Jovem mestre Damien animal de estimação - Capítulo 586

586: Visitando conhecidos – Parte 3 586: Visitando conhecidos – Parte 3 Eles caminharam até a vila onde o tio e a tia de Penelope moravam. Já tendo causado desordem ao quebrar os dedos de seu tio na frente de todos, tanto Damien quanto Penny eram famosos na vila, a ponto das pessoas que os viam pararem o que estavam fazendo para assistir à passagem do casal, mantendo seus olhos na dupla que se dirigia em direção a uma casa em particular.

Penny tomou a frente para se adiantar e bater na porta da casa de seus parentes.

Quando a porta se abriu, Penny avistou seu tio, que lhe lançou um olhar azedo e enojado ao vê-la com Damien, que estava logo atrás dela, sorrindo.

“Boa tarde,” cumprimentou Damien ao homem que, em resposta, resmungou,
“O que vocês estão fazendo aqui?” perguntou seu tio com um olhar fulminante em direção a eles.

“Tínhamos algumas perguntas,” afirmou Penny e, com o tempo, sua tia saiu de dentro da casa para ver quem era. Sua expressão calma e sóbria transformou-se em uma semelhante à do rosto de seu marido.

“Nós respondemos tudo o que podíamos quando você veio da última vez. Não há mais nada para perguntar. Deixe a frente da nossa casa e nos deixe viver em paz,” disse seu tio, empurrando a porta para fechá-la, mas a mão de Damien interveio, impedindo que ele a fechasse.

“Ainda não terminamos de falar,” disse Damien, empurrando a porta para abri-la novamente, até que ela se soltou da mão do homem e bateu na parede interna, “Olá, tia,” Damien cumprimentou a mulher, “Espero que estejam bem desde a última vez que nos vimos,” disse ele com um sorriso nos lábios.

Penny percebeu que tia Marion estava visivelmente mais irritada que seu tio. Sua mãe era a razão pela qual ela não tinha filhos… espera um pouco. Isso não parecia semelhante ao caso de Artemis? Penny perguntou a si mesma. O casal não podia ter seus próprios filhos para amar e cuidar. Sua tia havia dito que foi sua mãe quem tinha sido responsável por isso e, se Artemis conhecia sua mãe, isso significaria que sua mãe teve um papel na perda das crianças?

Penny sabia que era um salto de teoria chegar a uma conclusão por essas coisas, mas poderia ser, certo? Os Artemis não nasceram maus, mas se tornaram maçãs podres como as bruxas negras depois de passarem pelo sofrimento onde queriam trazer as crianças de volta à vida.

“Queremos viver em paz, Senhor. Você vir aqui toda vez não vai fazer nada além de trazer um mau presságio para a nossa casa,” disse tia Marion, com os olhos faiscando enquanto Damien se acomodava, entrando na casa e se sentando em uma cadeira.

“Por quê?” questionou Penny. Foi apenas a primeira vez que Damien quebrou os dedos do tio dela e na vez anterior em que tinham visitado, Damien não havia tocado no homem. Ela viu o jeito que sua tia apertou os lábios, enquanto seu tio olhava para sua esposa sinalizando para ela parar de falar, “O que está acontecendo?” ela perguntou.

“Eu gostaria de perguntar o mesmo,” sua tia não deu atenção ao olhar de seu marido e disse, “Eu ouvi que vocês mudaram a cova de sua mãe e com isso, vocês também pagaram pelas nossas covas. Como ousa pensar que vamos morrer agora?! Vocês não têm vergonha, fazendo uma piada horrível dessas?” perguntou a mulher.

Penny se virou para Damien, dando-lhe um olhar significativo para que ele levantasse as mãos e dissesse, “Eu não fiz isso.” Ela não sabia se deveria rir ou consolá-los. Damien disse que não fez o que significava que foi outra pessoa que não gostava deles, mas sua tia disse que sua mãe também foi movida.

“Nós já dissemos da última vez que minha mãe ainda está viva. O caixão e a cova onde ela foi enterrada estão vazios,” disse Penny à sua tia, “Para mover um corpo você precisa de um corpo.”

“Então quem veio aqui nos dizer?” perguntou sua tia.

Damien se inclinou para trás na cadeira em que estava sentado, o que levantou as duas pernas da frente da cadeira na chuva, “Isso é algo que vocês têm que nos dizer. Não fomos nós que recebemos informações sobre nossas covas estarem prontas e esperando para serem preenchidas,” ele riu no final, o que fez com que o sangue de seu tio fervesse.

“Saiam da casa! Vocês dois agora,” disse seu tio como uma criança que repetia as mesmas palavras.

“Parece que você esqueceu sobre nosso primeiro encontro,” Damien colocou as pernas da cadeira de volta ao chão. Ele se levantou para olhar a mão do homem, onde os dedos estavam faltando e estava enfaixado até hoje, “Respondam à pergunta enquanto ainda estamos sendo amigáveis. Sua sobrinha pode demonstrar misericórdia, mas não é bem assim quando se trata de mim. Vocês são apenas camponeses tentando sobreviver na sociedade,” seus dedos tocavam a parede, riscando-a em linha enquanto ele caminhava para a frente.

“Não sabemos quem veio até nós. Era um homem que parecia um homem de alta posição,” respondeu sua tia rapidamente.

“Um conselheiro?” Damien perguntou a ela.

“Não sei. Ele parecia bastante elegante e tinha olhos castanhos. Um humano,” a cabeça de Damien inclinou-se em dúvida. Damien estava ciente de quase todas as pessoas que trabalhavam no conselho, eram apenas alguns poucos indivíduos que ele não conhecia.

“Como ele era? Ele disse o nome dele?” Damien olhou para a mulher que pensou profundamente.

Tia Marion balançou a cabeça, “Estávamos muito chocados com o que você fez para registrar o nome que o homem disse.”

Penny não sabia por que eles pensariam que foi ela quem fez isso. Havia outras coisas melhores para fazer na vida do que desenterrar covas de pessoas que a venderam para o estabelecimento de escravos. Agora que ela pensou sobre isso, talvez fosse válido pelo que eles a fizeram passar.