois fugiram, não foi?”