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- Capítulo 484 - 484 Invasão Inevitável 484 Invasão Inevitável O riso de Magda
484: Invasão Inevitável 484: Invasão Inevitável O riso de Magda preencheu o opulento cômodo, um som contagiante que parecia incontrolável desde que chegaram na grandiosa carruagem.
“Eu jamais esperava que minhas palavras provocassem tanta risada,” Rosalinda refletiu, com um pequeno sorriso dançando em seus lábios. Ela girava o copo de vinho em sua mão, admirando o conteúdo rico e colorido que o Rei de Rakha havia enviado generosamente para recebê-las. Esta viagem tinha o propósito de ser diplomática, e em reconhecimento disso, o Rei havia fornecido a Rosalinda uma suíte suntuosa em seu palácio. Embora o próprio Rei não a tivesse recebido pessoalmente, Rosalinda entendia as sutilezas políticas em jogo. No entanto, ela tinha um almoço marcado com o Rei no dia seguinte, e aquela seria sua oportunidade de tocar no assunto das elusivas Montanhas Uivantes.
A risada de Magda finalmente cessou e ela perguntou a Rosalinda com curiosidade, “Eles não têm medo que você possa usar feitiçaria contra eles?”
“Feitiçaria?” Rosalinda ergueu uma sobrancelha surpresa.
“Os rumores de você ser uma feiticeira já chegaram a este lugar. Parece que algumas mulheres da nobreza tentaram testar sua paciência, mas claramente falharam,” Magda explicou. “Você acha que elas tinham realmente medo de feitiçaria, ou estavam apenas agindo sob as palavras da Princesa?”
Rosalinda deu um gole pensativo no vinho e se recostou, fechando os olhos momentaneamente. O banquete de mais cedo não havia terminado da melhor forma, pois muitas mulheres haviam partido devido às suas histórias sombrias e macabras. Ela estava quase certa de que isso havia deixado a Princesa furiosa. Entretanto, Rosalinda havia se tornado indiferente aos sentimentos da Princesa; seu foco estava no Rei e nas Montanhas Uivantes.
“Parece que a Princesa deseja fazer você pensar que desistiu,” Magda comentou, com uma expressão franzida. Seus olhos se voltaram para a grande porta. “Caso contrário, por que ela enviaria dois homens para o seu quarto a esta hora?” A mão de Magda repousava em seu quadril, onde uma adaga estava discretamente escondida. “Em Rakha, tal intrusão é escandalosa. Quem quer que tenha elaborado esse plano subestimou a astúcia da nova Duquesa de Wugari.”
Intrigada e alerta, Rosalinda observava enquanto Magda se preparava para confrontar quem quer que se atrevesse a bater em sua porta. A batida suave ressoou pelo quarto, e a voz de Magda soou cordialmente ao responder, “Quem é?”
“Boa noite, minha senhora,” veio a voz de uma mulher do outro lado. “Estamos aqui para entregar alguns presentes que o Rei preparou para a Duquesa.”
Rosalinda trocou um olhar cúmplice com Magda. A situação parecia estranha, mas elas não podiam se dar ao luxo de baixar a guarda. “Deixem os presentes fora da porta, por favor,” instruiu Rosalinda com cautela.
“Eu cuidarei disso. Deixem a bandeja na porta,” a voz de Magda ecoou autoritária enquanto ela aguardava a resposta da mulher.
“Entendido,” respondeu a mulher, e Magda pôde ouvir o som de passos se afastando. Ela observou a bandeja deixada do lado de fora da porta, sentindo um ar de precaução pairando no ambiente.
“Eu aconselho contra abrir essa bandeja,” Rosalinda alertou, sua voz carregada de preocupação. “Sinto algo estranho sobre ela, um cheiro que poderia enfraquecê-la ou até induzir ao sono. Devemos ter cautela.”
De fato, todos sabiam que Rosalinda havia trazido apenas dois guarda-costas de confiança nesta viagem diplomática: Magda e Huig. No entanto, era estritamente proibido para Huig entrar no quarto da Duquesa, pois isso era considerado tabu.
Para evitar rumores ou fofocas, Rosalinda havia combinado que Huig ficaria em um quarto separado, enquanto Magda passaria a noite com ela para fornecer proteção. Mas isso significava que elas tinham que permanecer vigilantes, especialmente quando oferendas inesperadas apareciam em sua porta.
Quem poderia ter imaginado que eventos se desenrolariam desta forma? Rosalinda ponderou. Os motivos da Princesa permaneciam envoltos em mistério, deixando Rosalinda cautelosa em fazer movimentos precipitados baseando-se apenas em seus instintos. A incerteza pairava no ar, e Rosalinda sentia o peso de suas responsabilidades pressionando sobre ela.
Decidindo reservar um momento para si, ela se levantou do sofá felpudo e caminhou graciosamente em direção ao seu quarto. Como a Duquesa de Wugari, ela conhecia a importância da segurança e privacidade, especialmente em território desconhecido. “O quarto será selado esta noite,” declarou Rosalinda, deixando suas intenções claras. “Descanse bem e fique à vontade.”
O quarto principal na suíte era um santuário que Rosalinda se encontrava atraída. Sua opulência e elegância eram dignas de uma governante, e ela não pôde deixar de apreciar a demonstração desinibida de riqueza e luxo do Reino de Rakha.
O centro das atenções do quarto era uma enorme e convidativa cama, enfeitada com lençóis macios de seda e adornada com padrões intrincados. Rosalinda não resistiu em se entregar ao conforto assim que se deitou, sentindo como se pudesse passar uma eternidade envolvida em seu abraço.
