Jovem mestre Damien animal de estimação - Capítulo 577

577: A vida que costumava ser – parte 1 577: A vida que costumava ser – parte 1 Como era de manhã, eles caminhavam na floresta, tentando recuperar o tempo e os anos perdidos entre eles. Penny ainda não conseguia acreditar que tinha fingido lágrimas na frente de Caitlin quando precisou de ajuda. A memória a fez sorrir ainda mais, fazendo-a perceber que, quando envelhecessem, ela olharia para trás e veria o quão engraçadas eram as coisas. As coisas não pareceriam mais importantes e, em vez disso, seriam questões triviais.

Ao voltar para a mansão, Penny conseguiu dormir um pouco, pois na noite anterior ela e Damien estavam ocupados na mansão do Creed e depois na masmorra junto com o bruxo.

Era um pouco difícil para ela pensar que o outro bruxo havia se matado para não ser capturado e torturado por informações. Será que as bruxas negras eram tão leais à sua espécie? Algo não parecia certo, pensou Penny consigo mesma.

Penny não dormiu muito, pois seus olhos se abriram em menos de uma hora e ela entrou no banho para lavar-se e se arrumar.

“Você vai a algum lugar?” Damien perguntou, vendo suas roupas que tinham mudado do que ela usava na noite anterior.

“Nós vamos à igreja. Vamos ver se o padre que trabalhava com a Senhora Isabelle ainda está lá,” Penny disse a ele, vestindo o casaco que ele havia comprado para ela enquanto ela lhe dava seu próprio casaco, “Venha rápido.”

“Parece que todos os dias são uma aventura com você,” Damien disse vestindo o paletó, “Sua mão, madame,” disse ele, pegando-a para beijar o dorso de sua mão e quando se levantou, em um piscar de olhos eles estavam ao lado da igreja. Penny tinha visto Damien beber sangue naquela manhã, então ela não se preocupou com ele os aparatando para lugares distintos.

Entrando na igreja eles viram algumas pessoas que vieram oferecer suas preces. A igreja era um local onde vampiros de sangue puro como ele não podiam esconder sua verdadeira natureza. Exceto por igrejas abandonadas, as igrejas que ainda se erguiam afetavam os vampiros e vampiros de sangue puro, havia algo nelas que fazia com que os vampiros sentissem suas energias se esvair, o que era pior para os vampiros comuns.

“Você quer rezar?” Penny perguntou a ele e ele deu de ombros.

“Por que não.”

Ambos caminharam até a capela antes de se ajoelharem e rezarem, “Eu não sabia que vampiros rezavam,” ela sussurrou, sentada ao lado dele.

“Eles não rezam. Estou fazendo isso por você,” ele disse trazendo suas mãos para frente, fechando os olhos. Que fofo, pensou Penny consigo mesma. Damien sabia quando ser doce e quando irritar alguém. O homem que ele era para ela, ela adorava e amava, cuidava dela fazendo com que o homem compartilhasse a dor que ela sentia com ela.

Levantando-se, eles foram se sentar no mesmo banco onde Penny tinha se sentado anteriormente durante sua última visita a esta igreja, onde ela conheceu a Senhora Isabelle pela primeira vez. Os registros diziam que seu irmão havia morrido e talvez ela pensasse que aí terminava sua família exceto por Alexander. Poderia tê-la surpreendido perceber que o antepassado de Penny era o próprio irmão dela.

“Eu falei com meu pai sobre o nosso casamento.”

A cabeça de Penny virou-se abruptamente para olhar a pequena surpresa que Damien revelou agora, “E?” ela perguntou a ele, seu coração começando a bater forte no peito.

“E o quê?” ele perguntou, erguendo as sobrancelhas com um olhar oblíquo no rosto.

“O que ele disse?”

“Ele disse que se ambos estivermos prontos, podemos escolher uma data e uma hora antes de enviar os convites aos convidados,” disse Damien a ela.

Penny estava nervosa ao ouvir a palavra casamento e ao mesmo tempo, estava animada, mas seria rápido demais? Ela se perguntou.

“Era um pensamento que eu queria compartilhar com meu pai, sabendo bem como minha madrasta estava planejando me casar com Evelyn ou com a próxima mulher possível. Você não precisa se sentir pressionada por isso. Quando a hora for certa, nos casaremos um com o outro,” ele se inclinou para ela, beijando sua têmpora. Um casal de idosos que voltava da capela olhou para eles com um olhar estranho, como se estivessem fazendo algo profano nos arredores da igreja.

“Obrigada,” Penny articulou suas palavras sem deixar sua voz sair. Olhando ao redor da igreja e o padre que estava lá conversando com as pessoas locais que visitavam a igreja, ela disse, “Eu não vejo o padre anterior aqui.”

“O homem deve ter partido após o desaparecimento da tia Isabelle daqui.”

Saindo da igreja, Penny notou alguns olhares que ela não teria sido capaz de notar antes, mas com ela constantemente em alerta sobre onde sua mãe poderia estar observando-a, ela conseguiu sentir os olhares que estavam bem fora da igreja.

“Estou imaginando coisas ou você também sente olhares nas suas costas?” Penny perguntou a ele, tossindo para o lado e quando abaixou as mãos, viu um humano que parecia suspeito. Era um caçador de bruxas.

“Ou você se tornou popular ou eles vieram elogiar o trabalho que fizemos,” Damien colocou a mão ao redor da cintura de Penny, “Aja normalmente. Ninguém sabe que você é uma bruxa branca. Quanto mais você se agitar, mais isso vai fazê-los querer te perseguir e caçar.”

“O que aconteceu com a proteção das bruxas brancas da igreja?” todo esse tempo ela pensou que estavam sob proteção. Em vez disso, parecia que estavam esperando que as bruxas brancas cometessem erros para assim poderem caçá-las com facilidade, “O conselho algum dia vai suspender as regras para que uma bruxa branca possa andar livremente sem ser questionada?”

Damien a puxou para mais perto dele para que ele pudesse sempre manobrá-la se alguém tentasse atacá-los por trás, “Enquanto as bruxas negras existirem, as bruxas brancas nunca terão sua paz.”

“Isso é como se nunca tivesse fim,” ela franziu a testa e ouviu ele concordar com isso.

“É um ciclo sem fim.”