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493: Serenidade 493: Serenidade A Princesa Seraphina cerrava os dentes enquanto observava o Duque partir. Ao longo de sua vida, fora acarinhada por todos à sua volta. Contudo, o Duque, de todas as pessoas, teve que tratá-la como uma vilã! Quando tudo o que ela queria era casar-se com ele e salvar este continente!
“Sua Alteza….” A criada falou.
“Estamos de partida,” declarou a Princesa, levantando-se de seu assento e partindo do banquete sem ao menos oferecer suas despedidas aos anfitriões.
Devido ao projeto de teletransporte, o Rei de Wugari decidiu conceder aos Enviados do Reino Rakha uma propriedade que eles poderiam utilizar se desejassem permanecer em Wugari. Além disso, ele também lhes concedeu o direito de usar o dispositivo de teletransporte à sua discricionariedade.
Entretanto, a Princesa não tinha intenção de utilizar o dispositivo para retornar a Rakha naquela noite. Em vez disso, instruiu seus acompanhantes a escoltá-la ao Palácio do Rei.
Em meio à noite, o Rei já havia se recolhido em seu palácio. No entanto, a Princesa não hesitou em solicitar uma audiência.
“Sua Alteza….” O Rei sorriu. Ele estava trajando seu roupão, ainda em seu escritório, absorto na leitura dos últimos memoriais e documentos que precisavam de sua atenção. Desde que sua esposa, a Rainha, partiu para se recuperar, ele vinha passando todas as suas noites em seu estudo.
“Posso perguntar por que veio ao palácio a esta hora tão tardia? Aconteceu algo?” Considerando que a Princesa era solteira, o Rei não queria alimentar rumores desnecessários e estava inicialmente inclinado a recusar este encontro. Contudo, a Princesa parecia determinada a vê-lo naquela noite, até mesmo recorrendo a implorar por uma audiência.
Por respeito, o Rei acedeu, pressentindo que algo significativo estava em jogo.
“Desejo casar-me com o Duque,” a Princesa revelou diretamente. “Esta união beneficiaria não apenas a Propriedade da Família Rothley, mas também todo Wugari. Suplico a Vossa Majestade que considere esta proposta.”
O Rei ficou sem palavras. Ele se perguntava se a princesa verdadeiramente viera somente para fazer este pedido. Qual seria o verdadeiro propósito por trás de sua visita?
“Sua Alteza….” O Rei engoliu. “Está se sentindo mal?” ele indagou.
“Não estou,” respondeu a Princesa. “Vossa Majestade, estou falando sério. Eu sei o que estou fazendo. Amanhã, pretendo apresentar esta proposta ao conselho de Wugari. Eu pessoalmente— ”
“Sua Alteza, por favor me perdoe por perguntar, mas…. Você está cansada da vida?” o Rei interrompeu. “Seu desejo pela morte é realmente tão forte?”
“Vossa Majestade, eu falho em entender…”
“Sua Alteza, se o conselho ou eu tentarmos influenciar as escolhas matrimoniais do Duque, isso provavelmente resultaria em já ter um filho.” Um sorriso gentil iluminou os lábios do Rei. “O casamento do Duque não é um assunto para ser tratado levianamente. Aconselho fortemente que você evite abordar este tópico no futuro. As repercussões para Wugari e Rakha começarem um conflito neste ponto não seriam favoráveis.”
….
“Como eu estava dizendo, a estufa é de fato um projeto louvável,” Fraunces começou. “O Ducado nunca experimentou o toque de uma mulher antes. O fato de que você tem se dedicado a estes projetos é realmente bom. No entanto, por que restringir seu tempo à propriedade somente? Você é a Duquesa. Socializar seria benéfico.”
Rosalinda concordou com um aceno, sem proferir uma palavra.
“Eu—” As palavras de Fraunces pararam conforme sua criada sussurrava algo. “Oh?” Fraunces levantou uma sobrancelha, lançando um olhar significativo para Rosalinda. “Muito bem, você pode partir.” Fraunces sinalizou para que sua criada se retirasse.
“Adivinha só?” Fraunces exclamou.
“O que?”
“A Princesa acabou de ter uma conversa privada com o Duque. Parece que é sobre você. Eles estão atualmente na sala de sol. Vamos lá e—”
“Não há necessidade,” Rosalinda sorriu.
“Como assim?”
“Prefiro permanecer aqui.”
“Mas e a Princesa? Você não vai falar com ela?” Fraunces perguntou, franzindo o cenho. “Ela só queria arrancar seu marido!”
“Não há necessidade.” Rosalinda então voltou sua atenção para o homem que se aproximava. “Por que bisbilhotar quando se pode perguntar à parte envolvida?” Rosalinda sorriu, deixando Fraunces atônita.
“Eu— Vossa Graça,” Fraunces prontamente fez uma reverência a Lucas. Ela então lançou um olhar para Rosalinda.
“Prossiga…” Rosalinda incentivou Fraunces.
“O que?”
“Por que não perguntar a ele se é verdade?”
“Eu—” Fraunces arregalou os olhos, olhando para Rosalinda. “Vossa Graça, eu de repente me lembrei que meu marido estava me esperando lá fora. Vou me retirar.” Fraunces partiu do balcão sem esperar por uma resposta.
“Eu nunca imaginei que minha esposa tinha tal inclinação para provocar jovens mulheres,” Lucas comentou enquanto tomava a mão de Rosalinda. Juntos, eles se moveram para a borda do balcão. Vendo isso, Magda optou por se retirar e ficou de guarda perto da porta do balcão.
“Eu ouvi que a Princesa falou com você?” Rosalinda perguntou.
“As notícias viajam velozmente.”
Rosalinda franziu os lábios. “Ela te propôs em casamento?” ela perguntou.
“De fato propôs.”
“E?”
“Eu já sou casado,” ele respondeu com nonchalance. “Não preciso de outra esposa.”
Rosalinda piscou e observou seu perfil atraente.
“Bom saber,” Rosalinda soltou antes de se conter. Ela então deu uma risada. Ela havia esperado que a Princesa o consultasse sobre o casamento. Enquanto teria sido divertido observar, pelo menos a Princesa mostrou decoro ao endereçá-lo em privado.
Ela suspirou interiormente.
Ela teria adorado ver o espetáculo!
“O que achou do banquete?” ele perguntou.
“É… único,” Rosalinda comentou. “E agradável.”
“Excelente,” Lucas respondeu. “Sinta-se à vontade para participar de mais banquetes. Se quiser, também pode organizar banquetes ou chás. Não há necessidade de pedir meu consentimento ou me informar. O Ducado está sob sua jurisdição.”
Rosalinda ficou sem palavras. Ele estava tentando tranquilizá-la? “Entendo, Vossa Graça,” Rosalinda respondeu. Sua mão cercou sua cintura, atraindo-a para perto como se a protegesse da brisa fria.
Rosalinda sorriu.
Sob o céu iluminado pela lua, eles permaneceram em silêncio.
À frente deles, estendia-se um belo jardim, uma tranquila e vibrante exibição do encanto da natureza, iluminada pela lua. Flores de variadas tonalidades adornavam a paisagem, suas pétalas brilhando suavemente ao luar. Árvores altas balançavam, folhas sussurrando suavemente. O ar estava fresco, carregando um toque de orvalho, aumentando a atmosfera serena noturna.
Era a serenidade, Rosalinda refletia consigo mesma.