A decoração era de um minimalismo elegante, exalando um senso de refinamento que complementava a grandiosidade do quarto. Espelhos dourados decoravam as paredes, refletindo o brilho suave dos candelabros de cristal que pendiam do alto teto, criando uma atmosfera de esplendor régio.
Ela soltou um suspiro de contentamento, apreciando o senso de tranquilidade que a envolvia naquela morada luxuosa. A opulência do Reino de Rakha estava evidente em cada detalhe, e Rosalinda era grata pela oportunidade de experienciar tal riqueza.
Deitada na cama, Rosalinda sentia o peso do esgotamento em seu corpo, esperando que o sono a dominasse rapidamente. No entanto, para seu desapontamento, o sono a iludia, e sua mente parecia inquieta. Não demorou muito para que ela percebesse o motivo de seu desconforto – ela sentia falta de Lucas.
A cama, que antes parecia acolhedora, agora lhe parecia vasta demais para seu pequeno corpo. O quarto, adornado com sua decoração opulenta, parecia grande e vazio demais. Mesmo a maciez da cama provocava desconforto, causando-lhe dor nas costas, e os lençóis de seda que antes pareciam luxuosos, agora haviam perdido seu encanto.
Com um suspiro, Rosalinda se reajustou, sentando-se na beira da cama, olhando pela janela para o céu noturno, imaginando quanto tempo mais teria que esperar até que o sol graciosamente surgisse no horizonte.
De repente, uma voz fria e familiar rasgou o silêncio, assustando-a. Atior, a feiticeira que estava desaparecida há semanas, estava diante dela. No entanto, algo parecia diferente nela – sua voz estava mais profunda, suas feições mais masculinas. A confusão de Rosalinda crescia enquanto ela tentava entender o que estava acontecendo.
“Para ser honesta, eu esperava que o Duque fosse mais cauteloso depois que você decidiu consumar seu casamento,” Atior disse, suas palavras carregadas de um significado enigmático.
Confusa e intrigada, Rosalinda perguntou, “O que você quer dizer?”
Atior explicou a crença equivocada do Duque de que absorver a essência de um demônio impediria o despertar da alma dentro de Rosalinda. “A essência dessa alma teme demônios,” ela acrescentou antes de desaparecer e reaparecer mais perto de Rosalinda.
Imediatamente, a expressão firme de Rosalinda se intensificou. “Eu selei o quarto com a minha bênção,” ela afirmou, sabendo que Atior a via como uma deusa, mais do que a própria Rosalinda. A reverência do feiticeiro pela sua identidade divina a mantivera segura de danos até agora.
Apesar de suas palavras, Rosalinda permanecia cautelosa, percebendo que sua segurança poderia ser um escudo temporário.
“Não se preocupe, eu não tenho intenções de causar-lhe dano,” Atior assegurou com um inclinar de cabeça sinistro. Seu olhar parecia cada vez mais peculiar quanto mais ela fixava em Rosalinda. A feiticeira mordeu o lábio, e sua expressão assumiu um ar misterioso. “Eu jamais faria tal coisa.”
“Então por que você veio?” Rosalinda perguntou, buscando clareza em meio à incerteza.
Ao contrário do que Rosalinda acreditava, Atior respondeu, “Eu vim para te avisar.”
“Me avisar sobre o quê?” Rosalinda insistiu por uma explicação.
“Os demônios encontraram uma maneira de possuir humanos,” Atior revelou, sua voz carregada de urgência. “Seus números estão aumentando rapidamente, e nós não podemos nos dar ao luxo de esperar mais tempo.”
“Demônios possuíndo humanos?” ela repetiu, tentando compreender as implicações de tal situação.
“Como a deusa, você deve fazer algo para impedir que esta questão escale,” Atior declarou, atribuindo a Rosalinda uma identidade divina.
Entretanto, Rosalinda negou veementemente o título. “Eu não sou a deusa de que você fala,” ela interrompeu firmemente.
Os lábios de Atior se curvaram em um sorriso sarcástico, aparentemente inabalada pela negação de Rosalinda. “Você sabe muito bem que tudo isso foi uma mentira,” ela retrucou. “Você pode senti-lo correndo em suas veias. Você é a deusa, e no fundo, você sabe disso.”
Apesar da afirmação de Atior, Rosalinda resistiu à noção. “A alma dentro de mim talvez tenha pertencido à deusa uma vez, mas isso não me torna automaticamente uma divindade,” ela afirmou, adament em sua autoconsciência.
“O Duque encheu sua cabeça com tais dúvidas?” Atior provocou, procurando plantar sementes de desconfiança.
A menção do Duque despertou uma mistura de emoções dentro de Rosalinda. Ela não podia ignorar o fato de que suas ações e intenções permaneciam envoltas em mistério. Mas ela não permitiria que fosse manipulada pelas insinuações de Atior.
“Eu tenho meus próprios pensamentos e crenças,” Rosalinda respondeu, sua resolução firme. “E não serei influenciada pelas palavras de ninguém, nem mesmo as dele.”
“Os demônios estão a caminho,” Atior alertou solenemente, sua voz tingida de um senso de urgência. “Lá no fundo, você sempre soube que eles viriam. Está na hora de parar de negar e começar a se preparar para a invasão inevitável deles.”
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A/N: Julho tem sido muito difícil para mim. Um de meus parentes próximos faleceu e outro está no hospital lutando por sua vida. Para ser honesta, estou em um lugar muito sombrio agora. T.T Decidi voltar para casa para encontrar algum conforto.