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- Capítulo 485 - 485 Casamento por Conveniência 485 Casamento por Conveniência
485: Casamento por Conveniência 485: Casamento por Conveniência Rosalinda permaneceu em silêncio enquanto encarava Atior com um olhar atento. Infelizmente, ela sabia que tentar convencer alguém com uma convicção firme seria inútil. Enquanto contemplava a conversa, as vozes fora do seu quarto interromperam seus pensamentos, fazendo-a franzir a testa.
Num piscar de olhos, Atior havia desaparecido sem deixar vestígios. O coração de Rosalinda acelerou, incerta do que poderia ter acontecido do lado de fora.
Ela desejava poder ver o que estava acontecendo, mas confinada em seu quarto, tudo o que podia fazer era sentir a presença de várias pessoas além da porta.
A voz de Magda encheu o ar, exigindo respostas para a perturbação. A Duquesa podia sentir a frustração de sua amiga e a atmosfera tensa que havia envolvido a sala de estar.
Antes de Magda, o Capitão Nuvali se manteve firme, tentando explicar a intrusão. Ele era imponente e corpulento, mas Magda era inabalável, não recuando frente à sua presença intimidadora.
“Você acha que eu estaria aqui falando com você se um assassino estivesse aqui?” Magda retrucou asperamente, seu rosto mostrando seu desprazer. Ela tinha vivido sua cota de esquemas e sabia como identificar ameaças genuínas.
A audácia daqueles que ousavam conspirar contra eles a enfurecia. Subestimavam a profundidade do amor e lealdade do Duque por sua esposa, e logo aprenderiam as consequências de sua tolice.
O Capitão Nuvali tentou justificar suas ações, citando a necessidade de seguir o protocolo e proteger o palácio de perigos potenciais. No entanto, antes que pudesse elaborar mais, a voz da Princesa Isadora cortou a tensão.
“Lady Magda,” a Princesa Isadora a chamou, entrando graciosamente na sala. Os Cavaleiros respeitosamente abriram caminho para ela, reconhecendo sua presença. “Gostaria de pedir desculpas pessoalmente pelo transtorno de agora há pouco. O Capitão Nuvali estava simplesmente cumprindo seu dever.”
Contudo, apesar do sorriso cordial da Princesa, Magda achou difícil se acalmar. O sorriso, de fato, só alimentou sua irritação. Ela sempre desconfiou da natureza ardilosa da Princesa Isadora, mas testemunhar tal manipulação descarada diante da Duquesa era além de imprudente.
“Magda, o que está acontecendo?” veio a voz preocupada de Rosalinda de dentro do quarto.
Suspirando internamente, Magda sabia que Rosalinda havia intervido para prevenir qualquer desrespeito em direção à Princesa e evitar ofendê-la. “O Capitão Nuvali está aqui com a Princesa,” Magda respondeu, sua frustração evidente.
Antes, Magda havia resistido em permitir que os Cavaleiros entrassem na suíte, mas ela não poderia possivelmente bloquear a própria Princesa Isadora. Seu semblante se aprofundou enquanto mantinha sua posição, recusando-se a se afastar, apesar do convite da Princesa.
Rosalinda finalmente emergiu do quarto, e a Princesa a cumprimentou imediatamente. “Vossa Graça, posso ter uma palavra?” perguntou a Princesa Isadora.
“Claro,” Rosalinda respondeu, a curiosidade se misturando à sua cortesia.
“Então, por favor, me acompanhe a um lugar bem mais seguro,” sugeriu a Princesa, conduzindo-as pelo corredor. Rosalinda obedeceu, intrigada pelas ações da Princesa, e Magda seguiu de perto, mantendo um olho atento na situação.
Elas foram levadas através de um corredor diferente adornado com pinturas elegantes e magníficos lustres. Eventualmente, chegaram ao que parecia ser um escritório. No entanto, Rosalinda ficou surpresa com a cena diante dela.
O escritório estava em desordem, longe da impecável organização que se esperaria em um grande palácio. Papéis estavam espalhados por todo o lugar, dando a impressão de trabalho apressado e assuntos urgentes em questão.
“Por favor, perdoe o caos,” a Princesa falou, seus olhos apologetas enquanto gesticulava para seu estudo desarrumado. “Este é o meu santuário pessoal.” Ela sorriu calorosamente para Rosalinda. “Eu não vejo sentido em deixar minhas empregadas limparem o lugar onde passo a maior parte dos meus dias. Prefiro assim, estranho como possa parecer. O caos de alguma forma alimenta meus pensamentos e criatividade.”
Rosalinda assentiu, compreendendo a abordagem única da Princesa para o seu espaço de trabalho. Enquanto a Princesa lhe servia uma taça de vinho, Rosalinda se acomodou em uma cadeira, apreciando a atmosfera íntima e franca do momento.
A Princesa levantou sua própria taça, indicando um brinde. “Este vinho foi um presente cuidadoso de um dos nobres de Sloryn. Não é frequente que eu consiga desfrutar de momentos de lazer em meio aos meus deveres.”
Rosalinda sorriu em resposta, contente em compartilhar este momento descontraído com a Princesa. No entanto, sua curiosidade e impaciência sobre o propósito do encontro persistiram.
“Estou me perguntando por que a Princesa queria falar comigo,” Rosalinda finalmente falou, decidindo ir direto ao ponto.
A Princesa Isadora riu suavemente, seus olhos brilhando de divertimento. “Posso ver a impaciência da Duquesa,” ela comentou brincando. “Peço desculpas pela minha abordagem indireta. Não pretendia complicar as coisas. Então, gostaria de ser o mais direta possível.”
Rosalinda ergueu uma sobrancelha, intrigada com a mudança de tom da Princesa.
“Eu quero me casar com o Duque de Wugari,” a Princesa Isadora declarou corajosamente. “Eu quero me tornar a Concubina do Duque. Espero que a atual Duquesa não se oponha.”
A expressão de Rosalinda mudou de curiosidade para perplexidade. As palavras a pegaram de surpresa, e ela lutou para encontrar uma resposta para uma proposta tão inesperada.
“Uma concubina?” ela repetiu, sua voz tingida de incredulidade. Ela havia pedido que a Princesa fosse direta, mas não havia antecipado que a mulher expressaria um desejo tão audacioso.
“Sim,” a Princesa confirmou calmamente, não intimidada pela reação de Rosalinda. “Claro, entendo que isso possa ser um choque para você. Mas estou ciente da profundidade do afeto do Duque por você, e não desejo perturbar sua relação. Minhas intenções são genuínas, e acredito que tal união beneficiaria ambos os nossos reinos.”
A mente de Rosalinda acelerou enquanto ela processava as palavras da Princesa. A proposta de fato era inesperada. Ela sabia que a Princesa estava tramando algo, mas a ideia de se tornar uma concubina não era algo que ela jamais havia imaginado, muito menos considerado.
A Princesa Isadora continuou, seu tom sincero, “Eu asseguro a você, Duquesa Rosalinda, não estou buscando substituí-la ou desafiar sua posição. Eu admiro sua dedicação ao Duque e ao seu povo, e valorizo a harmonia e aliança entre nossos Reinos. Se este arranjo não for aceitável para você, eu compreenderei, e respeitarei sua decisão.”
Rosalinda ficou sem palavras, dividida entre seu dever como Duquesa e suas emoções como esposa. A proposta apresentava um dilema complexo que ela precisaria de tempo para refletir.
A Princesa Isadora lhe deu um sorriso caloroso, sua sinceridade evidente. “Tome todo o tempo necessário para considerar este assunto, Duquesa. Eu queria ser franca com você, pois valorizo sua opinião e sua felicidade acima de tudo.”
“Você está brincando?” Rosalinda perguntou, sua voz traída por uma mistura de choque e incredulidade. “Quero dizer… você está realmente…” Ela lutou para encontrar as palavras corretas para responder à audaciosa proposta.
“Eu estou falando sério,” a Princesa Isadora afirmou firmemente, seu tom resoluto. “Não tenho tempo nem inclinação para brincar sobre algo tão sério quanto o meu casamento.”
A curiosidade de Rosalinda venceu, e ela não pôde deixar de perguntar mais. “Por que a Princesa acha que o Duque concordaria com o seu arranjo?” A pergunta estava carregada de genuína curiosidade e um toque de ceticismo. O Duque de Wugari era renomado por rejeitar propostas de casamento de nobres, princesas e inúmeras outras mulheres ao longo dos anos. Seu casamento repentino com Rosalinda havia surpreendido muitos, e a recusa em aceitar concubinas de outros reinos apenas solidificara a devoção do Duque à sua Duquesa.
“Porque só eu posso ajudá-lo,” a Princesa respondeu, seu sorriso possuindo um ar de autoconfiança. “Só eu posso realmente auxiliar o Duque.”
“Desculpe?” Os olhos de Rosalinda se arregalaram, sua curiosidade aumentando.
“Eu sei que o passado da Duquesa foi… uma mentira,” a Princesa revelou, sua voz suave, mas direta. “Eu sei que você não é a filha de um mercador, mas alguém que o Duque acolheu e pretendia apresentar como uma noiva falsa.”
A mandíbula de Rosalinda caiu, seu coração acelerando de surpresa. A revelação da Princesa cortou pelas camadas de segredo que haviam cercado seu passado. A verdade, outrora cuidadosamente ocultada, agora estava exposta diante dela.
“Além disso, eu também sei que o Duque estava apenas fazendo uma exibição de seu afeto. O casamento não era nada além de um casamento de conveniência,” a Princesa Isadora continuou, seu olhar fixo em Rosalinda.
Rosalinda reuniu sua resolução, encontrando sua voz apesar do choque que ainda permanecia dentro dela. “Por favor, não subestime a rede de informações de alguém de Rakha,” a Princesa declarou, seu sorriso inabalável, mas seus olhos ostentavam um brilho de confiança. “Eu estou lhe dando até amanhã para me dizer—”
“Não,” Rosalinda interrompeu, seu tom firme e resoluto.
“Eu acabei de ouvir a Duquesa recusar minha oferta?” O sorriso da Princesa permaneceu, mas um sutil lampejo de surpresa e irritação passou por seus olhos.
“Sim, Princesa Isadora, você ouviu,” Rosalinda afirmou, seu olhar firme enquanto encontrava o olhar da Princesa diretamente.
A Princesa Isadora pareceu surpresa com a recusa direta da Duquesa. Ela esperava uma negociação, uma consideração cuidadosa, ou talvez até uma aceitação hesitante. No entanto, lá estava Rosalinda, mantendo sua posição com um olhar inabalável.
Não estava claro o suficiente? A Princesa sabia sobre o segredo do Duque e da Duquesa! A Duquesa achava que a Princesa não se atreveria a revelar essa informação?